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Eu brigo, quero matar, ele aponta o dedo na minha cara, eu aponto na dele. A gente se estranha, não estamos nos falando, mas é meu irmão.

Sangue do meu sangue e por ele eu pulo no miolo sim, dou minha vida! Eu conheço esse insuportável, bofe quando surta ninguém segura, fica virado no samurai mesmo.

Bofe manda a disciplina dele do jiu pros caralhos quando surta, sai levando tudo nos peitos igual, o povo fala que ele é o gênio do meu pai todinho antigamente!

Bárbara: Solta ele! - já cheguei me enfiando no meio.

Uns cinco seguranças tampando ele na maior ignorância. Não sei o que rolou, mais uma maior covardia do caralhoooo, tá maluco?

Um dos caras dando uma gravata nele que de branco ele já tava vermelho, tudo na ignorância. Vai tomar no cú! Bofe quis me empurrar, tirar do meio do miolo eu bati no peitos logo falando que eu era irmã dele.

Bárbara: Me solta, porra! Ele é meu irmão. - falei alto. - Solta ele! Que covardia é essa? Cinco contra um? Solta ele, porra! - gritei lá no meio.

Nisso só eu indo pra cima falando, brigando e o Léo se debatendo lá, aí que me estressei. Um homem, um amigo não tem pra pular também né? Bando de fanfarrão!

Na hora de ficar na aba tem varios pra mamar, mas agora, cadê? Tem nenhum! Não fode, povo muito falso. Só quer mamar, aproveitar e na hora do merdelê pula do barco!

Por isso vejo muito bem as minhas amizades, seleciono muito bem. Meu irmão só anda com bacana, esses jiujteiros fanfarrões da barra que é eles por eles.

Léo: Me solta, caralho! - falou puto.

Eles levaram meu irmão pra fora na marra, enxotaram e eu eu junto brigando por ele. Soltaram ele do lado de fora e o Léo foi pra cima!

Léo trocou soco com dois seguranças maneiro, se garantiu enquanto eu discutia com os outros povo. Quando o terceiro foi pra cima por trás na covardia, eu me meti também.

Peguei uma pedra do chão fui pra dar de murro nele de pedra mesmo, to nem aí... sou maluca! O bofe só na defensiva comigo, mas quando me deu um empurrão seguro eu desequilíbrei caindo no chão.

Minha raiva foi tanta, que eu meti a pedra. Meti a pedra o melaço desceu na hora da testa do homem, socorro! Aí... aí ele veio na minha direção que nem bicho pra me rebocar, tomei uns apertões até que o sapatao chegou junto. Tropa da Coreia pra caralho!

Léo: Vocês são comédia! - falou com a boca partida.

Já tinham separado a gente, mas ainda tava naquele resquício de briga. Os caras de lá dizendo que ia chamar polícia, um dos seguranças com arma na mão e a gente do outro lado sassaricando!

Bárbara: Seu filha da puta, seu viado! - gritei puta. - Covardes! Maior covardia querendo juntar os outros.

Xxx: Acho melhor vocês irem embora. - ameaçou de arma.

Léo: Arma por arma eu também tenho seu pnc! E se eu fosse tú, teria amor a minha vida e abaixaria a porra da tua bola porque você não sabe com quem tá falando! - ameaçou de volta.

Krisley: Gente, já chamei o uber, vamos embora. Calma! - puxou. - Chega!

Só sei que o povo tirou a gente de lá da frente da bendita boate eu puta da vida fiquei cega, tava nervosa, Léo nem se fala.

Bárbara: Minha bolsa ficou lá naquela desgraça!

Paulinho: Tá aqui, mulher. Calma, eu peguei grta! - tava no pescoço do viado e eu nem vi.

O sapatão lá falando com o Léo que tava sem camisa, quando falo que fico cega é real... eu só agora que tinha visto isso, cara.

Cheguei junto dele perguntando o que tinha rolado, ele começou a contar que veio de um evento com um amigos, já tava chapado, chegou aqui tirou a camisa o segurança veio roncar com ele! Kkk

Léo: Eu tava errado mesmo. - deu risada. - Mas aquele maluco é muito pau no cú, já chegou de ignorância pro meu lado, tá maluco? Ele é quem?

Bárbara: Tu é maluco, cara! Pra que tu tirou a camisa lá dentro? Tava já chapado mrm! - ele riu.

A gente só rindo do merdelê, quando a poeira abaixa pós briga é muito gastação nas reações. Eu já tinha até esquecido que tava sem falar com esse escroto, só lembrei quando ele tocou na minha ferida!

Léo: E o que tu tava fazendo aqui, Bárbara? - travei.

Parei até de rir na hora, vai tomar no cú! Eu pensei por uns segundos porque nessas horas às respostas até foge da mente, sério mesmo.

Bárbara: Vim curtir... povo me chamou, tem um pagodinho maneiro aqui né? Eu vim. Primeira vez! - sorri.

Léo: Aí... erro pior eles não vê. Tu de menó em boate! Vou denunciar, eles vão ver. Tão fudido!

Bárbara: Ih, deixa isso pra lá! Cadê esse uber, gente? - tirei de tempo.

Krisley: Cara já tá fazendo a volta. - disse olhando no celular.

Uber chegou, não queria pegar cinco. Ofereci cem por fora, ele rapidinho aceitou. Foi embora um por cima do outro, todo mundo pra favela!

Acabou que o Léo ainda dormiu lá em casa, Isabel não entendeu nada quando a gente chegou lá. Ela não perguntou nada, só me encarou seríssima. Aí, calica! Eu já sei que amanhã é só esculacho. Kkkkk

INIMIGO DO ESTADO (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora