INIMIGO DO ESTADO (DEGUSTAÇÃO)

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Bárbara

Carro freou desceu um bofe com um trinta e oito fudido na mão querendo me roubar. Bofe pediu meu celular eu puta e bolada bloqueei o celular e dei cheia de ódio.

Daí não contente queria levar minha bolsa ainda, daí eu quis tirar meus documentos e ele não deixou, raaaaar. Ai xinguei ele, veio pra cá querer por terror em mim.

Bárbara: Um caralho de uma identidade, vai fazer o que com a minha identidade? - travei de dar.

Xxx: Me da logo desgraça! - falou puto.

Me emputeci também, aí ficou ele puxando de um lado e eu do outro a porra da bolsa. O maluco que tava no piloto mandando ele dar dois tiros em mim, aí eu saltei logo.

Xxx: Me da logo esse caralho! - puxou com tudo me dando um soco no ombro e eu dei pra trás.

Filha da puta do caralho! No que ele me deu um soco, fui pra trás com tudo me batendo no muro, filha da puta covarde. Merece é muito tiro na cara!

Fiquei no catiço, no que ele arrastou, eu cacei uma pedra no chão e taquei em direção ao carro deles mesmo na cara, coragem e maluquice.

Bateu maneiro, ainda ouvi o porradão e vi ele parando. Ai amigo quando eu vi o carro freando, quem é que fica? Eu mesma que não!

Papo reto, eu corri que nem doida na direção contrária deles e coloquei a boca no mundo. Uma mão não saiu pra me acudir, fui cega em direção a onde eu estava.

Bárbara: Socorro! - saí gritando mesmo, nem olhei pra trás.

Voltei pra casa onde a gente tava doida, se não abrissem a porta eu acho que eu escalava aquele muro ou arrombaria aquele portão de madeira.

Eu tão doida que nem me liguei que nem tinha mais ninguém correndo atrás de mim! Kkk só ganhei o mundo mesmo, ali que eu não ficaria!

Paulinho: Mulher, calma! O que foi? O que aconteceu, bicha? Respira!

Eu sem fôlego e nervosa conseguia falar nada, nadinha. Povo tudo me encarando sem entender cacete nenhum! Quando finalmente consegui, fôlego voltou falei o que tinha rolado, disse que tinha sido agredida e roubaram tudo meu.

Os bofes querendo ir atrás desenrolar dizendo que os caras são daqui, que é da área, formaram um bloquinho e foram atrás, inclusive o bandidão lá! Ele foi o que mais roncou, mete marra de peito de aço.

Andrelle: E porque os caras voltou pra querer te pegar? Num já tinha levado tudo?

Bárbara: Eu dei uma pedrada no carro deles! - falei seríssima.

Paulinho: Garoutaaaaaa! - deu um berro. - Você é doida?????

Andrelle: Cara, tu é maluca. Cada vez mais eu tenho certeza, mano! Tem apreço nenhum pela vida, quer morrer cedo. - balançou a cabeça em negativa.

Só sei que os bofes foram lá e foi maior cota até eles voltaram, eu já tava até bebendo de volta pra me acalmar, nem parecia que tinha saído daqui xingado todo mundo. Vergonha? Zero!

Maior cota depois eles voltaram e foi bem minha diferença que me entregou a minha bolsa. Eu com a cara de cool depois de ter xingado horrores o bofe, quebrado o pau com ele mais cedo tive que abaixar a crista e agradecer. Que ódio!

Bárbara: É... Valeu! - disse e ele só assentiu com a cabeça.

Ignorante! Nem pra ao menos responder, respondeu. Já foi lá falando com o sapatão que tava perto de mim. Tava se achando o fodão, super herói!

Andrelle: Sao daquela favela aqui perto mesmo, irmão?

Atanásio: Sim po, esses caras ficam com esse celta metendo assalto, fazendo arrastão e aterrorizando os outros. Bando de fanfarrão! - falou serinho.

Andrelle: Papo de mancada!

Atanásio: Ainda.... Cheguei lá desenrolei, cara que tava de frente veio falar comigo eu expliquei a situação, dei logo o papo de quem eles tinham roubado. Cara mandou buscar eles na hora, até ele já sabia quem era só pelo papo do carro que eu dei.

Andrelle: Maluquice! Deixa os caras ficar roubando por perto da favela!

Atanásio: Né... papo de mancada, deixa chamar os canas pra dentro da própria favela e lombrar. - falou sério. - Deu pra recuperar a bolsa com dinheiro e documento, mas o celular ele já tinha dado fim. Cara fez ele voltar pra procurar onde tinha jogado mas não achou mais!

Andrelle: Depois tu vê se dá pra tú rastrear, Bárbara.

Bárbara: Localização vai da lá dentro, vai adiantar em que? Deixa essa merda lá! - falei puta. - Eu também não sei pra que caralho rouba iPhone se não vai poder usar, não vai ter competência de desbloquear e depois faz isso. É prazer? - me meti na conversa.

Atanásio: Deve ser, ainda mais quando é gente afrontosa que se acha destemida. Ai nego mete mão com gosto, faz de maldade! Não julgo não. - falou serinho, revirei os olhos de leve.

Ih! Depois sou eu que perturbo, que começo. Bofe quer me alfinetar a custo de que também? Faz as coisas e depois da deixa. Pprt antes não fizesse!

Falei nem nada, só sai de perto porque minha língua é felina e eu me conheço. Pra não sair como errada é melhor ralar de perto.

Eu ia embora acabei que nem fui, já tava na merda mesmo me banhei. Preju pra pegar outro celular, minha mãe me xoxaria, tiraria logo o dela da reta e eu ia ter que desenrolar com quem?

Pedi o celular do viado emprestado e bloqueei logo meu celular todo, nego vai se fuder mesmo. Bando de ladrao pau no cú, fudido. Esses caras que ficam fazendo arrastão, levando celular dos outros são a escória.

Se antes eu já tava bebendo, passei a beber mais ainda! Papo reto... Bofe que antes nem olhava na minha reta, já me deu duas encaradas seria quando passei. Ignorei!

Mas sabe o que é isso? Orgulho ferido, masculinidade frágil só porque eu xoxei ele falando que não fode direito, aí mexe logo no íntimo do macho. Tô maluca? Não to!

Bárbara: Aí, calica! Fode pra caralhoooo e põe a culpa na ousadia. - cantarolei.