𝒞𝒶𝓅𝒾𝓉𝓊𝓁ℴ 11

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"—GUARDAS!"

S/n on

Achamos estranho o tal de Keigo não ter aparecido, provavelmente o feitiço de proteção não o permitiu entrar, estávamos seguros.

Mas mesmo assim, eu não consegui dormir, não seria a primeira vez.

Aproveitei para ler um pouco do livro, eu precisava descobrir sobre o tal olho de dragão, procurei por horas, perdidamente naquelas páginas, pelo menos uma palavra em relação.
E quando pensei em desistir... lá estava, bem na página que indicava a metade do livro certinho.

"Olho de dragão"

Parece uma pérola, dourada, pequena e altamente poderosa, mas... qual é a relação de tal objeto com o cetro perdido?
Quando a "pérola", que antes pertencia ao cetro, é retirada, carrega uma fração do poder com ela, então o cetro se torna incompleto e incapaz de obedecer os comandos.
O olho de dragão tem um preço a ser pago por aquele que o utilizar sem ser o verdadeiro dono então terá a alma vendida ao inferno.

Mas afinal... quem seria o verdadeiro dono, se na verdade ele pertence ao cetro?
Da mesma forma que ele completa o cetro, o tal dono, o herdeiro, completará a alma da portadora do cetro.

Meus olhos lia cada palavra com apreensão e medo da conclusão.
Perdi o fôlego com as últimas palavras, eu sabia quem era a alma que me completava?

Talvez eu soubesse, mas admitir... era um trabalho difícil.

Senti minha cabeça rodar, o sono tomava conta de mim por conta da quantidade de energia que eu gastava ao manter aquele feitiço de proteção de pé.
Segundo o livro esse era um feitiço de alto nível, se eu conseguisse o manter até amanhã no crepúsculo já seria bom.
Senti um tecido macio e grosso roçar minha pele, olhei para trás e vi Katsuki, ele colocara uma coberta sobre mim.

—O sol está nascendo, e você não pregou os olhos.  -Ele falou.

—Nem se eu quisesse eu poderia.

—Descanse o suficiente para conseguir se manter de pé, são algumas horas daqui até a aldeia... e querendo ou não... não sabemos como vai ser.

—Eu consigo me manter de pé.  -Menti.

—Então fique.

—Não quero.

—Fique de pé, S/n!

—Vamos começar o dia assim?! -Me levantei. —Feliz?!

Ele não via que eu estava segurando na mesa para não cair, por fim meus joelhos cederam e eu fraquejei, quando ameacei cair Bakugou colocou o os braços ao  meu redor, mas antes eu conseguir me sustentar novamente.

—Estou vendo. Você pode... dormir. Eu fico.

—Não seja estúpido. Se eu dormir o feitiço se desfaz. Feitiços de proteção são complicados.

—Pare de inventar desculpas e aceite que você é uma humana e não um unicórnio! 

Praguejei.

Num momento eu estava sentada na cadeira, quando pisquei eu já estava subindo as escadas com Bakugou me carregando.

Meu coração disparou,  disparou tanto que eu via meu peito tremer.

—Não sabia que fazia tanto efeito. -Ele falou com um sorriso de canto, se referindo as batidas do meu coração.

Meu rosto ruborizou, então assim me deixei ser levada pelo sono.

𝒟ℯ𝓈𝓉𝒾𝓃ℴ ℐ𝓂𝓅ℯ𝓇𝒻ℯ𝒾𝓉ℴ  (Concluída) Onde histórias criam vida. Descubra agora