𝓒𝓪𝓹𝓲𝓽𝓾𝓵𝓸 17

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"Porque são os detalhes que fazem a maior diferença."

Bakugou on

—S/n?! Não brinca com essas coisas! Isso é algum feitiço? 

—Bakugou...

—NÃO! ELA NÃO PODE ESTAR MORTA!

—Pelo menos foi uma morte honrosa... -Kaminari comentou, o ignorei por completo.

—AIZAWA FAZ ALGUMA MACUMBA AÍ! TRAZ ELA DE VOLTA! -Exigi olhando de olho em olho.

—...Infelizmente eu não tenho essa capacidade. O momento que ela trouxe eles de volta foi quando os poderes dela estavam em harmonia com os eventos astronômicos... eu... sinto muito.

—Talvez foi melhor assim...

—SENTE MUITO?! ELA MORREU!
DEFINHOU AOS POUCOS POR DENTRO PORQUE JOGARAM ESSA RESPONSABILIDADE NOS OMBROS DELA E NÃO FIZERAM QUESTÃO NEM DE PERGUNTAR SE ELA ESTAVA BEM! APENAS MANDANDO ORDENS, AVISOS, CRÍTICAS... NÃO DESEJAVAM SEU SUCESSO! NINGUÉM FICAVA DO SEU LADO, E AGORA QUE PRECISAVAM RECORRERAM A ELA! PORQUE TODO MUNDO É BEM DESSE TIPO! TODO MUNDO SÓ SABE FALAR, JULGAR E CRITICAR... -Explodi, deixei aquelas pesadas palavras saírem de minha boca direcionando àqueles que fizeram um círculo em nossa volta. —Vocês não viram ela passar fome, não viram ela passar frio... não viram ela desmaiar de exaustão, vocês só a viram quando cometia erros, mas quando precisaram... ela deu a vida. E ME FALAM QUE FOI UMA MORTE HONROSA?!

Todos ficaram em silêncio, o corpo gélido, ensanguentado de S/n estava ali nos meus braços, por instinto peguei em sua mão, a mão que tinha a marca... me surpreendi em sentir que essa mão estava quente, e tinha pulso... como?

Aquele poder começou a fluir nos braços, percorrendo todo o corpo de S/n até a marca em sua testa aparecer novamente.
Seus cabelos tinham o brilho da lua, e então senti sua respiração novamente, seus batimentos cardíacos... mas ela não acordava.

—Ela está...

—Viva?

S/n on

Escuro... era assim que minha alma era por dentro? Escuro... vazia.

Sem luz, sem vida.

Eu sentia o calor me preencher, uma faísca se acendeu no meio dessa escuridão, como uma estrela que acabara de nascer.
Aos poucos essa ternura, esse calor se dissipou, me despertando, ouvia com nitidez os meus batimentos... mas ouvia os de outra pessoa.

Aquela mão que segurava a minha... eu sabia a quem pertencia.

Escutava de longe as pessoas comemorando algo, eu podia escutar, podia sentir, podia pensar... mas nenhuma reação vinha de meu corpo.

Até então eu era como uma alma vaga, até esse alguém me envolver num abraço, só então eu pude abrir os olhos.

Não estava mais escuro, não era mais preto e branco, cores... havia cores.
O loiro pálido me abraçava, percebi sua surpresa quando devolvi o abraço.

Como fios conectados, como linhas trançadas, eu não estava sozinha, não morri sozinha, não voltei sozinha.

Ele estava ali o tempo todo... o tempo todo.

E foi aí que raciocinei que eu estava literalmente morta, por dentro e por fora, por dentro eu já estava morta ha muito tempo, mas foi só então que percebi que Katsuki havia me ajudado a reconstruir essa alma destroçada, eu nascera de novo, nascera mais viva que antes.

—Não achou que ia se livrar de mim tão cedo, certo? -Perguntei com a voz rouca, baixa, num sussurro.

—Você não pode fazer essas brincadeiras comigo! A minha vontade é de te explodir...

𝒟ℯ𝓈𝓉𝒾𝓃ℴ ℐ𝓂𝓅ℯ𝓇𝒻ℯ𝒾𝓉ℴ  (Concluída) Onde histórias criam vida. Descubra agora