𝒞𝒶𝓅𝒾𝓉𝓊𝓁ℴ 12

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(Imagem acima representa o cetro. *retirada do Pinterest, todos os créditos ao autor da imagem*)

"—VOCÊ VAI PAGAR POR CADA GOTA DE SANGUE QUE TIROU DELA! VAI PAGAR POR CADA LÁGRIMA QUE TIROU  DELA!  VAI PAGAR POR TER DESTROÇADO SUA MENTE! VAI PAGAR POR CADA GRITO AGONIANTE QUE ELA EMITIU! VAI PAGAR POR TER A FEITO SOFRER! EU TE ODEIO, EU TE ODEIO TANTO QUE O INFERNO SERIA POUCO PARA UMA PESSOA COMO VOCÊ!"

S/n on

Assim que aqueles guardas de armadura de ferro maciço encostaram em meu braço, eu gritei, berrei de dor, minha pele ardia, agoniante, minha pele parecia queimar, se desintegrar aos poucos.

O rei me olhou confuso, e os guardas me soltaram me fazendo cair aos pés do rei.
Ferro... ferro não encantado fere os feiticeiros.
Liguei esse fato com o dia que eu corria de Midoryia pelo castelo, tínhamos 11 anos, e colidi contra uma grade de ferro, e ficou a marca em meu braço.
Como eu usava o colar protetor, eu não tinha sentido muita dor.

Mas ali... ali eu parecia perder os sentidos, parecia que cada centímetro de meu corpo se contorcia e implorava para parar.
Descobriram minha fraqueza, e eu não poderia fazer nada.

Deixar pegarem Katsuki, ou aguentar aquela dor até ele aparecer com o cetro?
Obviamente... não iria permitir Katsuki ser visto, não enquanto eu aguentar.

Talvez eu teria perdido a oportunidade de dizer eu te amo, e é por causa disso que vou lutar para sobreviver.

—Então a bruxinha tem uma fraqueza tão patética? Ferro?!

—Então o lagarto é tão covarde ao ponto de fazer isso com alguém indefeso? O inferno está te esperando! -Cuspi em seus pés.

—Garota insolente! -Ele gritou, direcionando um chute em meu abdômen, voei longe.

Senti um gosto de ferro em minha boca, o sangue escorria, e eu não poderia fazer nada, tudo isso por causa que eu queria dizer "eu te amo"

Um dos guardas, novamente me pegou pelo braço, e novamente não pude abafar os gritos, pelos corredores eles me levavam, os criados saiam correndo para ver de onde tais gritos surgiam.
Uma mulher olhou para mim com os olhos cheios de lágrimas.

Pode ver a pena em seus olhos.

Assim que me jogaram na sala, me deixaram a sós com aquele rei asqueroso, antes de se direcionar a mim ele trocou algumas palavras com um guarda.

A porta era de ferro, as correntes eram de ferro, o cômodo era úmido e frio, as pedras que faziam aquelas quatro paredes haviam riscos de unhas, alguém sentira muita dor, sangue em outros lados.
Podia jurar conseguir ouvir os gritos inquietos e aflitos das pessoas.
Aquele cômodo era um lugar especial para interrogatório: tortura.

Meu estômago revirou, ali no canto mesmo eu coloquei tudo para fora, o rei me olhou com nojo, e fechou a porta.
Eu estava desnorteada, nem percebi quando me segurou e senti novamente aquela dor.

Suas mãos estavam envoltas por luvas cobertas por ferro, e uma adaga se ferro... tudo de ferro.
Tudo para me ferir.
Eu estava sozinha, talvez morreria ali e agora.
Sozinha.

—A jogo é muito simples, S/n. Eu pergunto, você responde. -Ele falou me prendendo àquelas correntes.

Mordi o lábio inferior para não gritar, mordi tão forte que pode sentir o dente sair da carne perfurada.
Algumas lágrimas involuntárias surgiram em meus olhos e traçavam rápidos caminhos em meu rosto.

Aquele homem, era o demônio encarnado, sua expressão de prazer ao me vez naquela situação... era repugnante.
Eu o odiava, o odiava tanto que poderia o matar.
Se ele está fazendo isso comigo... imagino os castigos que Katsuki recebia, só de pensar o meu ódio aumentava.

𝒟ℯ𝓈𝓉𝒾𝓃ℴ ℐ𝓂𝓅ℯ𝓇𝒻ℯ𝒾𝓉ℴ  (Concluída) Onde histórias criam vida. Descubra agora