𝒞𝒶𝓅𝒾𝓉𝓊𝓁ℴ 16

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Me entreguei a escuridão, ao vazio... ao desconhecido.

S/n on

Chegando nos meio da multidão de guardas lutando,  as faíscas de espadas se chocando, corpos ensangüentados ao chão, era uma visão horrível.
Uma guerra... tão romantizada nos livros, mal sabem como é horrível vivenciar tal coisa.

Midoryia não estava ali, e eu tinha que fazer alguma coisa para essa fúria que exalava das pessoas que matavam umas as outras sumisse.

—Procure Aizawa... preciso dele por perto. -Falei ao loiro ao meu lado.

—Para quê?! Você tem a mim! 

—Não seja egocêntrico! Ele é o único que sabe como que isso tudo terminou das outras vezes, e é o único que sabe como que eu selo o vale que vai se abrir.

—Tsc. E vai ficar aqui?!

—Vou parar isso.

Ele me pegou de surpresa quando selou nossos lábios, como se fosse a última vez que aquele toque fosse acontecer, e talvez realmente fosse a última vez.
É agonizante saber que talvez isso acabe com nossos corpos abraçando a terra.
É agonizante ter aquilo na cabeça.

—Por favor não... -Ele começou a falar mas eu já sabia o final daquela frase.

—Morra. Prometo tentar. -Respondi.

Então ele deu as costas e foi atrás de Aizawa, lhe dei o relógio que tem uma bússola que eu encantei, ela levaria Katsuki até onde Aizawa estava.

Aquele homem só aparece quando não tem mais jeito, e quando preciso dele ele não aparece.
Completa desordem.

Quando me voltei para aquele campo de batalha, meu sangue ferveu, tinha muito sangue, muitas mortes, muito ódio.

Assim que avancei um passo, eu já nem havia percebido o poder fluir em minhas veias, o cetro brilhava com a lua, cada passo meu era uma enorme rachadura ao chão. E então... só então eu percebi que os planetas se alinharam todos no mesmo ângulo, e naquele momento tudo mudara.

Meu fios brancos tinham o mesmo brilho do cetro, vi o reflexo dos meus olhos em uma das esferas do mesmo e vi o brilho violeta, diz uma onda de choque apenas com minha profunda respiração.

Poder demais percorria meu corpo, e perder o controle não era algo que eu poderia deixar acontecer.

Os soldados caíram ao chão, abrindo caminho para eu passar, fiz as espadas de todos virarem apenas pó.
Eles me olharam assustados, como se eu fosse uma assombração... talvez eu era, ou estava prestes a ser.

De repente, junto com a ventania, um certo esverdeado se juntou a mim naquele mar aberto.

—Está acabada, S/n-Chan.

—Não teria tanta certeza, Midoryia-kun.

O olhar dele e exalava ódio, mas aquele sorriso perturbador estava exposto em seus lábios.
Não sei como ele conseguiu tamanho poder, mas o raio que ele lanço fez um estrago na floresta atrás de mim, se eu não tivesse desviado teria virado pó.

Eu vou acabar com esse maldito, corri em sua direção, cada passo uma rachadura, aos meus olhos eu estava correndo normalmente, aos olhos deles... Talvez nem conseguissem me acompanhar com os olhos.
Até que o último passo tem uma cratera ao chão me impulsionando para cima de Midoryia.

Eu tinha tanta raiva, tanto desprezo, tanta... tanta tristeza.

Durante toda a minha vida eu fui enganada, fui... completamente destruída por esses idiotas, e vivia no escuro dentro de mim, não sabia o propósito de minha vida até ter alguém para enfrentar.

𝒟ℯ𝓈𝓉𝒾𝓃ℴ ℐ𝓂𝓅ℯ𝓇𝒻ℯ𝒾𝓉ℴ  (Concluída) Onde histórias criam vida. Descubra agora