𝒞𝒶𝓅𝒾𝓉𝓊𝓁ℴ 13

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A verdade dói.
A mentira dói.
Mas a dúvida... é a pior tortura.

S/n on

Eu observava de canto a luta de Katsuki e seu pai, as palavras que Bakugou falava, exalava ódio de seus olhos, parecia não se importar da dor nas mãos de tanto socar o rei, ele queria fazer justiça com as próprias mãos, sem usar poder, apenas para o fazer sentir dor. "VAI PAGAR POR CADA LÁGRIMA!"
Nunca tinha o visto em ação desde o dia que atacou Midoryia, aquela vez a explosão que ele usou me fez estremecer, mas dessa vez... eu fiquei completamente surpresa com sua força física. Era assustador o tamanho de seu poder em geral.

Cada centímetro de meu corpo gritava de dor, mas não iria perder a oportunidade de quebrar a cara desse rei.
Aproveitei que ele estava lutando contra o próprio filho para tentar usar esse cetro contra ele.
Eu não fazia a mínima ideia de como o usava, olhei para a arma que tinha em minhas mãos, poderosa, muito poderosa.
Então olhei para a cabeça do rei.
Simples e direto, esse era o plano.

Segurei o tal cetro com as duas mãos afim de conseguir ter firmeza, peguei impulso colocando as mãos para trás e assim que consegui aparecer atrás do rei, acertei o cetro em sua cabeça com toda a força que eu tinha.
E ali mesmo ele caiu inconsciente, e eu... eu ainda sentia aquela dor agoniante surgir em mim. Deslizei na parede até me encontrar com o chão.
Estava acabada. Totalmente acabada.

—Boa...

Katsuki pegou o olho de dragão do pescoço de seu pai, e veio até mim, se agachando em minha frente.

—M-me desculpe... eu deveria ter chegado mais cedo... me desculpe. -Ele falou com raiva de si mesmo, nunca tinha ouvido sua voz trêmula.

Consegui erguer minha mão menos machucada e seu rosto, e assim limpei uma lágrima sua.

"DIGA QUE O AMA!"

Engoli o choro, dizer isso seria quebrar a promessa e quebrar a promessa significa permitir nossas mortes.

—N-não... não m-me... peça desculpas. Você... você conseguiu.

Ele me abraçou com cuidado, e depositou um beijo em minha testa.

—Temos que ir, antes que alguém que não esperamos chegue. -Ele falou.

Com delicadeza, ele me pegou em seu colo, não pude conter um gemido de dor.

—Aguenta firme... a gente vai conseguir.

—Onde pensa que vai filho? -A rainha apareceu na porta.

Não consegui ver se a marca em seu braço desaparecera.

—Não me atrapalhe, velha.

Ela se aproximou às pressas e beijou a testa do filho, as bochechas, o nariz, o cabelo.
E então colocou uma de suas mãos em meus cabelos acariciando.

—Foi horrível... -Ela falou soluçando deixando suas lágrimas correr. Ela falou isso direcionado a mim.

—Já p-passou. -Respondi.

—Seu pai... usou o olho em mim... não pude fazer nada. Assim que ele perdeu o efeito eu corri para cá. Ah Meu filho... eu senti tanto a sua falta, chorei por semanas, quando havia boatos de onde vocês estavam... ah foram os piores dias de minha vida. E S/n... parece um anjo caído do céu...

—Velha... a gente precisa ir, antes que...

—SE VOCÊ MORRER KATSUKI...SE VOCÊ MORRER EU JURO... QUE NÃO VAI FICAR BARATO!

—Então fale isso a ela... porque se ela morrer... você não verá mais seu filho. -Ele disse friamente.

E então entendi, entendi todos os sentimentos que eu vinha reprimindo dentro de mim.
Quase não conseguindo manter meus olhos abertos, e levei minha mão que tinha a marca do yin yang no dedo e onde estava escrito "insignificante", até a mão que Katsuki tinham a marca em seu dedo.
Assim que segurei, nossas mãos, uma contra a outra, uma energia percorreu meu corpo, aquele mesmo manto que não permitira a espada daquele samurai nos atravessar nos envolveu, meu dedo parecia levar um choque.

𝒟ℯ𝓈𝓉𝒾𝓃ℴ ℐ𝓂𝓅ℯ𝓇𝒻ℯ𝒾𝓉ℴ  (Concluída) Onde histórias criam vida. Descubra agora