𝒞𝒶𝓅𝒾𝓉𝓊𝓁ℴ 14

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"—Boa garota"

S/n on

Não desfrutei da viagem de volta para o castelo de meu pai já que fiquei inconsciente o caminho todo, e a única coisa que eu pensava era Katsuki, ele dominava minha cabeça, será que estava bem? Será que... argh!

. . .

Acordei vestida com um vestido branco, rodado, rendas e pedrarias, tule, mangas bufantes, sapatos de salto, me olhei no espelho... um penteado, meus cabelos estavam presos num coque envolto por uma trança, e a maldita coroa que eu havia jogado fora quando fugira estava em minha cabeça.

Me olhei no espelho maior que tinha no quarto, as marcas... as cicatrizes, estava tudo ali, meu corpo doía, mas não tanto quanto antes.
E eu ainda não acreditava que estava vestida de noiva, não... não era real, não podia ser real.

Tentei abrir a porta, mas estava trancada do lado de fora, as janelas trancadas, tudo trancado.

Escutei chaves rodar na fechadura, e eu não tinha nada para me defender, por algum motivo meus poderes não funcionavam, eu estava encurralada.
A porta se abriu lentamente, minha adrenalina subiu, vestes negras...

—A-Aizawa?!   -Me surpreendi, havia talvez "meses" q não o via.

—Shhh!

—Como conseguiu entrar aqui?!

—Truques, S/n, truques. Você não é a única que pode ficar invisível.

—Então me explique tudo! Preciso sair daqui!

—Primeiro os avisos... não beba nada que te derem. Estão colocando drogas para deixar você dormir. Seu pai abençoou o casamento com Midoryia, Katsuki desapareceu, Uraraka foi morta, o cetro está com uma parte faltando, e...

—E...?! Tem mais?!

—Aquela vadia verde está vindo para cá com sua comida... não coma e nem beba nada!

—Mas e se... ele ameaçar machucar alguém?

—S/n... faça o que você achar melhor, você já está com um peso muito grande mas costas... se eu estivesse no seu lugar eu jogaria o dane-se... mas você não é assim. Aliás... tem barras de ferro em volta de seu quarto, e umas marcas de proteção contra feiticeiros. Você não pode depender de seus poderes... mas tem um arco e flecha embaixo de sua cama.

Então assim ele saiu do quarto como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo, mas... assim que ele saiu, alguém resolveu entrar... não era meu pai, não era Aizawa, não eram nenhuma das criadas.

E quem me dera se fosse Katsuki... não... era a pessoa que eu mais tinha ódio naquele momento.

—Ohayo, minha princesa! Como dormiu?

Não respondi nada, o ignorei, fingi sua inexistência.

—Logo em breve você irá me pertencer... -Ele falou sorrindo, se aproximando de mim por trás e me abraçando.

Tentei me soltar, mas foi inútil, aquela luva lhe oferecia muito poder e força física.

—Não encoste em mim com essas mãos nojentas!

—Acha que vou fazer alguma coisa com você, minha pequena?

—PARA DE DIZER QUE SOU SUA! NÃO TE PERTENÇO E NUNCA VOU PERTENCER! -Falei cuspindo as palavras e seu rosto, literalmente.

Senti a raiva dominar seu rosto, e o modo que ele expressa a raiva é assustador... com aquele sorriso malicioso.
Eu odiava isso.

Ele me pegou pela cintura e me jogou na cama, tentei me levantar, mas ele forçou meus ombros para baixo novamente.

𝒟ℯ𝓈𝓉𝒾𝓃ℴ ℐ𝓂𝓅ℯ𝓇𝒻ℯ𝒾𝓉ℴ  (Concluída) Onde histórias criam vida. Descubra agora