𝐓𝐖𝐄𝐋𝐕𝐄 ⚡️ 𝐁𝐄𝐋𝐋𝐀

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Foram incontáveis horas de viagem

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Foram incontáveis horas de viagem. Infinitos minutos que eu cochilava com a cabeça apoiada no vidro ou repetia minha playlist para não precisar prestar atenção na estrada ou em como Hannah não desgrudava por um segundo de Nathan. Por sorte – ou azar partilhado – Beatrice também estava no carro e pelas suas expressões, ela estava prestes à se jogar da janela. Pode-se dizer que ela não é a maior fã da minha irmãzinha. Eu interviria nessa situação se não lhe desse razão.

Finalmente nós chegamos na bendita casa de praia que mais tarde eu descobri que pertencia aos irmãos endinheirados Grier. Na verdade, casa é um adjetivo muito ultrapassado para aquilo. Com facilidade pode ser chamado de mansão e residências mais bonitas que eu já vi. A vista é literalmente de frente para o mar, porém, nem todos os quartos tinham a possibilidade de varandas pro oceano. Isso é algo que provavelmente seria discutido à partir de agora, já que todos nós nos reunimos em frente ao lugar com suas devidas malas.

Eu me assusto um pouco ao perceber que Hannah, Beatrice e eu éramos as únicas mulheres do grupo. Pelo que Nate comentou, a namorada de Nash chegaria amanhã e é uma boa oportunidade pra ter mais uma garota conosco. Conviver duas semanas no meio de uma porrada de homens é um pesadelo pra mim.

— Sejam bem-vindos, pessoal — O mais alto deu um passo à frente. Provavelmente é o Grier mais velho e o tal do Nash. — Somos doze e a casa tem lugar suficiente pra todo mundo, mas precisarei que alguns de vocês dividam o cômodo. Porém, nenhum quarto tem alguma diferença. Todos possuem camas King Size, há toaletes com banheira e o ar-condicionado é bem potente. Aqui tem lavanderia também, então quando precisarem, só deixarem as roupas lá. — Nash ergue uma pequena caixa em sua mão e chacoalha a mesma, fazendo com que um som de molhos de chaves fossem escutados. — Podem pegar suas chaves.

Eu estava chocada. Como que alguém pode ter uma casa que é mais parecida com um hotel? Nunca vai entrar na minha cabeça como há pessoas tão endinheiradas que rasgam notas de dólares quando estão no tédio enquanto outras não possuem o que comer. É realmente chocante.

Eu pego um molho de chaves e Hannah enfia sua mão na caixa para pegar outro. Eu arqueio a sobrancelha.

— Vou dividir quarto com o Nate. — Ela sorri cínica.

— Não. Você vai dividir quarto comigo. — Tento puxar as chaves da sua mão, mas ela bate o pé e me olha de cara feia.

— Jesus, você é surda? Já disse que vou ficar com ele. — Vira suas costas e anda em direção à Nate, que nem sequer percebe o que estava acontecendo pelo fato de estar vidrado no celular. Aperto as unhas na palma da mão e assim que dou o primeiro passo para ir em direção à ela, sou puxada de volta por Beatrice.

— Deixa ela, Bella. Não é mais criança. — Eu relaxo as pernas e suspiro. — Tem que parar de bater cabeça com a Hannah. Já deu pra ver que ela é uma mimada do caralho e vai fazer o que quer.

Eu a repreenderia por falar dessa forma se ela não tivesse razão. Sei que ela já está grandinha e não preciso dar a cara à tapa por ela toda vez. Querendo ou não, eu fico preocupada. Mas talvez Bia tenha razão. Estamos viajando, é hora de curtir um pouco e esquecer os problemas e obrigações. Afinal, não sou mãe de ninguém.

Beatrice e eu adentramos o lugar junto do pessoal e procuramos o número do nosso quarto. Escadas e mais escadas. Logo, nos deparamos que nosso quarto é no terceiro e último andar. Destrancamos a porta e entramos no cômodo com nossas malas em mãos. Enquanto eu deixo meu queixo cair pelo tamanho e beleza do quarto, Beatrice não perde tempo e se joga na cama. Faz como se estivesse num chão cheio de neve e balança os braços pra cima e pra baixo. Eu gargalho com sua palhaçada.

— Cara, quanto tempo que eu não deito num colchão macio igual esse! — Ela desabafa. Deixo as bagagens em um canto e me sento ao seu lado na cama.

— Não é possível que alguém tenha dinheiro pra comprar ou construir um lugar assim. — Digo realmente impressionada. Não consigo parar de analisar todos os detalhes do quarto.

As paredes tem detalhes de mármore branco e o chão é todo tomado por um carpete fofo e gostoso de pisar. A cabeceira da cama é bem decorada e o colchão é mesmo muito macio. Há alguns quadros espalhados pelo cômodo, mas nada que chame muita atenção. Definitivamente o mais importante pra mim estava bem na minha frente.

Eu tiro meus sapatos e corro até a varanda que é separada por portas de vidro do quarto. A água cristalina do mar junto com a maresia que bagunça os fios dos meus cabelos são como êxtase. Meu Deus.  Como passou pela minha cabeça continuar dentro daquela cafeteria fazendo capuccino pra idosos carentes e recusar vir para esse paraíso? Agora eu vejo quantas oportunidades nós perdemos atoa.

Eu logo sinto a presença de Bia ao meu lado e ela encosta sua cabeça em meu ombro. Nós duas nos mantemos paradas encarando toda aquela visão do céu. Eu acabei de chegar e já sinto que serão dias e tanto.

— Aproveitaremos muito a viagem. — Bia diz. — Certo?

Eu me permito sorrir e passo o braço pelos ombros de Williams.

— Certíssimo, gata.



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e essa viagem aí hein hmmmm

hannah chata do caralho alguém cancela esse sururu

𝐁𝐈𝐑𝐓𝐇𝐃𝐀𝐘 𝐒𝐄𝐗, 𝗺𝗮𝗹𝗼𝗹𝗲𝘆. •  hiatus!Onde histórias criam vida. Descubra agora