𝐅𝐎𝐔𝐑𝐓𝐄𝐄𝐍 ⚡️ 𝐁𝐄𝐋𝐋𝐀

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Meu corpo está quente

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Meu corpo está quente. Depois de incontáveis doses de licor de cereja, eu já sinto uma certa animação crescendo dentro do peito e a vontade de derramar mais bebida correndo pelas veias. Quando comecei à beber, optei por retirar meus chinelos e deixar meus pés tocarem o carpete confortável. Pra falar a verdade, eu estava me sentindo muito bem. Havia trocado ideia com alguns dos meninos e até me arriscado à flertar com outros. Já faz um tempo que eu não vejo Beatrice. A última vez, ela estava se agarrando com G no sofá e eu com certeza não quero saber o que ela está fazendo. Pelo menos não tinha a visto em cima de um daqueles malditos jetski's.

Mexo o corpo conforme o ritmo da música e passo as mãos nos cabelos. Meu pescoço sua por conta da temperatura alta que toda a minha estrutura se encontra. O álcool dentro de mim faz um estrago. Não quero citar a veracidade da minha libido nesse momento.

Pensando em libido, um único nome surge em minha cabeça. Mordo meu lábio inferior e percorro a extensão do lugar à sua procura. Não fico surpresa ao o ver sentado na ponta do largo sofá com Hannah em seu colo. Ela está com o rosto perto do seu pescoço e diz alto em seu ouvido. Sua expressão é indecifrável. Minha vontade é de gargalhar alto. Nem mesmo ele atura mais esse show que está participando. Eu quero que se foda, literalmente.

Me toco que estou encarando por tempo demais quando seus olhos encontram os meus. Ele puxa os lábios numa linha reta e abaixa levemente a cabeça. Eu suspiro. Céus, como ele é frouxo.

Decido sair de perto. Não queria assistir ao show de horrores que é aquela cena e nem bater o pé esperando por Beatrice acabar de transar. Pego um pouco mais de bebida em uma bacia cheia de licor de cereja e tropeçando nos próprios pés, subo as escondidas escadas que há na lateral do barco para o segundo andar. Todos estavam na traseira pois a corrente de ar fresco do mar era maior. Portanto, eu estava sozinha lá em cima. Graças à Deus.

Me debruço na grade e encaro o mar escuro que é iluminado pelas luzes afastadas vindas da cidade. Não estamos longe da costa, até porque está muito tarde pra isso. Creio eu que o tripulante não é tão louco de levar um bando de bêbados para o meio do nada.

Tomo um pouco da minha bebida e olho pra lua cheia. Por mais turva que minha visão esteja, não deixo de sorrir por enxergar aquela luz. Minha guia, sempre foi minha guia. Meu coração se enche de paz quando olho pra Deusa Lua. Pode ser papo de bêbada, eu concordo. Mas ela é definitivamente minha guia.

— Porra, Deusa... — Encosto o rosto no ferro. — Que merda aquela pirralha pensa que tá fazendo? Estou tentando proteger ela. E que merda o Nathan está pensando? Quem ele acha que é para me comer daquele jeito, me provocar de todas as formas e depois aparecer fodendo com a minha irmãzinha? Isso é demais pra mim, Lua. Tô velha pra essas coisas.

— Você gosta mesmo de falar sozinha, huh?

Por um segundo penso que a Deusa Lua me respondeu, mas ao virar, eu bufo ao ver a figura tatuada sem a camisa branca que trajava. Realmente, quanto mais eu oro, mais assombração me aparece.

— Me deixa sozinha, Nathan. — Digo voltando à encostar o queixo no ferro.

Ouço seu suspiro atrás de mim e seus passos se aproximando devagar. Fecho meus olhos quando sinto seu peitoral nu encostar em minhas costas. Seus braços fortes abraçam minha cintura e ele afasta meus cabelos dos ombros, no qual segundos após isso, ele despeja um beijo carinhoso. Deusa Lua, isso é um castigo? Porque se for, você está se saindo muito bem.

— Você sabe que eu considero você demais. É minha melhor amiga, Bella. — Faz carinho em meus cabelos.

— Se diz tanto ter consideração por mim, aja como tal. Você está sendo um cuzão. — Solto o que me estala entalado e me viro pra ele. — O que você tá fazendo não diz respeito à mim, mas muito por quem você diz ser.

— Não entendi onde quer chegar. — Seu rosto está há centímetros do meu. Posso sentir sua respiração lenta batendo contra meus lábios.

— Não pode dizer que me respeita e aparecer comendo a minha irmã mais nova. — Cruzo os braços.

Nate suspira. Seus olhos estão fixos aos meus e ele me encara em silêncio por tanto tempo que sinto meu coração disparar.

— Não estou tendo nada com a Hannah. Pode confiar em mim. — Eu rio sarcástica.

— Quem me garante que você não está mentindo? — Pergunto de cabeça erguida.

— Eu garanto. — Conclui.

Não digo mais nada. Continuo de braços cruzados e com meus olhos fixos aos dele. Quer dizer, apenas por alguns segundos, pois logo tratei de desvia-los. Não durou muito tempo por conta de Nate puxar meu queixo com os dedos e me forçar à encara-lo. Céus, eu estou enlouquecendo.

Nate segura meus cabelos em um rabo de cavalo e passeia sua boca pelo meu pescoço e morde levemente meu queixo. Umedeço meus lábios e respiro fundo. Não podia me render tão fácil. Ele não merecia uma gota de suor minha.

— Nate... — Arfo. — Para.

É óbvio que eu não queria que parasse. Está claro que eu me desmancho a míseros toques dele. O que eu mais quero no momento é senti-lo dentro de mim, tão selvagem quanto aquela noite. Mas eu também sei que ele não merece, que ele não vale o esforço. Eu o conheço mais do que qualquer pessoa e sei como ele lida com essa situação de forma calculada. De jeito algum eu lhe daria esse gostinho.

— Você é minha hoje. — Diz convicto e leva a mão até o meu pescoço, onde ele me enforca levemente. Eu fecho os olhos.

Sua boca roça contra a minha e eu sorrio, mordendo seu lábio inferior e logo noto a satisfação nascendo em seu rosto. Aperto meus dedos contra a grade quando sua ereção roça contra a minha coxa.

Mais uma vez, eu sorrio. Mas nem fodendo.

— Hoje não, Montgomery — Afasto meu rosto do seu. Ele franze a testa. — Hoje não.

Estou bêbada, isso é fato. Mas esse fato não me impede de escapar de seus braços e descer as escadas rapidamente, surpreendendo até a mim sem tropeçar em nenhum degrau. No andar de baixo, vou até o canto que deixei meus chinelos e os pego rapidamente para sair correndo dali. Não liguei sequer para as pessoas que estavam ao redor. Eu precisava sair daqui o mais rápido possível.

Eu ainda acho a ideia do jetski um absurdo, mas quem disse que eu estou em condição de lembrar dos meus princípios? Aperto o botão que solta um deles na água e antes mesmo de eu pular, escuto um grito.

— Você nem sabe andar nisso, Arabella! — Nathan exclama se aproximando.

— Eu aprendo. — Dou de ombros e pulo em cima do veículo, logo lançando um sorriso pro garoto. — Bye Bye, Maloley.

Acelero o jetski e voo com ele pelas águas em direção à cidade. Por sorte, a casa é em frente à praia e eu não precisaria andar pelas ruas da Califórnia com meus chinelos na mão e completamente bêbada. Seria um puta perrengue.

Dessa vez, eu aprendi na marra à andar de jetski. Mais uma pra minha lista de loucas aventuras.


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gente a bella é DOIDA

e eu amo pq eu também sou

𝐁𝐈𝐑𝐓𝐇𝐃𝐀𝐘 𝐒𝐄𝐗, 𝗺𝗮𝗹𝗼𝗹𝗲𝘆. •  hiatus!Onde histórias criam vida. Descubra agora