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── Você acha mesmo que beber é a melhor opção? ── Louis ouviu a voz extremamente sexy de Styles ecoar pelo cômodo da cozinha.
Já havia passado um tempo desde aquele momento no quarto de Harry. Harry havia avisado para Louis que estava indo tomar banho; e lá, ia pensar um pouco, esfriar a cabeça e deixar que tudo se esclareça, dentro de si mesmo. Louis, então, sem ter o que fazer, foi até a cozinha, e achou duas garrafas completas por vinho de mesa. Louis observou a cor intensa e opaca daquele líquido onde quatorze por cento era preenchido por álcool e então, decidiu que tomaria, na intenção de esquecer ou se aliviar de algo.
Bom, Louis sabia que nada disso adiantaria, afinal, tudo que você esquece quando bebe, é o próprio nome.
Mas, ao Louis sentir o gosto adocicado, porém forte, daquela bebida, de uma cor um pouco mais escura do que uvas, ele não se controlou. E então, começou a beber adoidado. E, bom, já havia bebido um pouco mais do que a metade da primeira garrafa. O gosto das uvas bordô, concord, isabel e niagara era mais viciante do que drogas.
Louis bufou, pondo a garrafa resistente de vidro sobre a bancada, em que estava utilizando para colocar a taça de vinho frágil e as duas garrafas de vinho de mesa, com uma delas ainda lacrada. Louis largou a taça levemente ── que antes segurava entre os dedos ── sobre a bancada e então, se virou, ainda sobre a cadeira da bancada giratório em que estava. Com a testa franzida, Tomlinson perguntava-se por que Harry estava apenas com aquele mesmo roupão, que usava no dia em que sua mãe partira.
── O que está olhando? Gosta do que vê? ── Harry questionou, cruzando os braços, com um visível sorriso pervertido sobre seus lábios.
Como podemos explicar o porquê de Harry estar fazendo isso, para que não entendam errado?
Bom, Harry meio que estava entrando neste jogo, mesmo sabendo que se machucaria no final. Como se, ele estivesse prestes a esgotar sua tristeza em algo que causa ela. Consegue compreender?
Iria fazer isso, até que não sinta mais nada. Como se desejasse acostumar-se com isso, que irá chegar um ponto que, será como beber água; algo normal, que não causa mal algum, ou dor alguma, raiva alguma; absolutamente nada.
── Harry, por que está vestindo este roupão? ── Louis indagou, confuso e curioso. Harry começou a aproximar-se do homem, em passou lentos e delicados, como se estivesse na pontas dos pés, por estar descalço e o chão estar frio demais.
── Oh, eu também não sei. ── Harry levou as mãos até a tira que segurava o roupão fechado e então, começou a desfazer o nó lentamente. ── Acho que seria melhor tirar.
── Não, não, nã- ── Louis rapidamente se levantou, esticando as mãos em direção às mãos de Styles, na intenção de para-lo.
Mas, Louis ergueu-se tão rapidamente da cadeira, que lhe causou uma forte dor na cabeça. Em um ato rápido, paralisou, fazendo uma expressão de dor e levando a mão até sua cabeça, passando as finas e pequenas unhas em seu couro cabeludo, na intenção de diminuir a dor que sentiu.
── Porra. ── Louis gemeu de dor, abaixando a cabeça.
Respirou fundo e então, ergueu a cabeça, ao sentir a dor aliviar-se um pouco, como se estivesse apagando-se levemente. Louis suspirou e então, levou o olhar até Styles, que voltara a se aproximar, ainda com o roupão fechado. Harry ficou frente a frente com Tomlinson, e então, levou as mãos até os braços despidos do homem, passando levemente os dedos frios e longos pelo local, agora, coberto pelos quase não visíveis e poucos pêlos de Tomlinson, que estavam completamente arrepiados.
── Guarde os palavrões para depois, senhor. ── Harry falou, sorrindo logo em seguida.
Louis levou a mão até sua testa, sentindo a pele estar levemente úmida, porém ainda gélida. Louis piscou diversas vezes, para melhorar um pouco a visão embaçada. Fitou Harry, com a testa ainda franzida.
── Harry, o que você está fazendo? ── Louis indagou, confuso. Styles não costumava fazer isso, então Tomlinson estava confuso; e bêbado.
Tomlinson havia esquecido que era fraco para bebidas. E, bom, seis taças de vinho de mesa, um dos vinhos com maior porcentagem de álcool, não seria o seu melhor amigo nessas horas.
A cabeça de Tomlinson latejou, ao ouvir um alto som ecoar por toda a casa. Como se fossem caixas de som, no volume máximo, coladas em suas orelhas. Louis levou rapidamente ambas as mãos até sua cabeça, fazendo com que Harry se afastasse, com receio de acabar sendo acertado pelas fortes mãos do padrasto.
── A campainha está tocando. Eu já volto. Tome algum remédio, ou um banho, água, para ficar melhor. ── Depositou um fraco selar sobre a ponta do nariz do mais velho ali, e então, sorriu, vendo a expressão de dor presente na feição de Tomlinson.
Harry, saltitante, andou em passos alegres até a porta, que continha uma campainha ao lado, que estava sendo massacrada pelos dedos do ser humano barra diabo que estava do outro lado da porta.
── Já estou indo! ── Styles bufou e gritou, se aproximando, agora, sem vontade alguma, da porta.
Levou a mão até a maçaneta gélida e levemente úmida, ficando na ponta dos pés, sentindo um forte e violento arrepio percorrer a extensão de seu corpo. Após dar uma leve remexida, Styles riu e então, destrancou a porta, após levar os dedos até a chave que estava ali. Fez isso, ao notar que a porta estava trancada. E então, girou a maçaneta, finalmente abrindo a porta ali.
Harry paralisou da ponta dos dedos do pé até o último fio de cabelo. O queixo deste caiu levemente, deixando os lábios entreabertos. Styles tentava raciocinar o porquê de ver este em sua frente. Assustado, Harry tentou se pronunciar.
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