Quando chegamos na casa da Bab, o irmão super nerd dela, Zac, abriu a porta e entramos. Quando eu falo "super nerd", é que ele é realmente nerd, mas não pense que ele é aquele nerd que fica 24h na frente de um computador jogando jogos online ou aquele que fica o dia todo com a cara em um livro. Ele é um nerd não convencional.
No dia que eu conheci a Bab, ele estava junto e por um momento achei que ele era aquele tipo de menino do 3° ano, jogador de flyingball, que cai dos carnobles ( um tipo de carrotor específico para o jogo, os jogadores mais velhos entram neles e tentam acertar a bola vermelha, que é a mais pesada e maior, no aro vermelho, o menor) ou ele poderia ser o líder do time, aqueles que mandam em tudo e são insuportáveis, principalmente quando a bola branca cai no chão (o jogador mais novo fica encarregado de jogar a bola branca através do aro branco, uma única bola branca vale 50 pontos, quando a bola cai no chão, o time perde a vez e se o outro time conseguir jogar pelo seu aro, além de ganharem 50 pontos, ainda ganham os 50 pontos do time que a bola caiu, eles provavelmente e claramente ganham). Mas toda essa aparência de fortão e tudo mais, não tem nada a ver com ele em si. Basta ele abrir a boca que toda a "nerdisse" dele aparece.
— Finalmente! A vovó já tava aos prantos em pensar que você poderia ter sido sequestrada — Zac disse aliviado.
— Viu? Eu disse que daqui a pouco ela estaria ligando para a polícia ir me procurar — Bab disse se virando para mim.
— Olha a plantinha! Quanto tempo Rainha do jardim. — Só ele acha que é piadista.
— Olha quem diz, o Jogador super nerd. — retruquei — Como vai a vida estudando para ser o cientista do século?
— Está indo super bem, senhora mãe natureza. Pode entrar e se acomodar na nossa nave espacial estilo 2000.Todos esses apelidinhos de natureza, planta e etc, era porque um belo dia que estava: eu, a Kim e a Bab no começo do ano, eu estava olhando as plantinhas da vó da Bab e apareceu um beija-flor e ele resolveu pousar bem no meu cabelo.
Todo mundo começou a gritar... ou a rir.
Mas eu que tenho um certo pavor para insetos, principalmente os que voam, de repente vi tudo ficar girando e por fim, desmaiei em cima das plantas da vó Pat. Quando acordei, todos estavam em volta de mim e estava cheio de galhos e folhas no meu cabelo, depois disso, o Super nerd começou a me chamar com esses apelidos, mas tudo bem já que eu comecei com o "Super nerd" ou o "Jogador nerdzão".
— Pronto. Pode colocar suas coisas no meu quarto e depois pode colocar o seu pijama. Sempre bom lembrar, quanto mais cedo a gente coloca os pijamas, mais tempo dura a festa do pijama. — a Bab disse enquanto eu levava minha mochila super pesada para o quarto dela.
Fui tomar banho, eu não podia só me trocar depois de todo aquele esforço para trazer a mochila. Logo quando saí do banho, a vó Pat nos chamou para comer AQUELE lanche. Ainda bem, eu estava morrendo de fome e ainda tenho a maior vergonha de falar com a vó da Bab até hoje depois daquele incidente no jardim. Inclusive, quando a Kim ligou para minha mãe avisando o que tinha acontecido aquele dia, minha mãe me obrigou a vir aqui entregar uma mudinha de um tipo de planta que eu não lembro o nome, para pedir desculpas por ter esmagado algumas plantas dela.
— Adi! Como vai a sua mãe? E o seu pai? Gosto deles, são ótimas pessoas e claro, você. Como vai? — A vó Pat perguntou enquanto eu mordia o meu sanduíche.
— Ah, eu vou bem e meus pais também. E a senhora? — Respondi com a boca meio cheia.
— Eu? Você sabe. Estou indo. Às vezes sinto umas pontadas no coração, meu joelho dói, nem consigo me agachar direito para pegar alguma coisa...
— Vó! Assim ela vai achar que está prestes a bater as botas. A senhora sabe que seus exames falaram que não tem nada disso que está falando por aí — Bab interrompeu aparentemente muito inconformada.
Terminamos de comer tudo e o responsável de lavar as louças era...QUE RUFEM OS TAMBORES… o Zac.
— Da próxima vocês não escapam! Vocês sabem que a cada minuto que a nossas mãos ficam debaixo da água…
Entramos correndo no quarto e fechamos a porta para os comentários totalmente desnecessários do Super nerd não atrapalharem nossa festa do pijama.
— Eu já tenho uma lista do que a gente pode fazer hoje. Uhm, não tem como a gente jogar esses jogos. Precisam de três ou mais pessoas e claramente, somos duas.
— A gente não pode esquecer do trabalho de ciências. É para amanhã — voltei a lembrá-la.
— Ai! De novo essa palhaçada de fazer trabalho sendo que esse é um dos únicos dias de paz para podermos fazer algo legal.
— Mas é PARA AMAN...
— TÁ, TÁ! Eu sei. Será que a gente pode deixar isso por último? Vai! Tem tanta coisa legal para fazer. Por exemplo, vamos montar a barraca e colocar as luzinhas de natal.
— Já que insiste. Você tá certa, eu nunca tenho tempo para nada, mas não me deixa esquecer o trabalho.
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DIÁRIO DE UM MUNDO VIZINHO
Novela JuvenilAdi Connor mora em um planeta não muito diferente do nosso, lá ela tem uma vida como qualquer outra garota da sua idade. Mas quando ganha um diário de sua avó, as coisas começam a mudar. Entra um garoto novo em sua sala e traz junto com ele muita co...