CAP. 23 - CASA DO SUPER NERD

8 3 0
                                    

  Quando chegamos na casa da Bab, o irmão super nerd dela, Zac, abriu a porta e entramos. Quando eu falo "super nerd", é que ele é realmente nerd, mas não pense que ele é aquele nerd que fica 24h na frente de um computador jogando jogos online ou aquele que fica o dia todo com a cara em um livro. Ele é um nerd não convencional.

  No dia que eu conheci a Bab, ele estava junto e por um momento achei que ele era aquele tipo de menino do 3° ano, jogador de flyingball, que cai dos carnobles ( um tipo de carrotor específico para o jogo, os jogadores mais velhos entram neles e tentam acertar a bola vermelha, que é a mais pesada e maior, no aro vermelho, o menor) ou ele poderia ser o líder do time, aqueles que mandam em tudo e são insuportáveis, principalmente quando a bola branca cai no chão (o jogador mais novo fica encarregado de jogar a bola branca através do aro branco, uma única bola branca vale 50 pontos, quando a bola cai no chão, o time perde a vez e se o outro time conseguir jogar pelo seu aro, além de ganharem 50 pontos, ainda ganham os 50 pontos do time que a bola caiu, eles provavelmente e claramente ganham). Mas toda essa aparência de fortão e tudo mais, não tem nada a ver com ele em si. Basta ele abrir a boca que toda a "nerdisse" dele aparece.
  
   — Finalmente! A vovó já tava aos prantos em pensar que você poderia ter sido sequestrada — Zac disse aliviado.
  — Viu? Eu disse que daqui a pouco ela estaria ligando para a polícia ir me procurar — Bab disse se virando para mim.
  — Olha a plantinha! Quanto tempo Rainha do jardim. — Só ele acha que é piadista.
  — Olha quem diz, o Jogador super nerd. — retruquei — Como vai a vida estudando para ser o cientista do século?
   — Está indo super bem, senhora mãe natureza. Pode entrar e se acomodar na nossa nave espacial estilo 2000.

  Todos esses apelidinhos de natureza, planta e etc, era porque um belo dia que estava: eu, a Kim e a Bab no começo do ano, eu estava olhando as plantinhas da vó da Bab e apareceu um beija-flor e ele resolveu pousar bem no meu cabelo.

  Todo mundo começou a gritar... ou a rir.

  Mas eu que tenho um certo pavor para insetos, principalmente os que voam, de repente vi tudo ficar girando e por fim, desmaiei em cima das plantas da vó Pat. Quando acordei, todos estavam em volta de mim e estava cheio de galhos e folhas no meu cabelo, depois disso, o Super nerd começou a me chamar com esses apelidos, mas tudo bem já que eu comecei com o "Super nerd" ou o "Jogador nerdzão".
   
  — Pronto. Pode colocar suas coisas no meu quarto e depois pode colocar o seu pijama. Sempre bom lembrar, quanto mais cedo a gente coloca os pijamas, mais tempo dura a festa do pijama. — a Bab disse enquanto eu levava minha mochila super pesada para o quarto dela.
 
  Fui tomar banho, eu não podia só me trocar depois de todo aquele esforço para trazer a mochila. Logo quando saí do banho, a vó Pat nos chamou para comer AQUELE lanche. Ainda bem, eu estava morrendo de fome e ainda tenho a maior vergonha de falar com a vó da Bab até hoje depois daquele incidente no jardim. Inclusive, quando a Kim ligou para minha mãe avisando o que tinha acontecido aquele dia, minha mãe me obrigou a vir aqui entregar uma mudinha de um tipo de planta que eu não lembro o nome, para pedir desculpas por ter esmagado algumas plantas dela.
   
  — Adi! Como vai a sua mãe? E o seu pai? Gosto deles, são ótimas pessoas e claro, você. Como vai? — A vó Pat perguntou enquanto eu mordia o meu sanduíche.
  — Ah, eu vou bem e meus pais também. E a senhora? — Respondi com a boca meio cheia.
  — Eu? Você sabe. Estou indo. Às vezes sinto umas pontadas no coração, meu joelho dói, nem consigo me agachar direito para pegar alguma coisa...
  — Vó! Assim ela vai achar que está prestes a bater as botas. A senhora sabe que seus exames falaram que não tem nada disso que está falando por aí — Bab interrompeu aparentemente muito inconformada.
  
  Terminamos de comer tudo e o responsável de lavar as louças era...

QUE RUFEM OS TAMBORES… o Zac.

  — Da próxima vocês não escapam! Vocês sabem que a cada minuto que a nossas mãos ficam debaixo da água…

  Entramos correndo no quarto e fechamos a porta para os comentários totalmente desnecessários do Super nerd não atrapalharem nossa festa do pijama.

  — Eu já tenho uma lista do que a gente pode fazer hoje. Uhm, não tem como a gente jogar esses jogos. Precisam de três ou mais pessoas e claramente, somos duas.
  — A gente não pode esquecer do trabalho de ciências. É para amanhã — voltei a lembrá-la.
  — Ai! De novo essa palhaçada de fazer trabalho sendo que esse é um dos únicos dias de paz para podermos fazer algo legal.
  — Mas é PARA AMAN...
  — TÁ, TÁ! Eu sei. Será que a gente pode deixar isso por último? Vai! Tem tanta coisa legal para fazer. Por exemplo, vamos montar a barraca e colocar as luzinhas de natal.
  — Já que insiste. Você tá certa, eu nunca tenho tempo para nada, mas não me deixa esquecer o trabalho.

DIÁRIO DE UM MUNDO VIZINHO Onde histórias criam vida. Descubra agora