Capítulo 19.

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POV Lauren Jauregui

Sexta-feira, 6 de dezembro de 2019, São Paulo - SP.

Acordei antes mesmo do despertador tocar.

Estava tão preocupada em me atrasar e acabar me complicando ainda mais com Camila que quase não consegui dormir.

Fiquei acordada até tarde terminando de arrumar nossas malas.

Sim, eu havia arrumado a mala de Camila também.

Já passava das duas da manhã quando eu finalmente consegui deitar na cama, porém mesmo estando cansada, minha cabeça demorou para desligar.

Fiquei olhando para o espaço vazio ao meu lado e senti falta do corpo da latina ali.

Senti falta das suas mãos geladas procurando as minhas no meio da noite e de sua cabeça afundando em meu peito, rendendo-se ao sono e se entregando a mim.

Fui invadida pelas memórias da noite em que havíamos passado juntas ali, naquele espaço, e quando olhei para cima e fitei meu reflexo no espelho foi demais para aguentar.

Peguei meu travesseiro, uma coberta e meu celular, e caminhei até a sala, montando uma cama improvisada no sofá.

Tentei encontrar uma posição confortável e assim que a encontrei, me rendi ao cansaço.

Agora, pela manhã, já havia feito praticamente tudo que precisava fazer.

Exceto uma coisa.

— [...] O Troye me mandou mensagem avisando que meu vestido ficou pronto, então se pudermos passar lá para pegar, ficarei extremamente grata.

As palavras de Camila invadiram a minha mente.

Aproveitando que já estava dentro do carro e no meio das ruas de São Paulo, mudei o trajeto diretamente para a loja de Troye e, enquanto o fazia, disquei o número de meu amigo, avisando-o de que passaria em seu estabelecimento.

— Lauren? — ele atendeu depois de alguns toques com a voz completamente rouca.

— OI, TROYE! — praticamente gritei.

— Meu Deus, garota! O que aconteceu? Por que você está gritando?

— Eu preciso urgente passar na sua loja para pegar o vestido da Camila. — falei rápido enquanto tentava cortar o trânsito.

— E você não pode vir mais tarde? Ainda são oito da manhã, Lauren.

— Não! Eu preciso pegá-lo agora! — rebati.

— Ai, tá bom. Eu vou descer e abrir a portinha do lado, entre por ela, ok?

— Você é o melhor do mundo! Obrigada, T! — agradeci e encerrei a ligação.

[...]

— Eu posso saber por que a margarida não podia esperar até eu abrir minha loja? — Troye falou assim que me viu entrar apressada pela portinha lateral de sua loja. — Eu sei que eu mandei mensagem pra Camila avisando que o vestido dela ficou pronto, mas eu pensei que vocês só iam vir buscar no final de semana. — ele continuou a olhar para a portinha, como se esperasse que mais alguém saísse dali. — Ué, cadê ela?

— Troye... — falei. — É uma longa história!

— Você não fez merda com a atriz doidinha não, né? — ele perguntou e eu fiquei em silêncio. — LAUREN!

— Eu não tive culpa de nada! A Keana apareceu do nada na Paulista, começamos a discutir e ela me calou com um beijo. A Camila tinha ido buscar sorvete pra nós duas e quando voltou, viu a cena. — expliquei. — Me corta o coração só de lembrar das casquinhas escorregando pelas mãos dela e ela saindo correndo entre os carros. — levei as mãos até o rosto e abafei um grito. — Eu preciso conquistá-la de volta.

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