Capítulo 22.

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POV Lauren Jauregui

Na manhã seguinte fui acordada por uma sequência de movimentos incessantes ao meu lado. Com muita dificuldade abri meus olhos, tentando focar minha visão no quarto onde havia passado a noite para logo me virar de lado para conseguir entender o que estava acontecendo.

Fui surpreendida com a cena de uma Camila arremessando o que restava de travesseiros entre meu corpo e o seu, para logo sentir seu braço esquerdo me envolvendo pela cintura. Seu rosto se aproximou do meu peito e ali ela se permitiu ficar, soltando um suspiro enquanto se aconchegava ainda mais perto de mim.

Senti meu coração acelerar quando sua respiração quente soprou contra a minha pele desnuda.

Havíamos pego no sono logo após uma sequência quase incessante de sexo selvagem.

Automaticamente, levei minha mão esquerda até o meio de seus cabelos e comecei a fazer carinho, enquanto com a outra mão, puxava o corpo da latina para ainda mais próximo do meu.

— Bom dia, princesa. — sussurrei baixinho.

Recebi um gemido manhoso em troca, que logo se transformou em uma risadinha.

Camila se remexeu o suficiente para olhar em meu rosto e não pude deixar de sentir um frio na barriga quando seus olhos castanhos clarinhos se encontraram com os meus.

— Bom dia, Lern! — ela sorriu. — Que horas são? — ela olhou ao redor do quarto, focando na porta da sacada onde havíamos passado algumas horas ontem a noite, procurando qualquer fonte de luz que indicasse que já havia amanhecido.

— Eu não tenho ideia, mas já é de manhã. Dá pra ver pelas frestas da porta. — apontei para a entrada branca da sacada, que estava fechada.

— Meu Deus! Sua família! Eu preciso me arrumar! — ela se mexeu agitada.

— Ei! — exclamei, tentando acalmá-la envolvendo-a em meus braços e puxando-a de volta para cima de mim. — Fica aqui.

Seus olhos voltaram a analisar os meus antes de descerem para a minha boca, onde ficaram por alguns segundos.

Sorri involuntariamente.

Camila respirou fundo e voltou a deitar com a cabeça sobre meu peito.

— Só mais uns minutinhos, tá bom? — ela perguntou.

[...]

Depois de mais um tempo deitadas trocando carícias, Camila e eu decidimos que era hora de descermos para comer alguma coisa. Tomamos um banho, infelizmente não juntas, vestimos roupas confortáveis e descemos as escadas indo em direção a casa onde minha família estava.

Ainda não havíamos conversado sobre a noite anterior.

Sexo de reconciliação é sempre um dos melhores na minha lista, se não o melhor, porque parece que serve para transformar toda a raiva e mágoa em energia puramente sexual, exalando tesão e lúxuria.

Entretanto, apesar da noite maravilhosa com Camila, tinha consciência de que precisávamos agir como adultas e conversar sobre tudo o que aconteceu. Tudo mesmo. Não só o sexo, mas o que nos fez chegar até ali primeiramente: a história com Keana.

— Bom dia, meninas! — meu pai sorriu ao nos ver entrar pela porta de vidro da cozinha.

— Bom dia, pai! — respondi com um sorriso.

— Bom dia, Sr. Jauregui! — Camila falou animada.

— Querida, sem formalidades, por favor. Pode me chamar apenas de Mike.

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