Capítulo 25.

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POV Lauren Jauregui

Ouvi bem distante o barulho do meu despertador ecoar aos meus ouvidos, me revirei na cama e com certa dificuldade por conta da claridade que insistia em entrar pela cortina do meu quarto, consegui abrir meus olhos.

Peguei meu celular para desligar a droga do alarme e foi assim que eu me dei conta do horário.

Merda, merda, merda!

Devido ao horário em que Camila e eu havíamos ido dormir, acabamos descansando além do que deveríamos.

Deveríamos não. Eu deveria.

Sou eu quem trabalha logo cedo. Ela poderia continuar dormindo a manhã e a tarde inteira se quisesse.

Amor... — chamei-a baixinho enquanto levava ambas as mãos para meu rosto, esfregando-o na tentativa de mandar o sono embora.

Não tive resposta.

Dorminhoca.

Ainda de olhos fechados, me espreguicei, sentindo minhas costas estralarem.

Vida... — ri baixo por Camila ainda não ter me respondido.

Estranhando sua falta de resposta, ainda que esta fosse um travesseiro voando em minha direção, abri os olhos e fitei o espelho acima de nós.

Eu estava sozinha na cama.

— Ai que espertinha, ela já levantou. — falei para mim mesma.

Ainda sonolenta, levantei e fui até a porta do meu quarto com a intenção de abri-la, porém parei alguns segundos para observar a bandeira LGBTQIA+ ali pendurada, fazendo um carinho no tecido ao lembrar de Camila usando-a como capa.

— Amor, você já levantou e nem me chamou? — perguntei assim que saí do quarto. — Eu estou super atrasada para o trabalho e... Camz? — minha voz ficou suspensa no ar.

Não havia ninguém na sala.

Caminhei até a cozinha e também encontrei o ambiente vazio.

— Camila, eu já te falei que só gosto de levar susto em filmes de terror, porque sei que não são coisas reais. Onde você está? — cocei minha nuca e comecei a procurá-la pelo apartamento. — Eu estou atrasada, gatinha!

Fui até o banheiro e, para o começo do meu desespero, o encontrei assim como os três outros cômodos do meu apartamento.

Completamente vazio.

Engoli em seco.

Refiz meu caminho até a cozinha e abri a porta da lavanderia.

Nada.

— Camila? — chamei-a novamente.

Senti meu coração acelerar dentro do peito e corri até a porta que levava à sacada, abrindo-a com tanta força que jurei que o vidro poderia estourar.

Olhei para o ambiente vazio e logo um nó se formou em minha garganta.

Debrucei-me sobre o parapeito e olhei para baixo, e devido à altura do meu apartamento, não conseguia ver mais do que o verde da grama do jardim.

— Camila, pelo amor de Deus! — falei voltando a andar pelo apartamento.

Olhei embaixo da cama, dentro do guarda-roupa, no gabinete do banheiro, embaixo do armário da cozinha.

Nada.

— Ok, Lauren. Respira. Ela pode ter descido até o jardim.

Tentando controlar minha respiração, caminhei de volta até meu quarto. Decidi que iria me arrumar para o trabalho enquanto Camila não aparecia.

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