Maybe Love (H.S)

34.0 He's Free

"Charlotte's POV"

Mantive-me imóvel enquanto ele olhava para mim com uma certa incredulidade. Quando o som ecoado pelo aparelho surgiu, parece que nós dois tínhamos despertado.

Eu retiro-o rapidamente e corro até a porta.

Klaus: sua cabra de merda, não sairás daqui com vida!- grita ele, puxando-me pelo braço antes que eu alcançasse a maçaneta.

A sua palma da mão invade o meu rosto e múltiplas lágrimas surgem dos meus olhos. O meu rosto arde com uma intensamente nunca mais antes sentida, o meu coração parece que me vai saltar pela boca junto com os meus pulmões. A adrenalina e o medo correm juntos dentro de mim, procurando o meu instinto de sobrevivência algures dentro do meu corpo.

O pequeno aparelho cai ao chão e desliza até ao outro canto da sala. Os meus olhos logo e encontram e tento caminhar de novo até ele, até que sou empurra contra a parede, fazendo as minhas costelas pedirem "perdão".

Sua mão rodeia o meu pescoço e o ar falta-me instantaneamente. Pego-o pelo braço, enquanto me debato para que me largue.

Repentinamente vejo Harry atrás dele, dando-lhe um golpe logo de seguida que o faz cair ao chão. Com um taser, ele o electrocuta até que o mesmo perca os sentimentos e eu só consegui me manter no chão após ser solta.

Os meus pulmões ardiam de aflição, o meu organismo pedia por oxigênio. Eu olho para o Harry meio sem saber o que fazer, não tenho forças para tal. Só quero que ele me carregue para fora disto, me leve para bem longe.

Seus braços rodeiam-me e gentilmente sou levantada. Ele coloca-me ao colo e leva-me para fora daquele quarto. 

...

Despertei meio atordoada e sobressaltada. O meu corpo doía como se me tivesse passado um camião em cima. Tento sentar-me e uma enorme dor percorre-me toda, nem 800mg de ibuprofeno vão me tirar essa dor toda.

Levanto-me da cama com bastante sacrifício, ainda me perguntando como vim parar em casa. Só me lembro de ser transportada pelo Harry ... Abro a porta e com algumas dificuldades dirijo-me as escadas, lentamente as desço, tentando suportar aquela dor toda. Eu quebrei algumas costelas, de certeza...

Harry: Charlotte, não podes levantar!- grita ele parecendo bastante preocupando, rodeando um braço a volta da minha cintura logo após eu chegar ao fim das escadas.

Char: é só dor... - digo quase gemendo no final - não vou morrer!

Harry revira os olhos e coloca-me sentada no sofá. Ele senta-se à frente de mim, na mesa de centro.
Os rapazes estão todos cá, mas pareciam relaxados. Liam a ler, Ian e Zayn a lerem alguma coisa no portátil.

Harry: encontramos tudo que precisávamos!- diz ele bastante animado. Eu sorrio logo de seguida.

Liam: o caso é bem mais caricato... -diz ele levantando-se.

Recebo de Liam uns papéis.

Harry: naquele portátil tinham mensagens escritas, tanto gravadas do primeiro ministro.

Começo a ler as escrituras que me foram entregue. Os meus papéis deslizam rapidamente e fico bastante assustada com que leio.

Char: foi um culto satânico? Uma oferenda? Ele deu as filhas ao diabo?

Harry assente.

Harry: então, como eu era a pessoa que eles já não precisavam porque saí dos negócios, decidiram incriminar-me!

Char: Harry! Eu quero vomitar, isso é nojento!

Ian: o bom é que já enviei isso a pessoas de confiança, até amanhã o Harry poderá estar livre... Mas não garanto que o primeiro ministro irá preso!

Liam: e ele vai querer vingança, de certeza!