Capítulo 80: Declaração de guerra

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Volume 3

(Myuu): “Papaiiii!! Bem-vindo de voltaaaa!!”

A alegre voz de uma garotinha soou dentro da praça no portão de entrada do |Grande Calabouço Orcus|.

Aventureiros e Mercenários, que estavam indo explorar o |Calabouço|, ruidosamente negociavam com os Mercadores que também estavam anunciando seus produtos em várias barracas lotadas. Contudo, a voz alta de Myuu, que rivalizava com a deles, fez os especialistas em batalhas olharem para ela e sorrirem enquanto seus olhares suavizavam.

] Tap, tap, tap, tap, tap! [

Myuu correu diretamente na direção de Hajime enquanto criava esses adoráveis passos e então pulou em Hajime. Hajime falhou em receber ela já que nem mesmo sonhava que ela faria isso.

Em uma situação normal, a cabeça da garotinha iria atingir seu estômago como um foguete e o faria se contorcer de dor. Mas felizmente, o corpo de Hajime não era tão fraco. Além disso, ele evitou por completo o impacto, assim ele não machucaria Myuu e a segurou com firmeza.

(Hajime): “Myuu, você veio nos receber? Onde está Tio?”

(Myuu): “Un. Tio-oneechan pensou que estava na hora do Papai voltar. Foi por isso que nós viemos aqui. Tio-oneechan está…”

(Tio): “Esta está aqui”

Se separando da multidão, uma jovem e linda mulher com cabelo preto e olhos dourados apareceu. Não é preciso dizer que era Tio. Como ela estava dentro da multidão onde não seria estranho para alguém se perder, Hajime começou a reclamar sobre ela se separar de Myuu.

(Hajime): “Oi, oi, Tio. Não se separe de Myuu em um lugar desses”

(Tio): “Esta manteve ela em sua visão. Mas houve algumas pessoas grosseiras. E esta não quis deixar Myuu ver um espetáculo sinistro”

(Hajime): “Entendo. Então não há o que fazer... então, onde estão esses suicidas?”

(Tio): “Bom, Mestre. Esta já resolveu isso por completo”

(Hajime): “… tch, bem, tanto faz”

(Tio): “… o Mestre realmente acredita que irás devolver ela?”

Aparentemente, havia alguns idiotas que tentaram sequestrar Myuu. Como Myuu era uma criança da tribo dos ⌊Habitantes do Mar⌋, ela estava usando um capuz para não se destacar nesse local público. Assim, sem saber que ela era uma criança da tribo dos ⌊Habitantes do Mar⌋ protegida pelo |Reino|, havia pessoas pensando nessa insolência. Uma das razões poderia ser porque debaixo do capuz havia o rosto de uma jovem garota com adoráveis características. Não se sabia se o objetivo deles era pedir um resgate ou algo do tipo.

Hajime perguntou sobre o paradeiro dos criminosos com um sorriso sombrio e a evidência de que ele os mataria fez Tio o censurar com um pouco de surpresa. No início, Hajime não gostava de ser chamado de Papai do fundo de seu coração, mas agora ele tinha se tornado o Papai dela. "Quando chegarmos em |Elisen|, o Mestre vai mesmo conseguir se separar dela...", Hajime era mais preocupante do que Myuu.

Escutando a conversa entre Hajime e Tio, o grupo de Kouki parou em completa surpresa. Embora eles compreendessem que Hajime se tornou forte nos últimos quatro meses porque ele passou por várias coisas que eles nem poderiam imaginar, "Como ele pode ser pai!?". Todos estavam boquiabertos com este pensamento.

Os alunos pensaram, "Mas que tipo de experiências ele acumulou!?", e eles moveram seus olhares para Yue e Shia, e em seguida eles olharam para a linda mulher de cabelo preto e peitos grandes que subitamente apareceu, e eles claramente pensaram em algo grosseiro. Esta surpresa poderia ser até maior do que a vez em que Hajime mostrou seu espetáculo inigualável dentro do |Calabouço|.

Se eles pensassem com calma nisso, seria impossível para ele ter uma filha depois de ficar desaparecido por apenas quatro meses, mas os vários choques em sucessão, junto com o fato de eles retornarem da batalha de vida e morte, os fez perderem suas composturas e cometerem um esplêndido mal-entendido.

Em seguida, uma pessoa instavelmente se moveu do grupo de Kouki. Com um sorriso colado em seu rosto que não se refletia em seus olhos... era Kaori. Kaori se aproximou dele de forma trôpega e repentinamente, ] encarada [, seus olhos se arregalaram e então ela agarrou Hajime.

(Kaori): “Hajime-kun! O que significa isto!? Ela é mesmo a filha de Hajime-kun!? Quem é a mãe!? Yue-san!? Shia-san!? Ou é essa pessoa de cabelo preto!? Não me diga que há outras!? Quantas você engravidou!? Me responda! Hajime-kun!”

Segurando o colarinho de Hajime, Kaori sacudiu Hajime em confusão. Apesar de Hajime tentar dizer que era um mal-entendido e se afastar dela, ele não poderia recuar porque Kaori o segurava com uma força ridícula que ele não fazia ideia que ela possuía. Atrás de Kaori, “Kaori, por favor, se acalme! Não tem como ela ser a filha dele, você sabe!”. Shizuku a repreendeu e a segurou, mas parecia que Kaori não a escutou.

Por outro lado, eles podiam escutar os sussurros e rumores vindo dos arredores.

(??? A): “O que é isto? Uma cena de carnificina?”

(??? B): “Parece que, ele engravidou outra mulher enquanto estava com outra mulher?”

(??? C): “E não foi apenas uma ou duas”

(??? D): “Não parece que ele engravidou cinco ao mesmo tempo?”

(??? E): “Bem, eu escutei que ele criou um harém e engravidou dezenas de mulheres, eu acho?”

(??? F): “Porém, ele parece ter escondido isso de sua esposa”

(??? G): “Entendi... então hoje ele foi pego, huh”

(??? H): “Criar um harém... que invejável”

(??? I): “Que homem honroso... no entanto, ele está morto”

Aparentemente, descobriu-se que Hajime era um marido bruto que escondeu o fato de que ele era o mestre de um harém e engravidou dezenas de mulheres enquanto mantinha tudo em segredo de sua esposa. Hajime, que estava atualmente sendo sacudido por Kaori, estava olhando para o teto com os olhos meio fechados, e então ele suspirou profundamente enquanto acariciava a cabeça de Myuu, que se perguntava o que estava acontecendo com sua cabeça inclinada.

A aparência de Kaori, cuja cabeça estava enterrada nos peitos de Shizuku com um rosto carmesim, indicava que ela queria se enterrar em um buraco. Recuperando sua compostura, ela notou que tinha gritado algo inacreditável, e seu constrangimento apareceu na velocidade Mach. “Está tudo beeeem, está tudo bem”, a aparência de Shizuku confortando ela era exatamente como a de uma mãe... não, vamos parar por aqui.

Hajime e os outros se afastaram do portão de entrada e chegaram na praça na entrada da cidade. Depois de sua homenagem, o que causou uma queda acentuada aos olhares do público, ele se reportou para o Diretor da Filial, Lorr, sobre a realização do pedido. E depois de duas ou três conversas, ele decidiu deixar a cidade rapidamente para escapar das várias comoções. Em primeiro lugar, ele só tinha ido até a cidade para entregar a carta de Ilwa para Lorr, assim não havia necessidade de reabastecer nem problemas se eles partissem imediatamente.

O grupo de Kouki voltou um por um depois de deixar o grupo de Hajime porque eles estavam seguindo Kaori. Kaori, ainda se contorcendo pelo constrangimento, estava desesperadamente pensando sobre o que ela deveria fazer. Ela tinha que decidir se ela se separaria de Hajime ou se o acompanharia. Seus sentimentos estavam mais inclinados a segui-lo. Ela não queria se separar depois que eles finalmente se reuniram.

Contudo, ela não podia tomar uma decisão clara por causa de sua culpa por deixar o grupo de Kouki e pela forma como ela estava abalada com as mudanças de Hajime. Aliás, havia o efeito de seu abalo ser reconhecido e ridicularizado.

Kaori, da mesma forma que Yue fez com ela, tinha adivinhado quão fortes eram os sentimentos de Yue por Hajime. Depois disso, acima de tudo, a forma como Hajime pensava em Yue como alguém importante para ele se tornou um espinho que perfurou e se prendeu em seu coração. Os dois pensavam um no outro. Assim, o escárnio unilateral, "Então essa é a extensão de seus sentimentos?", duvidou da força dos sentimentos abalados de Kaori.

Ela estava se perguntando se seus sentimentos iriam perder para Yue, e agora, se seus sentimentos deveriam ser colocados de lado, assim isso não se tornaria um incômodo. Mas, acima de tudo, ela realmente estava olhando para o atual Hajime ao lado dela? Ou ela estava apenas pensando no Hajime do passado? Isso, associado com as extraordinariamente altas habilidades de Yue como parceira dele e a forma tão decorosa com que ela fez Kaori se sentir... esmagada. Resumindo, ela perdeu a confiança em si mesma como mulher, como usuária de magia e até em seus sentimentos por Hajime.

Finalmente, estava na hora do grupo de Hajime partir, e, por alguma razão, a atmosfera estava repleta de agitação. Notando isso e erguendo seu rosto, Kaori viu cerca de dez homens bloqueando o caminho deles.

(Mercenário A): “Oi, oi, onde você pensa que está indo? Você transformou nossos colegas em pano de chão, você acha que pode ir sem se desculpar? Ah? Ah!?”

O homem armado de aparência suja sorriu impropriamente enquanto olhava para Tio e falava. Aparentemente, eles eram os companheiros dos camaradas que anteriormente tentaram sequestrar Myuu. Eles apareceram para se vingarem de Tio. Porém, esses olhares vulgares estavam obviamente buscando não retribuição, mas algo diferente.

Nesta cidade, Aventureiros deviam saber da confusão dentro da ⟦Guilda⟧ e não iriam procurar por uma briga contra Hajime. Era por isso que esses homens eram provavelmente Mercenários errantes.

Hajime e alguns outros estavam rangendo seus dentes enquanto se impressionavam com a situação padrão que apareceu com essa escória. Contudo, se enganando pensando que isso era medo, os Mercenários fracassados começaram a se deixar levar.

Seus olhares também se moveram para Yue e Shia. Os olhares que pareciam lambê-las fizeram Yue e Shia se sentirem perturbadas do fundo de seus corações e se esconderem atrás de Hajime. Se equivocando com as ações delas como pavor, eles começaram a ameaçar Hajime, que estava cercado por Yue e as garotas.

(Mercenário A): “PIRRALHO! Você entendeu, não é? Deixe as mulheres e desapareça depressa se você não quiser morrer! Quêêêêê, eu vou devolvê-las se você se desculpar corretamente!”

(Mercenário B): “Bom, elas já estarão quebradas até lá”

Pensando que isso era engraçado, "GYAHAHA", os homens riram. Um deles estava até desejando a apavorada Myuu, enquanto outro estava cobiçando a ⌊Mulher-Coelho⌋, uma raça normalmente usada como uma válvula de escape para o desejo sexual humano. E o destino deles foi decidido agora.

Assim como de costume, a pressão que atacou os homens que pareciam ser Mercenários era como uma cachoeira gigante que causou até estalos no ar. Entretanto, se irritando e não podendo lidar com o discurso dos homens, Kouki se moveu apenas para ser pego dentro da pressão e tremer. Então, ele viu Hajime, sem se importar com ele, caminhando em direção dos homens no canto de sua visão.

Apesar de ser tarde demais, os homens tentaram se desculpar porque eles notaram que compraram briga contra alguém que eles não deveriam. Mas, de quatro devido à pressão, eles não poderiam nem mesmo abrirem suas bocas, então eles não poderiam se desculpar.

Hajime também não queria escutar mais as palavras deles. Já havia motivos o bastante para Hajime ficar furioso porque eles estavam pensando em fazer de Shia uma válvula de escape para suas luxúrias, mas a malícia contra a apavorada Myuu o levou a decisão de fazer eles viverem uma vida mais dolorosa do que a morte.

Hajime diminuiu a pressão um pouco e alinhou os homens que estavam ajoelhados, então ele atirou no símbolo de um homem sem hesitação e diabolicamente começando pelo que estava na ponta. Além disso, um a um, os homens que gritavam enquanto seguravam suas virilhas foram chutados e empilhados no canto da praça com suas bacias esmagadas. Com isto, eles não seriam mais capazes de fazer filhos ou até caminhar. Iria depender de cada um deles se eles trabalhariam duro no futuro para continuarem vivos ou não.

O contra-ataque exageradamente excessivo e impiedoso fez o grupo de Kouki se afastar. Os estudantes homens foram especialmente afetados e ficaram pálidos enquanto cobriam suas partes baixas.

Olhando de soslaio para o grupo de Kouki, Hajime voltou para onde Yue e as garotas estavam.

(Tio): “Mais uma vez, completamente impiedoso, huhhhh. Como esperado do Mestre. Mesmo que esses sejam inimigos das mulheres, nenhuma simpatia apareces em ti?”

(Shia): “Normalmente Hajime-san não ficaria tão nervoso, não éééé? Como imaginado, é por causa de Myuu-chan? Parece que a superproteção continua aumentando”

(Yue): “… nh, apesar de ter isso... Hajime também está irritado por Shia”

(Shia): “Eh!? Bravo por minha causa? Ehehe, Hajime-san… muito obrigadoooo”

(Hajime): “… Yue pode ver através de mim na mesma hora”

(Yue): “Nh… é claro. É porque eu estou sempre olhando para Hajime”

(Hajime): “Yue…”

(Yue): “Hajime…”

No fim, Hajime e Yue começaram a criar seu próprio mundo, então Shia replicou, Myuu pulou em Hajime para ser mimada e, por fim, Tio soltou uma de suas declarações pervertidas que terminou com ela ofegando pela frieza de Hajime. Esses espetáculos estavam conectados com Hajime como o núcleo.

Kaori estava silenciosamente observando Hajime, que carregava Myuu enquanto era cercado por Yue e as garotas. Com o espetáculo anterior, ela entendeu que Hajime não hesitaria em usar violência. Isso era algo completamente diferente comparado ao Hajime antigo, e apenas ver isso se tornava uma negação da gentileza de Hajime.

No entanto, ela se perguntou sobre a razão para a fúria de Hajime, o que o fez recorrer a violência. Era pelo bem das garotas que estão perto dele, então elas poderiam se divertir e rir alegremente. De fato, como uma pessoa que perdeu sua gentileza poderia estar cercada por tais sorrisos? Como uma criança tão jovem poderia desejar por ele como um pai?

Em seguida, a perturbação em sua mente devido as mudanças de Hajime se dissiparam. Em primeiro lugar, Hajime voltou para o |Calabouço| com o objetivo de aliviar Kaori ao informá-la sobre sua sobrevivência. E exatamente como suas palavras, ele voltou para o |Calabouço| apenas por Kaori, mas ele não descartou os outros. Ele salvou Meld, quem recebeu ferimentos mortais, e disse a suas companheiras para protegerem o grupo de Kouki.

Kaori notou isso. O motivo para Hajime mostrar tamanha violência e crueldade sem hesitação para seus inimigos era para proteger suas pessoas importantes. É claro que a própria Kaori também poderia estar incluída nesse grupo, mas era um fato que Hajime estava pensando no bem dos outros. A prova eram os sorrisos das garotas ao redor de Hajime.

Kaori supôs isso. Hajime perdeu a cor de seu cabelo, seu olho direito e braço esquerdo certamente por causa do severo ambiente em que ele viveu. Ele provavelmente quase se quebrou mentalmente e fisicamente muitas vezes. Não, era possível... era possível que ele já estivesse quebrado, o que resultou em suas mudanças. Mesmo assim, Hajime seguia por seu caminho cercado por esses sorrisos.

Esse fato fez a neblina dentro da mente de Kaori se dissipar. Ela podia ouvir o som de peças de um quebra-cabeça se encaixando corretamente em seus lugares. "Mas com o que eu estava hesitando?". Lá estava “Hajime” diante dela. Lá estava o garoto que seu coração sempre buscou. Aquele que foi chamado de "incompetente", mas rastejou pelo Abismo, ganhou enorme poder e foi salvá-la.

Havia partes que mudaram, mas também havia partes imutáveis. No entanto, isso era algo natural. Afinal, pessoas sempre mudariam com o tempo, experiências e encontros. Por isso não havia motivo para ela sentir medo. Não havia motivo para ela perder sua confiança. Não havia motivo para ela se afastar dele.

[Kaori]: ("Se houver algo que eu não sei, vai ficar tudo bem se eu vier a aprender enquanto estiver ao lado dele. Até agora, exatamente como no tempo em que estávamos dentro da classe. Não tem jeito da força dos meus sentimentos perderem! Não há nada errado em eu entrar no círculo que cerca Hajime! Eu não permitirei que ninguém mais ria dos meus sentimentos!")

Resolução e determinação nasceram dentro dos olhos de Kaori. Shizuku, a seu lado, estava sorrindo com a mudança de sua melhor amiga. Em seguida, ela silenciosamente empurrou as costas de Kaori. Kaori, com olhos irradiando mais "força" do que antes, acenou com a cabeça para agradecer Shizuku e se moveu em direção a seu próximo campo de batalha. Isso mesmo, em direção a sua luta como uma mulher!

O grupo de Hajime notou que Kaori estava caminhando na direção deles. Hajime pensou que ela estava indo se despedir, enquanto Yue a seu lado, "Muh?", ficou atenta enquanto franzia o cenho. “Arara?”, Shia estava olhando para Kaori com seu interesse aumentando, e Tio murmurou, "Parece que vai ser um banho de sangue, huhhhh". Como ela aparentemente não estava indo se despedir deles, Hajime estava olhando para Kaori e franziu o cenho devido a um sentimento ameaçador.

(Kaori): “Hajime-kun, posso ir com você, também? Não, não é isso, eu absolutamente irei com você, então por favor, tome conta de mim, okay?”

(Hajime): “... hah?”

Pelas primeiras palavras ditas, sem prefácio nem sentimentalismo barato, isso se tornou um desenvolvimento onde tudo estava decidido e os olhos de Hajime viraram pontos. Automaticamente, ele soltou uma voz estupefata. No lugar de Hajime, que não poderia recuperar sua compostura no momento por estar aturdido, Yue se moveu.

(Yue): “… você não está qualificada para isso”

(Kaori): “Que qualificação? É para sempre pensar em Hajime? Então, eu não perderei para ninguém, sabia?”

Kaori calmamente respondeu as palavras de Yue. Yue, “Mmhmp”, fez sua boca formar um "^".

Kaori encarou Yue, então ela abruptamente moveu seu olhar inabalável para Hajime. Em seguida, ela uniu suas mãos diante de seu peito com bochechas coradas, respirou fundo, então, com uma voz desesperada e trêmula, ela falou com ele... assim ela transmitiu isso.

(Kaori): “Eu te amo”

(Hajime): “… Shirasaki”

A expressão de Kaori era um misto de constrangimento e preocupação, enquanto ela esperava pela resposta de Hajime, e felicidade, por ser capaz de transmitir seus sentimentos para ele. Dessa forma, com esses sentimentos misturados, ela não recuou, mostrando sua determinação.

Esse olhar, cheio de determinação e sinceridade, fez Hajime a responder com olhos sérios.

(Hajime): “Eu tenho uma mulher por quem estou apaixonado. Então eu não posso responder aos sentimentos de Shirasaki. Portanto, eu não posso te levar comigo”

A resposta clara de Hajime fez Kaori imediatamente morder seu lábio como se ela quisesse chorar, mas no momento seguinte, poder nasceu dentro de seus olhos que estavam a ponto de verter lágrimas e ela ergueu seu rosto. Assim, ela acenou com a cabeça para dizer a ele que entendia. Atrás de Kaori, Kouki e os outros estavam em total surpresa, boquiabertos, e em uma situação parecida com um pandemônio, mas sem se importar com eles, Kaori teceu suas palavras desejadas.

(Kaori): “… un, eu sei. É Yue-san, não é?”

(Hajime): “Yeah, é por esse motivo…”

(Kaori): “Mas, eu não acho que isso pode ser um motivo para eu não ficar ao lado de Hajime-kun”

(Hajime): “Quê?”

(Kaori): “Porque, Shia-san e a ligeiramente estranha Tio-san também estão apaixonadas por Hajime-kun, não estão? Especialmente Shia-san, eu sinto que ela está bem séria sobre isso”

(Hajime): “… é que…”

(Kaori): “Mesmo que Hajime-kun, com você já tendo sua própria pessoa especial, ela ainda não desistiu e quer estar ao lado de Hajime-kun, e também, Hajime-kun a permite isso. Por isso, não seria um problema se eu também ficasse, não é? Afinal, meus sentimentos por Hajime-kun... não perderão para ninguém”

Dizendo isso, Kaori virou seu olhar flamejante e poderoso na direção de Yue. O que estava sendo dito era, "Meus sentimentos não perderão para você! Eu não permitirei que você ria deles!", e Yue pôde ver o forte desejo de Kaori. Isso era definitivamente uma declaração de guerra. Era uma declaração de que ela roubaria o único e exclusivo "assento especial" de Yue.

Recebendo o olhar penetrante de Kaori de frente, Yue, excepcionalmente, fez seus lábios formarem um sorriso que poderia ser reconhecido por qualquer um como destemido.

(Yue): “… entendo, então venha conosco. E então eu vou te ensinar. Quais são nossas diferenças”

(Kaori): “Você não, é Kaori”

(Yue): “… então, só me chame de Yue. Eu aceito o desafio de Kaori”

(Kaori): “Fufu, Yue. Não chore se você perder, okay?”

(Yue): “… fu, fufufufufu”

(Kaori): “Aha, ahahahahaha”

Yue e Kaori criaram um mundo só delas com um significado diferente de quando Yue fazia com Hajime. Embora Hajime fosse a pessoa que recebeu a confissão, ele foi posto de lado antes que percebesse isso, e, de tal maneira, no fim, foi decidido que Kaori entraria no grupo, o que fez Hajime olhar para longe. Vendo Yue e Kaori, que estavam rindo juntas, Shia e Myuu ao lado dele estavam o abraçando, tremendo.

(Shia): “Ha-Hajime-san! Há algo errado com meus olhos? Eu posso ver nuvens negras e um raio dracônico atrás de Yue-san!”

(Hajime): “… isso não é normal? Até eu posso ver uma Hanya[1] segurando uma katana atrás de Shirasaki”

(Myuu): “Papaaiii! Essas Onee-chan são assustadoraas”

(Tio): “Haa, haa, vós sois, de alguma forma... se você virar seu olhar esta... ngh, não posso segurar”

Com Satã (?) aparecendo atrás de cada uma delas, Yue e Kaori riram com poses assustadora. "Vocês são esse tipo de personagem?", Hajime queria retorquir com isso, mas ele decidiu esperar até que elas parassem enquanto tranquilizava Myuu, que estava se agarrando nele, porque essas palavras se tornariam um bumerangue e voltariam para ele. Ele era no momento o assim chamado imprestável.

Porém, havia alguém que era contra o desejo de Kaori... e é claro que era o ⌈Herói⌋, Amanogawa Kouki.

(Kouki): “Es-esperem! Por favor, esperem um segundo! Eu não entendo isto. Kaori gosta de Nagumo? Ela quer seguir ele? Eh? O que isso significa? Como, como chegamos a isso repentinamente? Nagumo! Você, mas o que foi que você fez com Kaori”

(Hajime): “… qual o problema com este aqui?”

Aparentemente, Kouki não poderia admitir a realidade de Kaori se apaixonando por Hajime. Isso não era algo que surgiu do nada, Kouki apenas era o único que não notou, mas aos olhos de Kouki, ele só via Kaori subitamente fazendo algo estranho e a causa era Hajime. De fato, a mente de Kouki vendo as coisas apenas na forma que seria conveniente para ele fez Hajime replicar instintivamente.

Se convencendo por completo de que Hajime fez algo com Kaori, Kouki indignamente se moveu com a [Espada Sagrada] parcialmente desembainhada em mãos, o que fez Shizuku censura-lo, com um gesto que indicava que ela estava enfrentando uma dor de cabeça.

(Shizuku): “Kouki. Você não pode ver que Nagumo-kun não fez nada? Por favor, pense nisso com calma. Embora pareça que você não tenha notado, Kaori pensa nele dessa forma há muito tempo. Quero dizer, desde a época em que ainda estávamos no Japão. Só tente pensar sobre o que Kaori sempre quis falar”

(Kouki): “Shizuku… o que você está dizendo... é só, é só porque Kaori é gentil, então ela se sente culpada por Hajime, que sempre estava sozinho, não é? Não há nem conexão nem motivação, então não há como Kaori gostar de um otaku como Hajime”

Ouvindo a conversa de Kouki e Shizuku, Hajime inesperadamente ficou agitado por isso ser dito diretamente em sua presença e suas bochechas se contraíram.

Notando a comoção de Kouki e os outros, Kaori falou para Kouki e os colegas de classe atrás dele para esclarecer a situação.

(Kaori): “Kouki-kun, todos, eu sinto muito. Eu sei que isso é egoísmo meu... mas eu, eu quero ir com Hajime-kun de qualquer jeito. Por esse motivo, eu vou deixar o seu grupo. Eu realmente sinto muito”

Kaori disse isso enquanto se curvava profundamente, fazendo Suzu, Eri, Ayako e Mao, o círculo feminino, gritar, "Kyaa! Kyaa!". Nagayama, Endo, e Nomura, os três que já suspeitavam dos sentimentos de Kaori, estavam acenando com suas mãos para dizer a ela que não se preocupasse com isso com sorrisos sem graça.

No entanto, é claro que Kouki não poderia aceitar as palavras de Kaori.

(Kouki): “É uma mentira, não é? Afinal, isso é estranho. Kaori sempre esteve ao meu lado... então não deveria ser o mesmo a partir de agora também? Kaori é minha amiga de infância... é por isso... que é natural que ela esteja a meu lado. Não é, Kaori?”

(Kaori): “Umm… Kouki-kun. É verdade que somos amigos de infância... mas isso não significa que vamos ficar sempre juntos, entende? Eu acho que isto é algo natural…”

(Shizuku): “É verdade Kouki. Não é como se Kaori fosse sua, e é a própria Kaori que vai escolher o que ela quer. Portanto, pare já com isso”

Ouvindo isso de suas duas amigas de infância, Kouki ficou perplexo. Seu olhar imediatamente se moveu na direção de Hajime. Hajime estava olhando para longe, expressando que isto não tinha nada a ver com ele. Ao lado de Hajime estavam uma linda mulher e lindas garotas o acompanhando.

Vendo esse espetáculo, os olhos de Kouki começaram a gradualmente mudar. Dentro dele, ele estava pensando sobre sua Kaori, e sentimentos sombrios que ele nunca sentiu antes surgiram. Assim seguindo seu impulso, ele interpretou tudo completamente para sua própria conveniência.

(Kouki): “Kaori. Você não deve ir com ele. Eu estou dizendo isso pelo seu bem. Só olhe para aquele Nagumo. Ele está cercado por várias garotas, até uma criança pequena... além disso, ele até fez uma garota da tribo dos ⌊Homens-Coelho⌋ usar um [Colar de Escravo]. Até aquela mulher de cabelo preto chamou Hajime de 'Mestre' antes. Definitivamente, ela foi obrigada a chamar ele assim.

Eu tenho certeza que Nagumo está acumulando mulheres ou algo neste sentido. Ele é o pior. Ele facilmente matou uma pessoa e ele não quer cooperar conosco, seus companheiros, mesmo que ele tenha essas poderosas armas. Kaori, você só vai ser infeliz se você for com ele. Portanto, é melhor que você fique aqui. Não, só fique aqui. Mesmo que você passe a me odiar, eu vou te impedir pelo seu próprio bem. Eu absolutamente não deixarei você ir com ele!”

A objeção excessivamente irregular deixou Kaori e os outros perplexos. Contudo, o irritado Kouki não poderia ser detido. Seu olhar que estava apontado para Kaori para persuadi-la, se voltou na direção de Yue e as garotas ao lado de Hajime, como se ele tivesse pensado em algo.

(Kouki): “Vocês garotas também. Não há mais necessidade para vocês ficarem ao lado desse homem. Venham comigo! Eu acolherei pessoas com habilidades como a de vocês. Vamos salvar pessoas juntos. Shia, não é? Não é preciso se preocupar, eu irei imediatamente te libertar da escravidão se você vier comigo. Tio também, está tudo se você não o chamar de Mestre”

Dizendo isso com um sorriso revigorante, Kouki esticou sua mão em direção de Yue e as garotas. Shizuku estava com a mão no rosto olhando para o céu enquanto Kaori estava cobrindo sua boca aberta.

Yue e as garotas que receberam o convite junto do sorriso de Kouki estavam…

(Yue, Shia e Tio): “…”

Elas estavam sem palavras. Elas desviaram seus olhares de Kouki e esfregaram seus próprios braços. Se você olhasse com atenção, Yue e as garotas estavam com arrepios. De certa forma, elas receberam um dano considerável. Até Tio disse, "Por algum motivo, isto parece errado...", enquanto ela franzia o cenho com a sensação fria que ela tinha.

Vendo suas aparências, Kouki, que estava com sua mão estendida, ficou com um sorriso constrangido. Longe de olhar para ele, as garotas apressadamente se esconderam atrás de Hajime enquanto pareciam enojadas com ele, o que chocou Kouki.

Então, esse choque mudou para ira que foi exibida em sua ação. Ele precipitadamente sacou a [Espada Sagrada], a apontando para Hajime. Kouki não poderia mais ser detido por palavras, ele enfiou a [Espada Sagrada] no chão e apontou seu dedo para Hajime enquanto declarava...

(Kouki): “Nagumo Hajime! Duele comigo! Jogue fora sua arma e me enfrente desarmado! Se eu vencer, nunca mais se aproxime de Kaori! Aliás, você deve libertar essas garotas!”

(Hajime): “… ouch, ouch, ouch. Isto é ruim. Este é um ⌈Herói⌋ mais penoso do que eu imaginava. Parece que ele não pode ver que ele está sendo um pé no saco”

(Kouki): “O que você está resmungando! Você está com medo!?”

Cravando a [Espada Sagrada] no chão e declarando um duelo desarmado depois de desembainhar a espada era certamente porque ele sentia que perderia se Hajime usasse armas. Apesar de ser impossível dizer se ele fez intencionalmente ou não... Yue, Shia, Myuu, Tio, Kouki e os outros estavam de fato espantados com o discurso e comportamento de Kaori.

Entretanto, Kouki acreditava firmemente que ele estava certo e ficou animado por salvar sua amiga de infância e as garotas infelizes com Hajime, o que o deixou incapaz de notar a atmosfera a seu redor. Em primeiro lugar, a forte convicção que o incitou a fazer algo tão imprudente era a "inveja" que ele sentiu pela primeira vez, e ele estava completamente fora de controle.

Sem ouvir a aprovação de Hajime, Kouki disparou. Suspirando, Hajime deu dois, três passos para trás. Vendo isso, Kouki pensou que Hajime estivesse apavorado por lutar sem uma arma e colocou mais poder em sua corrida. Apenas alguns passos antes de seu punho alcançar Hajime, Hajime abaixou suas mãos, sem reagir a nada em especial. Kouki pensou que o rapaz não poderia reagir a ele e estava convencido de sua vitória.

Nesse momento...

] THUUUMP! [

(Kouki): "Kh!?"

Kouki desapareceu.

Mais precisamente, no momento que ele colocou poder máximo em sua última passada para aumentar o poder de seu soco, ele caiu. Ele caiu em um buraco coberto. No início, a razão para Hajime recuar três passos era criar uma formação mágica de ‖Transmutação‖ usando seus sapatos para criar um buraco com uma profundidade de quatro metros sob a superfície.

A armadilha voltou para o pavimento de pedra logo após engolir Kouki. Em seguida, explosões podiam ser ouvidas sob a superfície. No momento que Hajime transmutou a armadilha, ele usou essa oportunidade para transferir [Granadas de Luz], [Granadas de Choque], [Granadas Paralisantes] e [Granadas Lacrimogêneas] da [Caixa do Tesouro] dentro do buraco.

Enquanto ele estava no subsolo, os impactos das explosões atacaram Kouki, que tentava escapar, então sua visão ficou escura com o clarão, seus olhos e nariz foram tomados pelo gás lacrimogêneo e, por fim, seu corpo estava em agonia e enrijecido por causa da paralisia.

Hajime silenciosamente usou ‖Transmutação‖ de novo e endureceu o solo ao redor de Kouki tão duro quanto fez com o 〈Lobo de Duas Caudas〉[2]. E então, como ele provavelmente morreria pela privação de ar fresco, Hajime criou um pequeno buraco para ventilação.

Durante esse tempo, para os espectadores, parecia que Hajime não fez nada, apenas ficou parado para receber o ressentimento de Kouki, e então Kouki disparou contra ele, apenas para acabar desaparecendo dentro do buraco sozinho; isso o fez parecer terrivelmente... estúpido.

(Hajime): “Ahhhh, Yaegashi. Ele ainda está vivo, então o cave mais tarde”

(Shizuku): “… eu tenho muitas coisas que quero perguntar... mas, entendido”

"Deixe o problemático Kouki com Yaegashi Shizuku!", era uma tática reconhecida desde a época em que eles estavam no Japão. Hajime empurrando o assunto complicado para ela fez Shizuku suspirar enquanto cobria um de seus olhos. "Finalmente, o incômodo se foi".

… foi o que ele pensou, mas desta vez, a gangue de Hiyama fez uma comoção. Quanto ao motivo, a lacuna deixada por Kaori seria simplesmente grande demais. Também havia o incidente anterior com a mulher da raça dos ⌊Demônios⌋, e eles provavelmente morreriam no futuro se Kaori os deixasse. Foi por isso que eles repetidas vezes tentaram persuadir Kaori a permanecer com eles. Especialmente Hiyama, ele desaprovou intensamente. A aparência dele... estava em pânico, como se o que ele desejasse por tanto tempo e estivesse a ponto de entrar em sua posse começasse a desaparecer.

A gangue de quatro de Hiyama percebeu que seria difícil persuadir Kaori ou mudar sua decisão, e desta vez, eles começaram a persuadir Hajime para ficar com eles. "Nós nos desculpamos pelo passado, então vamos nos dar bem a partir de agora", esse tipo de coisa foi dito descaradamente.

Na realidade, eles não estavam sendo sinceros, mas eles mostravam sorrisos amigáveis enquanto espiavam o humor de Hajime, mas não apenas Hajime, mas Shizuku e os outros também estavam enojados com eles. No meio dessa situação, Hajime, pela primeira vez olhou nos olhos de Hiyama de perto desde o reencontro deles. Dentro desses olhos, talvez devido ao efeito de Kaori partindo, Hajime podia ver loucura.

Shizuku e os outros repreenderam a gangue de Hiyama e, mais uma vez, isso se tornou uma confusão, mas como havia tal oportunidade, Hajime decidiu falar com Hiyama para confirmar a verdade sobre aquele dia e resolver a situação atual.

(Hajime): “Naa, Hiyama. Sua habilidade de ‖Magia do Fogo‖ aumentou?”

(Hiyama): “… eh?”

A súbita pergunta deixou Hiyama perplexo. Contudo, sua aparência gradualmente ficou pálida assim que notou o significado por trás disso.

(Hiyama): “O qu-que você está dizendo. Eu sou parte da vanguarda... e meu elemento de maior aptidão é o Vento”

(Hajime): “Hee, eu estava certo que você tinha uma magia do elemento do Fogo”

(Hiyama): “Vo-você não está se confundindo? Mas o que é que você está tentando dizer tão de repente…”

(Hajime): “Então, você deve ter gostado de ‖Magia do Fogo‖. Especialmente algo como uma ‖Bola de Fogo‖. Me pergunto se você usaria ela sem querer?”

(Hiyama): “...”

Agora, a cor do rosto de Hiyama mudou de azul para branca. Vendo essa reação, Hajime se convenceu. Em seguida, Hajime imaginou o motivo dele para sua atitude desesperada com a separação de Kaori. Bem, quanto ao porquê Hajime não ter atacado Hiyama até agora era porque ele estava olhando furtivamente para Kaori.

O próprio Hajime, neste momento, não tinha o menor traço de sentimento queimando com vingança. Embora ele fosse implacável se alguém fosse hostil com ele, ele planejava deixar Hiyama como estava. Se ele retalhasse aqui, seria problemático por não haver sentido em ser incomodado pela disputa contra o grupo de Kouki apenas por causa de Hiyama. Para Hajime, as existências de Hiyama e sua gangue eram verdadeiramente como as de pedrinhas ao lado da estrada.

Hajime se afastou do silencioso Hiyama e impiedosamente informou a gangue dele, com Kondo e os outros incluídos.

(Hajime): “Não há necessidade para vocês se desculparem já que eu não ligo para o passado. Para mim, vocês são desprezíveis. Assim, eu não quero saber o que vocês vão dizer. Se vocês entenderam, desapareçam agora! Vocês são irritantes demais!”

Apesar de Kondo e os outros estarem irritados pelas palavras de Hajime, “Hiyamaaa. Você deve entender, não é?”, Hajime disse isso com um grande sorriso, e então o corpo de Hiyama tremeu e ele silenciosamente concordou, seguido de ele dizendo a Kondo e aos outros para pararem. Hiyama mais uma vez veio a entender que Hajime tinha notado algo sobre ele, incluindo o que Hajime não expressou, e ele obedeceu Hajime.

Kondo e os outros estavam com dúvidas devido a súbita mudança na atitude de Hiyama, mas essa atitude anormal, como se ele estivesse suprimindo suas emoções, fez eles relutantemente desistirem de persuadirem Hajime.

Finalmente, finalmente os transtornos que atrapalharam a partida do grupo de Hajime se foram. Kaori voltou para a estalagem para pegar sua bagagem (Hajime usou sua ‖Pressão‖ para impedir que a gangue de Hiyama a seguisse). Olhando de lado para Ryutaro e os outros tentando cavar Kouki, Hajime estava conversando com Shizuku.

(Shizuku): “O que eu posso dizer... eu sinto muito por tudo. Aliás, deixe-me te agradecer de novo. Obrigado, por nos salvar, por sobreviver, e por vir aqui se encontrar com Kaori…”

Shizuku, que se desculpou sobre o problema e o agradeceu por resgatá-los e voltar para Kaori, fez Hajime rir involuntariamente. Shizuku mostrou uma expressão de dúvida devido ao súbito de ataque de risos de Hajime. O olhar dela estava perguntando, “O que foi?”.

(Hajime): “Não, me desculpe. O que eu posso dizer, eu pensei que você era a sábia de sempre, então eu involuntariamente ri. Mesmo quando estávamos no Japão, você era aquela que calmamente cuidava das desculpas e agradecimentos. Ainda é o mesmo, mesmo neste mundo diferente... mas faça isso com moderação ou suas rugas vão aumentar, sabia?”

(Shizuku): “… você foi de grande ajuda. Aliás, você mudou muito. Para ter tantas garotas de esperando, além de uma filha... eu não poderia imaginar isto de você enquanto ainda estávamos no Japão…”

(Hajime): “No entanto, eu só amo uma pessoa…”

(Shizuku): “… eu não tenho a obrigação de dizer nada e eu também entendo que não tenho direito de me intrometer... mas pelo menos eu quero que você tome conta de Kaori. Eu te imploro”

(Hajime): “...”

Hajime não respondeu. Mais do que isso, ele não queria responder aos sentimentos de Kaori, honestamente, ele nunca pensou em deixar ela acompanhá-lo. Mas no fim, ele deixou Yue cuidar disso... mas ele se perguntava o motivo para a mulher que ele amava aceitar uma mulher após a outra... "Por que chegamos a isso?", Hajime estava olhando ao longe enquanto pensava que estava mimando demais Yue.

Para Hajime, cuja atitude dizia que ele não escutou nada, o espírito de Shizuku como uma melhor amiga soltou um rugido.

(Shizuku): “… se você não tomar conta dela... isso se tornará um assunto sério”

(Hajime): “??? Assunto sério? O que você quer…”

(Shizuku): “Você ouviu falar do ⟦Justiceiro de Cabelo Branco e Tapa-Olho⟧?”

(Hajime): “… quê?”

(Shizuku): “Ou talvez, algo escrito como ⟦Sessão de Destruição⟧ e lido como ⟦Irrompimento⟧[3], que tal isso?”

(Hajime): “Espere um segundo, mas o que você está…”

(Shizuku): “Também há outros como ⟦Tirano Âmbar Negro⟧ ou ⟦Mestre da Transmutação do Trovão Vermelho⟧, sabia?”

(Hajime): “Vo-vo-você, não me diga…”

Shizuku repentinamente começou a enumerar nomes desconhecidos, o que fez Hajime parecer em dúvida no início. Porém, notando Shizuku alegremente o olhando da cabeça aos pés, ele ficou pálido quando entendeu o que ela estava insinuando.

(Shizuku): “Fufufu, neste momento, eu sou uma ⟦Apóstola de Deus⟧ e uma integrante do grupo do ⌈Herói⌋. O que eu disser vai certamente se espalhar. É igual a rede de donas de casa vizinhas. Muito bem, Nagumo-kun, que tipo de apelido você quer... eu vou fazer uma que descreva de forma justa sua aparência e te torne grandiosamente conhecido, okay?”

(Hajime): “Espere, só, espere! Por que, como você sabe de algo tão nocivo!?”

(Shizuku): “É porque eu estudei sobre isso com Kaori. Aquela garota queria conversar com Nagumo-kun, então ela estudou a cultura otaku como mangás e animes, então isso se tornou um tópico de nossas conversas. Eu ajudei ela em todas as vezes... é por isso que eu reuni bastante conhecimento disso. Com certeza, pessoas como o atual Nagumo-kun são chamadas de chuuni...”

(Hajime): “Pare! Por favor, pare com isso”

(Shizuku): “O-ora essa, é mais efetivo do que eu tinha imaginado... parece que você está consciente de você mesmo”

(Hajime): “Es-este diabo…”

Hajime já estava ajoelhado. A história negra que realmente aconteceu em seus anos no ensino fundamental II[4] foi revivida. A memória que foi selada profundamente dentro dele, "Entendeu?", disse como se estivesse espiando seu rosto.

(Shizuku): “Fufu, portanto, tome conta de Kaori, okay?”

(Hajime): “...”

(Shizuku): “Fuu, ⟦Réquiem[5] da Ruína⟧ {⟦Espingarda do Caos⟧}, ⟦Desastre Revivido⟧ {⟦Calamidade Reversa⟧}[6]…”

(Hajime): “Okay! Eu vou fazer isso, então por favor, não me faça apelidos tão dolorosos”

(Shizuku): “Tome conta de Kaori, okay?”

(Hajime): “… no mínimo, eu prometo que não irei tratá-la de modo grosseiro”

(Shizuku): “Eeh, isso é o bastante para mim. Afinal, parece que você vai ficar bravo comigo se eu for mais longe do que isso... se você quebrar a promessa, esteja preparado para uma novel com você como o protagonista publicada neste mundo e no Japão também, entendido?”

(Hajime): “Você, na realidade você é o chefão final daqui? Você é, não é?”

Hajime segurou sua cabeça como se estivesse prestes a enlouquecer pelo constrangimento. Yue, as garotas e os outros colegas de classe que estavam olhando para Hajime de uma pequena distância estavam estremecendo pela forma como Shizuku usou apenas palavras para fazer o esmagadoramente poderoso Hajime ficar de joelhos.

Enquanto Hajime estava lutando contra sua história negra devido a algumas coisas relacionadas a sua aparência, Kaori voltou, correndo. Em seguida, ela ficou de olhos arregalados quando ela viu Hajime segurando sua cabeça diante de Shizuku.

Preocupada com Shizuku, Kaori pediu os detalhes de Yue e elas trocaram informação. Terminando sua conversa, Yue, "Muuuuu", queixou-se de Shizuku, que derrotou Hajime apenas com palavras. Kaori também se lembrou de que os dois conversavam com frequência tranquilamente... e ela olhou alternadamente entre Hajime e Shizuku. Depois disso, as duas chegaram a uma conclusão. "Não me diga, ela é o chefão final desta luta como mulher?", algo nesse sentido.

Yue estava com uma expressão indescritível e Kaori estava preocupada. Então, era finalmente a hora do grupo de Hajime partir. Shizuku, Suzu, as outras alunas e o grupo de Nagayama, juntos de Meld, que terminou seu relatório, estavam reunidos na entrada de |Holward| para se despedirem deles. Em seguida, quando Hajime pegou o [Veículo Mágico de Quatro Rodas], todos eles ficaram mais uma vez surpresos.

Enquanto Shizuku e Kaori mutuamente se esforçavam para separarem suas mãos em arrependimento, Hajime pegou uma espada com uma bainha negra da [Caixa do Tesouro] e entregou a Shizuku.

(Shizuku): “Isto é?”

(Hajime): “Yaegashi, você está perdendo aquela que pode te mimar, não é? Então, apenas pegue isto. Mesmo que você seja uma sábia, você não pode ser 'curada (mentalmente)' da separação de Shirasaki. Maa, também há muitas coisas que eu estou em dívida com você do Japão”

Shizuku aceitou a espada de Hajime e lentamente a puxou de sua bainha, e uma espada da cor do azeviche[7], que parecia até absorver a luz, apareceu. Não havia emblema na lâmina, ela tinha uma leve curva e se tornava uma lâmina de dois gumes perto da ponta. Ela era parecida com a espada chamada Kogarasumaru[8]. Embora Hajime soubesse muito pouco sobre espadas japonesas, ela foi criada de forma similar usando a ‖Transmutação‖ como ele fez com as Kodachi[9] que ele entregou para os Haulia.

(Hajime): “Eu posso garantir a força dela porque ela foi feita com a compressão do minério mais duro deste mundo e seu fio está no nível onde até um amador pode cortar aço com apenas um balanço. Sobre a manutenção... não é preciso dizer para Yaegashi, mas por favor, tome conta dela”

(Shizuku): “… uma coisa tão incrível... como esperado de um ⌈Mestre da Transmutação⌋. Obrigado. Eu não irei me segurar e vou aceitar ela”

Depois de um movimento, dois movimentos, o equilíbrio enquanto ela cortava o vento fez Shizuku responder com admiração, e ela o agradeceu honestamente enquanto sorria. Na verdade, como a esgrima de Shizuku era o estilo Yaegashi, naturalmente, ela precisava de uma espada japonesa, e ela se sentia desorientada sempre que usava suas técnicas com sua espada anterior. Foi por isso que ela estava realmente feliz por obter uma Katana, o que a fez mostrar um sorriso adorável e natural.

(Yue): “… Chefão Final?”

(Kaori): “… Shizuku-chan”

(Shizuku): “Eh? Quê? Vocês duas, por que vocês estão me olhando com esses olhos?”

O olhar de Yue, cheio de cautela, e o olhar de Kaori, cheio de preocupação, deixaram Shizuku abalada já que ela não sabia o significado por trás deles. Deixando essa indescritível atmosfera para trás, Shizuku e os outros viram o grupo de Hajime partir de |Holward|.

O clima estava bom. O destino deles era um dos |Sete Grandes Calabouços|, o |Grande Vulcão Guruyuen| no |Grande Deserto Guruyuen|. Com o aumento na animação ao adquirir uma nova companheira, Hajime continuou sua jornada.

Estudantes citados neste capítulo


Nome

Classe

Descrição

Amanogawa Kouki

Herói

O ídolo da escola em que Hajime estuda, tem notas excelentes e era um super-humano bom em todos os tipos de esportes.

Endo Kousuke

Assassino

Aluno que faz parte do grupo de Nagayama Jugo. Seus colegas brincam dizendo que ele tem a menor sombra do mundo.

Hiyama Daisuke

???

Líder da gangue que atormentava Hajime na escola. Tem uma paixão doentia por Kaori. Responsável pela queda de Hajime no Abismo.

Kondo Reiichi

???

Amigo de Hiyama e membro da gangue que atormentava Hajime.

Nagayama Jugo

Artista Marcial Superior

Lutador de judô e segundo maior aluno na classe de Hajime. Melhor amigo de Endo.

Nakamura Eri

Necromante

Garota que usa óculos e é amiga próxima de Suzu.

Nomura Kentaro

Mago da Terra

Aluno que faz parte do grupo de Nagayama Jugo. Melhor amigo de Endo.

Sakagami Ryutaro

Lutador de Punhos

Melhor amigo de Kouki e o maior aluno da classe de Hajime.

Shirasaki Kaori

Curandeira

Considerada a garota mais bonita da escola e apaixonada por Hajime.

Taniguchi Suzu

Mestra de Barreiras

Garota baixinha e animada que é considerada a mascote da classe.

Tsuji Ayako

Curandeira

Aluna que faz parte do grupo de Nagayama Jugo.

Yaegashi Shizuku

Espadachim

Melhor amiga de Kaori e amiga de infância de Kouki.

Yoshino Mao

???

Aluna que faz parte do grupo de Nagayama Jugo.



Notas

[1] Hannya é uma máscara dotada de dentes ameaçadores, boca grande e chifres. Existe um conceito de um inferno no budismo japonês em que Hannyas são a representação dos confusos sentimentos humanos como a paixão, ciúme, e ódio, todos capazes de transformar homens e mulheres nesse terrível monstro. O que justifica o porquê de atores do tradicional teatro japonês se utilizarem de tal máscara em suas performances nas representações das histórias (desde o século 19) para transmitir uma identidade, uma personalidade nebulosa aos seus personagens. A Hannya é a máscara Nō mais divulgada no Ocidente.

[2] Hajime derrotou os Lobos de Duas Caudas com essa estratégia no Capítulo 9.

[3] Os alfabetos que utilizam ideogramas possuem uma peculiaridade chamada notação Ruby. Essa notação é uma pequena explicação que é normalmente colocada acima ou a direita de caracteres quando se escreve usando logogramas, sejam eles chineses, japoneses ou coreanos, para mostrar a pronúncia desse termo.

[4] O ensino fundamental II equivale as séries do 6º ao 9º ano.

[5] Um Réquiem, também conhecida como "Missa para os mortos" ou "Missa dos mortos", é uma Missa da Igreja Católica oferecida para o repouso da alma de uma ou mais pessoas falecidas, usando uma forma particular do Missal Romano. É frequentemente, mas não necessariamente, celebrada no contexto de um funeral.

[6] Esses termos entre chaves (“{ }”) representam a pronúncia correta do termo anterior usando a notação Ruby.

[7] Azeviche é uma gema fóssil formada pela ação da pressão oceânica sobre uma rocha sedimentar constituída de restos fósseis de plantas. Trata-se de uma variedade fibrosa e dura de lignito, de coloração negra luminosa, que se pode cortar e polir para confeccionar joias. É também conhecido como âmbar negro.

[8] A Kogarasumaru (小烏丸), ou "Pequeno Corvo", é uma espada japonesa tachi (espada mais curvada e ligeiramente mais longa do que a katana) única que se acredita ter sido feita pelo lendário ferreiro japonês Amakuni Yasutsuna durante o século VIII.

[9] Kodachi é uma espada intermediária entre a Wakizashi e a Katana. É usada principalmente para a defesa pois seu tamanho reduzido (59 centímetors) duplica sua velocidade em relação a espadas maiores, embora não proporcione um bom ataque. A Kodachi tem a dobra da lâmina levemente maior que a Wakizashi e um pouco mais leve e tem seu tamanho mais aproximado com a Wakizashi do que com a Katana.

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