Capítulo 105: Traição

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Volume 4

Voltando um pouco no tempo. Precisamente quando Liliana e as outras chegaram no Palácio Real.



Pakyaaaaaaaaaan!



- Tsu!? Mas o que foi... !?



Para o som desagradável de vidro quebrando, Shizuku Yaegashi[1], que estava dormindo em seu quarto, rapidamente entrou em seu modo de alerta e saiu de sua cama enquanto segurava sua katana negra que ficava ao lado de seu travesseiro. Esses eram movimentos de uma pessoa que continuava atenta com seus arredores mesmo enquanto descansava.



- ...



Por um tempo, Shizuku prendeu sua respiração com uma expressão séria e estava pronta para sacar sua katana a qualquer momento, contudo, não havia anormalidades dentro de seu quarto, assim, ela suspirou aliviada.



O motivo para Shizuku estar com este nível de vigilância era porque nos últimos dias não houve nenhum sinal de Liliana ou Aiko.



Mesmo há algum tempo antes disso, ela notou um senso de incongruência dentro do Palácio Real. Nesse dia, no dia em que Aiko voltou, ela desapareceu após anunciar que tinha algo importante para contar aos estudantes na hora do jantar, devido a isto, Shizuku suspeitava que algo de ruim aconteceu com a professora para silenciá-la.



Naturalmente, a aluna procurou pelo paradeiro das duas pessoas desaparecidas; apesar de eles falarem que Aiko e a Princesa só estavam sendo questionadas pelo líder da Igreja, Ishtar, no templo central, Shizuku não teve permissão para se encontrar com as duas. Além disso, eles até a evitaram ao declarar a Espadachim que as duas seriam liberadas em alguns dias, ademais, o pai de Liliana, o Rei Eric, também disse não se preocupar com isso; a aluna não poderia fazer nada além de relutantemente recuar por enquanto.



Contudo, mesmo assim, sua ansiedade não desapareceu, e como aconteceu há pouco, quando ia para cama, Shizuku ficava tão vigilante e atenta quanto uma espiã.



Quando ela silenciosamente deixou a cama, a aluna preparou seu equipamento em poucos segundos e deixou o quarto com cuidado. Desde que Kaori decidiu viajar com Hajime, Shizuku era a única pessoa no quarto. Quando ela confirmou que não havia nada errado no corredor, ela imediatamente bateu na porta de Kouki e Ryutaro, que ficava do lado oposto ao quarto dela.



A porta se abriu na mesma hora e a figura de Kouki foi vista. Ryutaro estava no fundo do quarto e parecia estar totalmente acordado. Parecia que eles também acordaram como Shizuku devido ao som de um momento atrás.



- Kouki, por favor, seja mais cauteloso. Abrir a porta tão subitamente... não seria um perigo se eu fosse uma inimiga?



As sobrancelhas de Shizuku se apertaram um pouco quando Kouki abriu a porta sem nenhum cuidado e ela o avisou. Por outro lado, Kouki tinha uma expressão de admiração. Mesmo que ele tenha ouvido o som de vidro quebrando, ele não pensava que haveria qualquer perigo nos corredores do Palácio Real. O aluno não parecia estar totalmente acordado.



Nesses últimos dias, Shizuku sentiu que algo estava estranho dentro do Palácio Real e com a situação de Aiko, - Algo está errado, mantenha-se atento -, foi o que ela repetiu várias vezes, mas Kouki e Ryutaro pensaram que ela estava se preocupando demais com isso e não a levaram a sério.



- Mais importante que isso Shizuku. O que foi que aconteceu há pouco? Era o mesmo som de algo quebrando...



- ... eu não sei. De qualquer forma, vamos acordar todos e reunir informação. Seja o que for que esteja acontecendo, eu tenho uma sensação ruim...

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