🍼Capitulo 9❄

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Lanan

  Hoje era aniversário da minha sogra Luana. Eu cheguei cedo com o Zander e nós ajudamos a arrumar. Hoje o Braden iria trazer a Darya, então eu fiquei bem animado, queria conhecer a menina que fez ele se apaixonar tão rapidamente.

— Está tudo bem? — Zander me perguntou.

Eu estava cansado por causa da aula de dança hoje, além de estar com um pouco de dor de cabeça. Mas eu não poderia perder a festa, minhas sogras eram uns amores comigo.

— Sim...Apenas uma fraca dor de cabeça.

— Vai descansar, querido. — Luana apareceu ao meu lado. — Parece estar cansado. Se não quiser dormir então apenas saia um pouco do barulho.

Ela disse referente a música alta. Eu assenti. Zander me perguntou se eu queria um remédio e eu aceitei. Fui para o quarto mais afastado do barulho e me sentei na cama. Me deitei e coloquei o braço em cima dos meus olhos, não estava com sono. Apenas cansado.

— Olá? — Escutei um som diferente e quando olhei tinha uma menina estava na minha porta.

Ela estava de óculos escuros e com a bengala em uma das mãos para se guiar. Deve ser a Darya, ela era muito bonita. Ela tinha o cabelo castanho claro e parecia ter a minha altura.

— Oi! — Me levantei e fui até ela.

— Oi, Braden disse que você estava aqui e o Zander me autorizou a vir. Não gosto de música alta. — Ela deu um sorriso encantador. — Me chamo Darya.

— Eu me chamo, Lanan! Quer entrar ? — Perguntei e ela assentiu.

  A guiei até a cama e nos sentamos lá. Ela dobrou a bengala e eu sorri.

— Braden falou muito de você, eu estava ansiosa para te conhecer. — Ela disse simpática.

— Eu também! Eu estava com dor de cabeça e resolvi vir aqui para descansar. — Ela riu. — Você é muito bonita, parece uma boneca.

— Eu também, não gosto de coisas muito altas. Minha audição é aguçada. E você também é bonito.— Ela afirmou.

— Como você...

— Como eu sei, sendo que não posso ver ? — Ela riu. — As pessoas vão muito além da aparência, sabe. Eu não preciso ver para dizer que você é lindo, eu sinto isso, Lanan. Eu transformei meus outros sentidos em meus olhos, posso dizer que são até mais confiáveis. As vezes nossos olhos podem nos trair.

  Eu fiquei corado pelo elogio. Também fiquei pensativo sobre o que ela disse, estava certa. As vezes as aparências nos enganam.

— Bigado. — Falei tímido. — Como você perdeu a visão?

— Há dois anos eu sofri um acidente de carro junto aos meus pais. Eu fui a única que sobreviveu, mas mesmo assim o acidente teve consequências. — Ela me explicou.

— Sinto muito! — A abracei e ela retribuiu. — Deve ter sido difícil.

— Está tudo bem, neném. Já faz tempo, mas obrigada. — Ela tocou meu ombro e subiu até fazer carinho no meu cabelo. — No início eu demorei a aceitar, até perceber como eu tinha sorte. Eu estou viva e isso é uma benção, eu recebi uma segunda chance, então eu tento fazer de tudo para merecer.

— Você merece, eu sinto que você é uma boa pessoa também. — Eu falei docemente, ela inclinou a cabeça para o lado e sorriu.

— Obrigada, Lanan.

— Darya, qual a cor dos seus olhos ? — Perguntei curioso. Ela retirou os oculos e me deparei com seus olhos castanhos escuros. — São lindos!

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