Zander— Meu cunhado é o melhor. — Braden disse em meio a uma gargalhada.
Contei ao meu irmão sobre a ida do Lanan ao sexshop, já que o mesmo me encurralou perguntando sobre a surpresa. Agora estávamos na empresa e Lanan estava na casa das minhas mães.
— Aham, mas ele ainda vai ganhar uma punição. Uma bem prazerosa...— Comentei com um sorriso ladino.
— Tenho até pena do coitado. Não pegue pesado com ele, o menino deve estar dolorido.
— Eu sei, ele nem foi na aula de dança. — Braden riu. — Mas eu tenho outros planos...
— Você...— Ele compreendeu minhas intenções e piscou surpreso. — As vezes eu esqueço desse detalhe, mas acho que o Lanan vai gostar.
— Vamos descobrir mais tarde. — me levantei da cadeira. — Você disse que a Darya está no abrigo, certo ? Preciso falar algo com ela.
— Vá em frente, ela sempre costuma estar lá a essa hora. Fala que eu estou com saudades. — Ele pediu sorrindo.
— Que coisa melosa. — Falei, fingindo fazer cara de nojo.
— Nem vem, você é todo meloso com o Lanan. — Eu revirei os olhos e sai da sala.
Peguei o carro e fui em direção ao abrigo que Darya ajudava, ou pelo menos, um deles. Cheguei lá e desci o carro, vi várias pessoas, dentre idosos, crianças e moradores de rua. Pessoas necessitadas.
Darya estava sentada em uma mesa, ela tinha algumas peças de madeira a sua frente e uma menininha no seu colo.
— Essa é a letra b, consegue sentir? — Ela perguntou a garotinha.
— Sim. Essa é a letra j, certo ? — A criança perguntou enquanto movia os pequenos dedos pelo relevo de uma das peças.
— Isso! Você é tão esperta, querida. — Daria beijou a bochecha da menina . Ela fez cócegas nela e a sua risada infantil ecoou pelo lugar. — Logo você ira saber todas elas. E os números também.
— Eu sinto falta de antes, de como as coisas eram. Eu tenho medo, não gosto de não poder ver direito. — A menininha sussurrou.
— Eu entendo que possa ser assustador, também tive medo no início. Mas você é forte e vai passar por isso. Eu vou estar aqui para ajudar e seus pais também. — Darya garantiu.
Ela se despediu da menininha e a mesma saiu da mesa acompanhada de uma moça. Finalmente me aproximei e sentei na mesa ao eu lado. Antes que eu pudesse me pronunciar, ela o fez.
— Olá Zander. — Ela deu um sorriso angelical e se virou para mim. Ela estava de óculos. — O que faz aqui?
— Preciso conversar com você sobre algo, mas antes eu queria perguntar...O que aconteceu com a menininha ? Você estava ensinado ela a ler braille. — Perguntei curioso.
— Ela tem cinco aninhos e infelizmente está com uma doença que afeta sua visão, ela vai se deteriorar aos poucos até que ela não veja mais nada. Ela já quase não consegue ver. — Darya disse com um ar triste.
— Não tem alguma cirurgia que possam fazer ?
— Os pais são moradores de rua, eles mal conseguem se alimentar. Vivem aqui no abrigo, são pessoas muito honradas. Me parte o coração ver pessoas tão boas em tão péssimas condições. — Segurei seu ombro em apoio e ela sorriu minimamente.
— Sinto muito, de verdade. Você é uma pessoa muito boa.
— Você costumava me intimidar, mas afinal, não é tão mal assim. — Bufei e revirei os olhos. — Prometo não contar a ninguém que você tem um lado bom.
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My Snowflake
Fanfiction" - Eu gosto de menininhos, mas isso é elado. Não consigo gostar de menininhas como a maior parte. - Ele soluça e tenta se afastar mas eu não deixo. Eu finalmente entendi. - Bebê, olha pra mim. - Segurei seu rosto entre as minhas mãos. - Não tem n...