Capitulo 16

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Sanctum Nova York.

Juliana

Abri meus olhos e estava em um quarto que não conhecia. Era muito simples, uma cama sem travesseiros ou almofadas, com um armário de madeira pequeno. Olhei para o lado tentando reconhecer qualquer coisa, vi uma pequena cômoda ao meu lado, e nela, uma jarra d'água. Assim que meus olhos caíram sobre o líquido, minha garganta começou a queimar de sede. Me levantei e virei a jarra em minha boca, não me importando nem um pouco com a água que caia em minha roupa.

- eu... Posso providenciar mais pra você.... - uma voz desconhecida me chamou a atenção pra porta do quarto. Um homem me olhava surpreso, suas roupas eram como um roupão ou algo assim, ele era asiático e estava assina do peso, mas não parecia se importar com isso. - sou Wong, um dos guardiões daqui... - franzi a testa tentando entender o de era "aqui"? Eu... Eu não estava morta? - Deve estar faminta. Vou pedir comida.

Mil pensamentos rondavam em minha mente, meu corpo estava fraco como nunca, tentei me levantar mas minhas pernas tremiam e cambaleavam. Minha respiração estava ofegante e podia ouvir meu coração.

Meu coração... Como ele estava batendo? Eu havia morrido... Certo?

Me levantei apoiando nos móveis dali, saindo daquele quarto e andando pelo lugar. Onde eu estava?

- que bom que acordou. - disse uma voz atras de mim, era Stephen, aquele mago que me ajudou da outra vez. - como se sente?
Consegue falar?
- o-on-onde eu estou? Eu me lembro de morrer. Como estou viva?! - respondi com dificuldade, me apoiando na parede do corredor pouco iluminando.
- está no Sanctum, Nova York... Eu devia um favor ao Nick Fury e ele me pediu pra te trazer de volta... Você fez muita falta... Agora você precisa comer, está a seis meses morta, sou corpo precisa de nutrientes pra voltar a funcionar... Espero que goste de comida chinesa. - falou com um sorriso simpático no rosto, me ajudando a ir numa sala onde tinha uma pequena mesa de jantar cheia de comida.

Concordei com a cabeça, ainda não fazia o menor sentido pra mim. Como ele me trouxe de volta? Morrer não é... Pra sempre?

Tinha tantas perguntas, e poucas respostas. Me sentei na mesa e só de sentir o cheiro, um ronco do meu estômago invadiu o ambiente silencioso, chamando minha atenção. Wong me serviu um prato de comida, que devorei no mesmo instante. Estava faminta. Nunca havia sentindo tanta fome assim. Dois, três, quatro pratos cheios de comida depois e eu finalmente me sentia satisfeita.

- eu disse que precisaríamos de mais. - Wong disse pra Stephen.
- não, está tudo bem. Estou satisfeita. Obrigada. - respondi, eles me olhavam atentamente. - agora pode me explicar como?
- eu já disse, devia um favor ao Nick e ele me cobrou assim. - Stephen disse.
- mas como eu estou viva?! Quer dizer, a morte não é o fim?! A morte não é irreversível?
- nesse universo, sim... Mas existe milhares de outros em que a morte é como uma gripe, toma um xarope e pronto... - Stephen explicou de forma simples.  - viajei atravéz de universos e peguei uma "poção da vida", desenterrei seu corpo com a ajuda de Wong e Nick, e lhe demos a poção...
- vou te dizer, não faço a menor ideia das consequências, e esse aí não quis pesquisar mais. - Wong disse completando a explicação de Stephen.
- consequências?! Como assim? - perguntei preocupada. - eu vou precisar comer cérebros?!
- eu sei das consequências, o Lady-Gaga!         - disse discutindo com Wong, Stephen virou pra mim e disse. - você não tem mais a Névoa Negra, ela se foi... E não, você não come cérebros... Agora você é só... Você. Uma humana. Normal...
- normal?! Tem certeza?! Eu sou eu?! TEM CERTEZA? - perguntei chegando perto de Stephen.
- tenho total certeza! - respondeu. -Agora descanse... Você está morta a seis meses, precisa descansar...
- não! Eu preciso ir pra minha casa! Eu preciso ver o James! - disse indo em direção a porta, mas a mão de Stephen barrou minha saída. - o que?! Você disse que eu estava bem!...- Stephen fez uma cara de culpa e preocupação e eu pude entender perfeitamente. -  AI MEU DEUS! VOCE NÃO SABE! - concluí. - Stephen você não faz a menor ideia das consequências não é?!
- não...- admitiu.- Mas sei que precisa descansar... E enquanto descansa, eu pesquiso sobre isso, e terei respostas logo pela manhã... Agora por favor... - respondeu me levando ate a cama.

Soldado Invernal E Névoa ( CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora