Capítulo três

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Sakura

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Sakura

Faltava alguns minutos para chegarmos no aeroporto dos Estados Unidos e meu coração acelera a a cada aproximação, se é que isso era possível. Apesar dos primeiros minutos - desde que me acomodei terem sido um pouco irritadiços graças ao senhor ao meu lado - posso dizer que o resto da viagem foi tranquilo.

Ouvi o piloto anunciar que logo iríamos pousar e que era para pormos os cintos de segurança, assim fizemos. Olhei pela janela e já podia ver a pista de decolagem.

Ao desembarcar segui até um dos táxis que estava estacionado em frente à entrada do aeroporto e entrei no mesmo. Pedi para que me levasse ao apartamento no qual iria ficar e assim o fez.

Não sei quanto tempo levou exatamente para chegarmos já que eu cochilei no trajeto, mas assim que paramos o taxista velhinho e muito simpático me acordou.

- Muito obrigada senhor. – agradeci e ele sorriu seguindo seu caminho logo depois. Entrei no prédio e caminhei para a recepção. – Bom dia, me chamo Sakura Haruno, aluguei um apartamento aqui um dia atrás.

- Bom dia senhorita, só um minuto que irei confirmar – diz a recepcionista. – Está tudo certo, seu quarto é o 212, fica no terceiro andar.

- Obrigada. – peguei a chave que ela me entregou e caminhei até o elevador, mas antes que as portas se fechassem alguém põe a mão na porta impedindo o processo e a abre novamente.

- Essa foi por pouco. – o cara entra no elevador e sorri, não sei se foi para mim ou pelo ocorrido. Ele era mais alto, cabelo preto e olhos tão pretos quanto, me lembrou até mesmo do arrogante do avião.

O silêncio se tornou presente, mas senti o olhar dele pesar sobre mim e fiquei incomodada.

- Algum problema? – lhe encarei pegando-o de surpresa.

- Ah não, desculpe é que... seu cabelo me chamou a atenção, é diferente – ergui uma sobrancelha. – Quero dizer que é bonito. – sorriu e eu revirei os olhos voltando a encarar a porta de metal.

O sinal do elevador avisou que havia chegado em meu andar foi a melhor coisa que já ouvi depois das minhas músicas clássicas e olha que eu não gosto desse apito irritante. Sai apressada a procura do meu apartamento – o que não foi fácil de achar – até finalmente encontrar o número correspondente que indicava na minha chave. Abri a porta e assim que entrei a fechei e tranquei.

Respirei fundo sentindo aquele cheiro de casa nova e sorri. Deixei minhas malas ao lado do sofá de três lugares de cor bege e analisei o lugar, as paredes pintadas em um tom claro, o piso era marrom com designer de madeira, caminhei até a cozinha e tinha os mesmos tons claros, o móvel tinha uma mistura de branco puxado para o creme e marrom. Voltei para a sala e olhei em volta, havia uma mesinha de centro de vidro em frente ao sofá e em frente ao mesmo estava uma televisão.

- Bom Sakura, hora de conhecer seu novo quarto. – caminhei até a pequena escada e segui até o quarto, havia outra porta em frente mas depois olharia. O quarto também era em tons claros com o mesmo piso, o guarda roupa era branco e a cômoda branca e marrom como os móveis da cozinha.

Caminhei até a janela e a abri, sorri observando a cidade movimentada. Enfim retornei para sala depois de olhar a outra porta, que como eu pensei era o banheiro.

Meu celular começou a tocar no momento que decidi pegar as malas e levá-las para o quarto, se tratava de mamãe.

Oi mamãe.

- Ah, enfim atendeu – sorri imaginando que ela deveria ter me ligado várias vezes. – Como está? Chegou bem? Não perguntei em que cidade está.

Calma mamãe, eu estou bem, cheguei a um tempo atrás e estou em Seattle.

- Ok, desculpe querida, só não estou acostumada a te ter tão longe. Como é seu apartamento?

- Muito bonito e em conta.

- Tem certeza que não quer nossa ajuda com despesas?

Tenho mamãe, com o dinheiro que peguei da loja que vendi, posso me virar até achar um novo lugar.

- Arg! Se eu ver aquele safado do Sasori eu juro que não vou me controlar. Pelo menos ele não ficou sabendo da conta reserva de seu pai se não estaríamos perdidos.

É... – droga coração, pare de acelerar só de ouvir o nome desse traste.

Vocês podem pensar que falei tudo aquilo da boca para fora mas apenas tenha empatia comigo. Não é fácil você se desfazer de um sentimento tão forte quanto o amor, isso você faz com a paixão, você pode jogá-la fora sem se importar, logo vai passar a tristeza, mas o amor? Amor é como uma semente que alguém planta em você e cultiva com os gestos mais lindos e simples, então ele enraíza e pra arranca-lo desde a raiz é mais difícil do que imagina.

Desculpe meu amor, não devia falar nele.

- Está tudo bem mãe. Eu preciso desligar para arrumar minhas roupas e tomar um banho, mande um beijo para papai e para as meninas quando as verem.

- Certo meu amor, te ligo depois.

Ela encerrou a chamada e eu respirei fundo. Pus o celular na mesinha de centro e peguei minhas malas indo para o quarto. Ao chegar decidi tomar um banho primeiro, estava com aquele roupa desde que entrei no avião, foram 12 horas de vôo e me sentia uma porquinha. Apenas peguei uma peça de roupa que iria vestir assim que saísse do banho e pus em cima da cama. Sai do quarto e entrei no banheiro em frente, me despi e pus a banheira para encher, não era necessário mas eu queria muito relaxar nessa banheira agora e foi o que eu fiz.

Fechei meus olhos e comecei a cantar Take A Bow, no ritmo batia meu dedo indicador na borda da banheira.

Mas parei de canta-la quando senti meu coração apertar, naquele momento estava chorando, chorando por ter me lembrando outra vez. Como eu sentia raiva do que estava passando, eu só quero que essa dor desapareça. 

Me levantei da banheira e pus um roupão de banho que estava pendurado ali. Me pus em frente ao espelho e o que eu vi foi uma Sakura chorona, meus olhos estavam vermelhos e minhas bochechas também. Naquele instante uma loucura passou pela minha cabeça. Fui até o quarto e abri minha outra mala, vasculhei tudo, joguei todas as roupas na cama até encontrar minha tesoura, voltei para o banheiro e respirei ofegante. Segurei uma mecha do meu cabelo e a cortei, fiz o mesmo com outra mecha e com outra. Repeti isso em todo o cabelo, os fios róseos caiam na pia em montes, mas em nenhum momento me arrependia de estar fazendo aquilo. Se era para ser uma nova Sakura, eu seria. 

Quando terminei abaixei a cabeça, respirei fundo umas duas vezes e a ergui outra vez, agora vendo meu cabelo curto, acima dos ombros. O olhei bem e constatei que não ficou ruim, como designer tenho habilidade em cortar tecidos mas nunca tentei isso em um cabelo e posso dizer que gostei do que fiz. Amanhã procuraria um salão apenas para acertar os lugares que admito terem ficado estranhos. 

Lavei meu rosto e voltei para meu quarto. Me vesti e arrumei a bagunça que tinha feito na cama. 

- Ufa! – suspiro me jogando nela. – O que fazer agora? – ao dizer isso minha barriga começa a roncar. – Ok, ok, vamos comer. – graças a minha mãe eu não ficarei com fome já que a mesma pôs uns lanchinhos em minha bolsa, mas teria que sair para comprar comida e aproveitar para ver melhor a cidade e de quebra procurar um lugar para montar minha loja de roupas. 

Assim fiz, depois de comer algumas besteiras, peguei minha bolsinha e sai rumo as compras.

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