Eu tinha acabado de gozar dentro do Dário. Ele me olhava com um sorriso lindo e travesso no rosto. Sem pensar no que estava fazendo, eu seguro seu rosto e o puxo para perto, encostando seus lábios no meu.
No começo não foi um beijo, era apenas duas bocas encostadas uma na outra, mas quando ele abriu e deixou um pouco de sua respiração sair, eu resolvi que queria beijar-lo de verdade e o beijei.
Foda-se que ele é um garoto, foda-se que eu estou com a cabeça cheia de perguntas e nenhuma resposta, naquele momento, eu só queria aquela boca.
- Eu vou querer mais desse pau - Dário diz quando eu me afasto um pouco.
Eu dou uma risada, jogo a cabeça para trás e fico me vendo ali, deitado numa cama que não é minha, totalmente pelado com uma camisinha gozada pendurada no meu pau e o Dário ao meu lado com o cu todo esfolado.
Eu também queria mais, queria judiar ainda mais dele, porém olho meu relógio e vejo que preciso ir. Não posso chegar atrasado na minha primeira semana de trabalho.
Dou outro sorriso, ao pensar em chegar atrasado e ter que ficar na frente do senhor Lopes, meu chefe, para pedir desculpa pelo atrasado, por estar fodendo o cuzinho do filho dele. É, isso não daria certo.
- Tenho que ir para o trabalho - Eu o aviso.
Quinze minutos depois estou entrando na minha casa para tomar um banho e ir para o trabalho. Minha casa estava vazia, o que não é nenhuma novidade, meu pai deve estar em algum boteco se acabando na bebida.
Vou para o trabalho, a academia esta começando a encher, falo com os alunos e bato na porta do senhor Lopes, aviso que cheguei e vejo o que devo fazer. Quatro horas depois estou indo para casa.
O Plano é ver se meu pai estava em casa, falar com ele e ir para casa do Marcelo, afinal tinha prometido o final de semana com ele.
Ao abrir a porta, já sinto o cheio forte de cachaça. Meu pai esta jogado no sofá, duas garrafas vazias no chão.
Penso em acordá-lo e mandar que fosse para seu quarto, mas para que? Ao invés disso, eu vou tomar banho e depois coloco uma roupa nova para sair com Marcelo.
Resolvo pegar o dinheiro que eu tinha ganhado por limpar o quintal do senhor Lopes, o plano era comprar o presente da Dona Cida com esse dinheiro, mas dava para pegar um trocado para sair também.
Eu tinha deixado o dinheiro dentro da minha gaveta, então vou pegar, mas a grana não estava lá. Mesmo sabendo que tinha deixado na terceira gaveta, olho as outras duas.
O dinheiro não tava ali. PORRA! Logo vem na minha cabeça a imagem do meu pai bêbado na sala com aquelas garrafas vazias no chão.
Sinto uma raiva invadir meu peito, minhas mãos se fecham involuntariamente. O ódio cresce dentro de mim, a vontade de ir a sala e pegar aquele bêbado de porrada é grande, ele não podia ter feito isso comigo.
Sento na cama, me controlando para não ir a sala. Uma lagrima desce pelo meu rosto, eu a seco com raiva. Eu preciso sair daqui, antes que faça uma besteira.
Saio pela porta sem olhar para trás, me controlando para chegar à casa do Marcelo. Bato na porta da casa do Marcelo, eu tinha a chave da casa, mas tinha ficado na minha mochila que eu deixei de manhã com ele.
- Você não vai acreditar no que... - Marcelo diz quando atende a porta, me deixando entrar - o que aconteceu? - Eu o encaro sem dizer nada - Porra Claudio, o que foi?
- Fui roubado.
- Te machucaram? - Ele pergunta me olhando, provavelmente procurando algum ferimento.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Antes da Web
Short StoryMarcelo e Claudio se conhecem desde sempre, cresceram na mesma rua de uma cidadezinha do interior, eles sempre foram amigos. Voces conhecem como sua vida acontece quando eles saem da cidade, suas aventuras "Na Web", mas agora irá conhecer o que ac...