Férias?

4.7K 453 495
                                    


— Quando eu finalmente tenho ânimo, Hina me dispensa! — Naruto reclamava chateado. O doutor Matsushita ouvia sem esboçar opinião.

— O que houve, Hinata? — ele perguntou para a morena.

— Eu quis ir à cachoeira. Naruto preferiu dormir para se divertir no luau. Me senti trocada!

— Eu não troquei você! Só quis aproveitar o programa! A cachoeira continua lá...

— Não importa. Você sempre põe sua vontade acima da minha. Sempre! — Cruzou os braços chateada.

O doutor anotava tudo, agora com um sorriso.

— Para de escrever tanto! — o loiro gritou revoltado.

— Pare de gritar com o doutor!

— Hina, o que deu em você? Você não é assim!

— Está na hora de agir — falou com convicção.

[...]

— Sasuke-kun e eu nos divertimos juntos. Acho que nunca passamos um tempo assim... — Sakura contava sorridente.

— E quanto ao sexo? — o doutor foi direto.

O casal fitou o chão, sem saber como reagir.

— Sabe, doutor, a aula de yoga foi um... avanço — a rosada comentou com as bochechas coradas. — Me senti... viva. — Engoliu em seco, envergonhada.

— Isso é ótimo, Sakura. E você, Sasuke? Por que não põe em prática a posição das tartarugas?

— Como é?! — perguntou aturdido.

— Você ao menos gostou? Gostou de tocar sua esposa? — questionou, pronto para fazer anotações.

— Claro que sim — respondeu irritado. — Eu... senti alguma coisa com certeza.

Depois dessa declaração, o Uchiha ficou sério, encarando algum ponto na parede.

— Se vocês não confiarem um no outro e se abrirem, vai ser complicado... Podem fazer uma coisa simples? Quero que se abracem. Agora.

Os Uchiha se olharam e levaram mais tempo que o necessário para realizar um ato tão simples. Entretanto, o que parecia difícil, mostrou-se muito prazeroso. Nem se deram conta de quanto tempo permaneceram abraçados, sentindo o aconchego um do outro.

[...]

Ino havia narrado a falta de ciúme de Sai, reclamando por ele não demonstrar nada ao ver o instrutor se esfregando nela.

— Eu não sinto nada disso porque confio em nossa relação — o moreno justificou. — Doutor, eu não tive uma infância normal. Aprendi tardiamente sobre as relações humanas, o conceito de amizade, amor e tudo... Não compreendo o que Ino deseja.

— Sai, acredito que Ino sinta falta de algumas coisas que ela entende como normais. Ciúme seria uma delas. Mas não sentir ciúme não é ruim, pelo contrário. Como você mesmo disse, trata-se de confiança. Isso não significa falta de desejo, Ino.

— Mas todos ficaram enciumados. Parece que... Sai não se importaria se Kiba me agarrasse...

— Kiba não tocou em você com essa intenção — afirmou. — Ele não seria louco. E você, florzinha, eu sei que não faria algo assim. Ino, eu te amo. Só existe você para mim nesse sentido.

A loira o observou incerta. Sabia que Sai nunca fora um homem comum, e ainda assim ela o amou por isso.

— Não sei o que está havendo — ela murmurou. — Acho que... estou carente.

A Terapia de Casais de Maito GaiOnde histórias criam vida. Descubra agora