Capitulo 36

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Manoel

Laura usava um biquíni vermelho, ele era de modelo comum, deixava exposto todas as suas sardinhas, sua cintura chamava atenção assim como sua bunda e seios. Mesmo assim, eu decidi permanecer calado apenas apreciando acena mais bela que já havia assistido: ela encarando o mar, de olhos fechados, com gotículas de água enfeitando brevemente sua pele, com os cabelos molhados e ondulados enfeitando suas costas, com o sorriso singelo expressando aquilo que eu mais amava vê-la sentir, felicidade.

Eu estava de longe, já haviam passado dois dias desde a nossa conversa, ela estava melhorando e ontem à noite até conseguiu conversar com seu avô. Sua tia Elizabeth fez questão de invadir a chamada para falar com Laura, ela explicou que entendia as regras da máfia e que não era para a ruiva se culpar pela morte do primo, aquilo era o certo a fazer na visão deles e se até ela, como mãe, havia entendido, Laura também deveria entender. A ruiva ainda se desculpou, mas ao desligar a chamada eu pude perceber que não se arrependia, eu estava ao seu lado, ela estava ao meu, e isso é tudo o que nós precisamos.

- VEM A AGUA ESTÁ QUENTINHA – Ela me chama de longe e eu não me nego a ir até seu encontro, eu a amo, ela me comanda e isso não é novidade.

[...]

Eu a beijava com toda a saudade que me envolvia, pode ser pouco tempo, mas nada me doeu tanto quanto esse tempo em que ela me deixou de lado... Me sentia vivo novamente, beijá-la era como abastecer um carro, ela me dava ânimo, motivos, felicidades, sensações ela era tudo.

Sua mão arranhava minha nuca conforme eu a apertava comigo, sentia que precisava parar ao mesmo tempo que eu percebia que ela não o faria, algo dentro de mim despertou com uma vontade absurda de tê-la e talvez o medo da intensidade houvera me atingido com certa firmeza.

- Quer parar por aqui? – Eu a questiono nos separando para respirar e ter sua resposta.

- Não – Laura me beija novamente, suas mãos puxam os meus cabelos e eu mal percebo quando a carrego de volta para a cama. Nossos corpos se encaixavam novamente, eu no meio das suas pernas trilhando um caminho que parecia curto, mas era vasto e cheio de curvas, o seu corpo.

Eu me sentia aventureiro, ela era a melhor montanha que eu já havia escalado, seus pelos eriçavam conforme minhas mãos passeavam por eles, suas unhas arranhavam minha nuca enquanto eu me afundava em seus lábios e tentava não assustá-la com tamanha intensidade. Sua camisola já estava enrolada em baixo dos seios deixando a barriga amostra, lisinha e cheia de sardinhas uma tela em branco para eu cobrir de beijos. Ela merecia esse carinho, ela era dona de mim.

Laura

Dentro de tudo o que eu já havia passado, me sentir amada e acariciada daquela forma era surreal. Meus pelos arrepiavam conforme os dedos dele traçavam um caminho em mim, eu me sentia quente, viva, renovada... Manoel me amava de maneiras completamente diferentes, e eu era grata por receber tudo aquilo.

Sua boca foi carimbando meu tronco com beijos, enquanto levava minha camisola junto até essa parar em meus braços, não usava sutiã e aquilo era um convite para os seus lábios sugarem meus mamilos. Eu me sentia quente, as respostas eram novas para mim, não conseguia controlar o meu corpo e sabendo disso ele se divertia me prensando no colchão enquanto mantinha suas caricias. Eu não tinha coragem de encara-lo, sabia que seu olhar era lascivo e de alguma forma aquilo iria me provocar sensações novas.

A boca de Manoel chegou na minha assim que sua mão adentrou a minha calcinha, seus dedos eram longos e traçavam caricias firmes em minha intimidade, havia barulho, tanto da umidade que eu liberava quanto do nosso beijo e aquilo me deixava cada vez mais excitada. Sua boca deixou a minha e traçou beijos até minha orelha, mordendo o lóbulo no momento em que ele beliscou meu clitóris, me sentia tão diferente.

- Olhe para mim. – Ele manda e eu demoro um pouco para obedecer, suas caricias ficam mais firmes e quando eu o encaro consigo perceber todo o carinho de antes, mesmo naquele momento, Manoel não deixava de ser carinhoso comigo. – Você é linda – Ele cita enquanto sua mão continua a me acariciar, a outra mão passa por baixo da minha cabeça. Eu arfo, assim que ele introduz a ponta de um dos seus dedos, sua mão puxa meu couro cabeludo e eu me surpreendo com o chupão depositado em meu pescoço, seu dedo indicador mesmo pouco introduzido faz movimentos curtos e lentos, seu dedo polegar acaricia meu clitóris e quanto eu mais me contorço mais ele puxa meus cabelos. – Você quer que eu pare? – A voz dele estava diferente, seu corpo no meio das minhas pernas não me deixava fecha-las e conforme eu tinha espasmos eu só conseguia gemer. Com a falta de respostas ele foi parando e eu me vi desesperada, por que ele estava parando?

Manoel

Seu rosto estava vermelho, sua boca entreaberta e por ali saiam os mais genuínos gemidos que eu já havia escutado, eu amava Laura e toda a sua doçura. Fui parando, por pura sacanagem, fazê-la me pedir faz com que ela saiba que tem controle, então aos poucos eu fui diminuindo até sentir sua mão na minha.

- Não quer que eu pare? – Ela apenas nega com a cabeça e eu dou um sorriso, sabendo que aquilo a desconcerta – Então diga, meu amor. – Ela fecha os olhos e me surpreende. Laura puxa meu rosto até o seu, seus lábios me beijam de uma maneira nunca antes feita, sua língua atrevidamente chupa a minha e sua unha arranha minha nuca e assim que aquele diabo vermelho para abruptamente, tem um sorriso sacana enfeitando o rosto apenas para me dizer

- Não para – Seus olhos brilham e logo eu me vejo voltando com os movimentos. Ela após alguns minutos goza nos meus dedos, a visão de seu rosto enrubescendo, seus lábios sendo mordidos para não gritar, sua cabeça tombando e a respiração ficando cada vez mais difícil, me excitava tanto que chegava a doer.

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