Capítulo 50

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~Yasmin on~

Já se passaram cinco dias, estou no hospital agora, Weber chamou todos na central.

-Weber: Quatro equipes de bombeiros ficaram presas apagando incêndio na florestal no leste da cidade, temos no mínimo 40 feridos, teremos queimadura de primeiro, segundo e terceiro grau, inalação de fumaça e alguns traumas, todos são críticos, esse hospital se tornará um centro de queimadura hoje! - nos olhou - Residentes fiquem com seus médicos.

-Cleo: Pessoal, se não estiverem na especialidade de vocês, estão na queimadura, considerem-se especializados em queimadura e plástica hoje, vamos tratar, desbridar e internar - falar u alto, caminhei até meus internos que já estavam com um paciente.

- Caso? - olho para Fred.

-Fred: O paciente está com queimadura parcial no tórax e abdômen e teve grave inalação de fumaça - me olhou.

- Fale sobre o metal no tórax - olhei o tablet.

-Fred: Ele pisou em falso na fumaça, caiu em um barranco em cima de um ferro.

- Precisamos de um ecocardiograma, chame o Henry - ordenei.

-Pedro: Estou aqui! - apareceu do meu lado, ele é outro cardiologista - Ele está com sangue no pericárdio, mas não dá para saber se penetrou o ventrículo.

- Ele não deve estar sangrando porquê o metal está bloqueando a saída - nos olhamos.

-Pedro: Teoria interessante, só tem um jeito de saber, você - apontou para Daniel - Vamos puxar o metal.

- Não, vamos tirar já cirurgia para conter o sangramento - falei em um tom autoritário.

-Pedro: Talvez não tenha sangramento, vamos fazer agora - falou.

- E arriscar a vida dele? Não! - o olhei.

-Pedro: Pronto! - puxou a barra de metal.

- Pedro! Mas que merda, quem está pensando que é!? Eu disse para não tirar! - falei brava.

-Pedro: Desculpe Yasmin, mas eu tinha quase certeza - deu um sorriso.

- Não ouse mais fazer algo quando eu não der permissão - o olhei brava - E eu mandei chamar Henry por que está aqui? - deu de ombros.

-Pedro: Ele está com outro paciente - falou e saiu da sala.

...

- Tem um sangramento aqui - apontei.

-Daniel: No pericárdio - completou.

-Pedro: Não é muito, é provável que pare sozinho - suspirei.

- Ou não e aí vai ser tarde demais - falei sem o olhar.

-Pedro: Interne ele e aí me avise - falou para Fran.

- Encaminhe para a cirurgia - mandei.

-Fran: Tudo bem, vou encaminhar ele - Pedro a olhou - Ela é minha chefe - sorri.

- Viu? EU sou a chefe - dei um sorrisinho debochado e ele revirou os olhos.

...

Na sala de cirurgia...

- Viu eu estava certa, tem sangue no pericárdio - olhei para Pedro.

-Pedro: Uma frenagem lá embaixo resolveria, ele não precisava de cirurgia - retrucou.

- Precisava sim, não estamos em uma tenda no meio da guerra - o olhei seria e ouvi a porta se abrir.

-Henry: Yasmin! - chegou ofegante - O paciente na sua frente é o namorado da minha mãe, como ele está?

Entre Beijos e BisturisOnde histórias criam vida. Descubra agora