Capítulo Quinze - Um Quarteto nem tão fantástico assim

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Três quartos de hora depois, voltamos a nos juntar ao restante do grupo. Ao chegarmos à varanda, recebemos um olhar de Henrique, que tive certeza de que ele sabia o que continuamos fazendo na sua ausência. Antes que alguém perguntasse sobre nossa demora, Karen tratou de dizer, assim que sentamos:

— Desculpa, gente, nós estávamos tendo uma conversa meio que inadiável. — Deu um sorriso se mostrar os dentes.

Rapidamente, nós nos inserimos na conversa outra vez e voltamos a beber. Menos de um par de horas depois, os dois casais foram embora, ficando apenas Isabela, Karen, Henrique e eu. Após encher nossas taças com mais vinho, Henrique questionou à noiva:

— Vocês transaram de novo quando saí do quarto, não foi?

— Henrique!!! — Karen o repreendeu envergonhada.

— Não precisa ficar tímida, amor! Tenho certeza de que a Sara já contou para a Isa sobre vocês!

Isabela e eu sorrimos. Ele nem imagina como ela sabe! Karen deixou de lado o resquício de acanhamento que tinha e confessou ao noivo com a voz empostada de malícia:

— Ah, meu amor, ela não só sabe, como já brincou com a gente, não foi, Isa?

— O quê?! Não acredito! Vocês três transaram?! — Henrique passou as mãos pelo rosto.

Sentada ao meu lado, Isabela afirmou com a cabeça, sorrindo. Bebi um grande gole do vinho, com um pouco de receio de aonde aquela conversa poderia chegar.

— Meu amor, você está me saindo bem safadinha, hein? — Henrique comentou e Karen apenas abriu um sorriso no canto da boca. — Pô, meninas! Assim vocês querem me matar! Agora minha cabeça está a mil, imaginando vocês três juntas!

De repente, Karen se levantou e foi sentar-se no colo dele, de lado. Deu-lhe um beijo breve nos lábios e questionou com a voz manhosa:

— Seu sonho seria transar com a gente, não é, amor? Ou... bastaria nos assistir?

Não soube definir o que tinha dado em Karen naquele dia. Ela estava estranhamente devassa! Não sabia direito qual era a intenção dela com aquela provocação. Não conseguia pensar direito, devido ao excesso de álcool que corria pelo meu sangue.

— Bom, é uma delícia assistir, mas queria participar dessa vez!

— Primeiro, nós temos que saber se as garotas topam! — Karen falou alternando o olhar entre mim e Isabela.

Um tesão surgiu no meu corpo ao ver Karen tão safada. Eu a desejava loucamente, desejava até mesmo Isabela, mas me incomodava com a presença de Henrique. No entanto, meu incômodo não foi o suficiente para me impedir de participar dessa experiência inédita. Era só não o deixar me tocar.

Fitei Isabela, perguntando com o olhar, e ela me respondeu com um leve balançar de cabeça. Então, nós nos levantamos e nos aproximamos do casal. Isabela curvou o dorso à procura da boca de Henrique e eu ofereci a mão a Karen, puxando para sair do colo do noivo. Após envolvê-la em meus braços, eu a beijei.

Ao nos afastar do beijo, olhamos em direção a Henrique e Isabela e vimos que ela já estava sentada no colo dele, que lhe deslizava as mãos pelo corpo. Nesse momento, quis sondar se Karen estaria com ciúmes do noivo e comentei:

— Uau! Eles são muito sexys juntos, não acha?!

— Demais! — Ela se virou para mim de novo. — Não mais do que nós duas!

Caramba! Tudo que eu queria ouvir!

Voltei a lhe preencher a boca com minha língua, enquanto minhas mãos apertavam sua bunda, trazendo-a mais para perto de mim. Ela desceu uma das mãos, que estavam emaranhadas nos meus cabelos, e apalpou meu seio.

DESVENDANDO O AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora