Capítulo Dezoito - Resoluções

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Despertei no dia seguinte sentindo Karen abraçada a mim por trás e ao relembrar do que tinha acontecido no dia anterior uma felicidade me arrebatou o fundo da alma. Por alguns instantes, não me mexi para não a acordar e fiquei refletindo sobre todo o ocorrido desde o dia em que eu a conheci. Eu estava me sentindo tão apaixonada que até o peso de ter me envolvido com uma mulher comprometida havia se esvaziado.

Tinha consciência de que não tinha sido muito correto da nossa parte, no entanto, para mim, o que importava era que Karen tinha se apaixonado por mim e me queria como namorada. Seria muito egoísmo da minha parte? Talvez! Contudo, sofri tanto no último relacionamento que achei que já estava na hora de me permitir amar outra vez. E quem me despertou esse desejo de querer me relacionar de novo foi Karen.

De repente, ela me tirou dos meus devaneios e se desenlaçou de mim. Virei-me para ela e a vi espreguiçando-se com um sorriso no rosto. Em seguida, ela me desejou com a voz ainda sob o efeito da rouquidão:

— Bom dia...

— Bom dia, minha linda! — Desejei também e depois beijei sua testa. — Dormiu bem?

— Hum, maravilhosamente bem!

Deslizando minha mão bem devagar pela sua barriga, eu disse:

— Hum, que bom! Também dormi muito bem. — Falei alcançando um de seus seios.

— Não começa, Sara...

— Por que? Você não gosta?

— Você acha mesmo que eu não gosto quando você me toca assim?

— Não sei... você que tem que me dizer... — Eu disse incitando-a.

— Eu simplesmente amo quando você me toca desde jeito...

— Ah, é? E assim? — Falei descendo minha mão até seu sexo.

— Nossa, assim é ainda melhor... — Ela sussurrou.

Notei que seu peito já subia e descia ininterruptamente. Enquanto meus dedos faziam movimentos circulares e lentos na sua intimidade, minha boca foi pousar em seu seio. Sem querer receber carícias lascivas sozinhas, ela me procurou com a mão, alcançou meu sexo e passou a me acariciar também. Parei de lamber seus mamilos e enganchei meu olhar ao dela.

À medida que nos tocávamos, nossos olhares expressavam os nossos sentimentos. Vi paixão no olhar esverdeado de Karen e isso me deixou mais ainda em êxtase, interferindo, inclusive, na intensidade do meu tesão. Em instantes, nossas bocas soltaram gemidos que se misturaram, enquanto nossos corpos tremularam ao mesmo tempo, demonstrando que gozávamos em sincronia.

Deixamos o silêncio imperar no ambiente, enquanto restabelecíamos nossas respirações. Estávamos abraçadas, trocando carinhos pudicos. Minutos depois, nós nos levantamos para tomar café e quando terminávamos de organizar a cozinha, ela proferiu:

— Meu Deus! Preciso conversar com Henrique. E quero que seja hoje!

Instantaneamente, as batidas do meu coração aceleraram, engoli em seco e perguntei:

— E você vai contar o motivo... verdadeiro?!

— Vai ser preciso, Sara. Não quero mais mentiras entre nós!

Escorada na bancada, encravei meus dedos entre os cabelos e desabafei:

— Ai meu Deus! Ele vai me odiar tanto! Como vou encará-lo no escritório?

Segurando meu rosto entre as mãos, ela colou seu corpo ao meu e disse:

— Vai dar certo. Ele vai ter que entender. E quer saber o que eu acho mesmo? Acho que Henrique não me ama mais, sabe? Ele deve ter carinho por mim, costume, mas me amar de verdade, acho que não mais!

DESVENDANDO O AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora