1 Kāishî

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Ficccc novaaaaa!

AVISOS: Jisoo é interssexual(é mulher e nasceu com genitália masculina) Ela tem 25 anos e nasceu na Coreia do Sul, mas se mudou com a família quando tinha 5 anos, mora atualmente na China.

Moram todos em Hong Kong, no ano de 1990, numa pequena aldeia(não é aldeia de índio ou algo assim) rente a cidade grande.

Caso tenha alguma foto com montagem, todos os direitos vão para o criador(mesmo eu não sabendo quem é) E parabenizo pelo ótimo trabalho!





POV Autora






O arrastar de pés sobre a fina camada de poeira no chão, chama a atenção de inúmeros pequenos animais por perto. A sapatilha preta de artes marciais permanecia nos seus pés, inseparáveis, a leveza a cada passo soa como batidas incessantes de pequenos tambores, com impactos rastejantes. O kimono preto com detalhes pequenos em brancos, ao longo do corpo, o cabelo preso em um coque tão bem feito por uma fita soa como estabilidade impecável, a pele lisa e limpa, como água de Coco rala, sem resquício nenhum de maquiagem e mesmo assim, com nenhuma impureza natural. As mãos para trás em conjunto nas costas, a serenidade no rosto de quem se quer da um sorriso, um olhar frio e sem curiosidades, apenas atentos e jamais alheios. Kim sempre foi uma mulher séria, reservada e cautelosa, não confia nem na sua própria sombra e com essas atitudes, se mantém segura e longe de quaisquer problemas, sua linhagem é conhecida por muitos na aldeia, ou até fora. Filha do maior monge que já existiu na China, um homem sem sentimentos, inexpressivo e que nunca permitiu toques calorosos, Kim procura entender como que se quer veio ao mundo, sendo filha de um homem tão duro. Sua mãe veio a falecer quando tinha 5 anos, o câncer a levou e tudo o que ela conheceu depois disso, foi dor e trabalho incansável, seu pai a transformou numa máquina de morte, pode tirar a vida de um ser vivo em segundos, com um simples movimento, um impacto entre a traquéia e a laringe, morto. Seu pai morreu a dois anos, desde então se tornou como ele, fria e inexpressiva, sentimentos a enfraquece e a deixa alheia a qualquer passar de pernas. Não sabe o que é abraços, não sabe o que é carinho, muito menos o que é amor, só conhece a dor, o frio e o Kung Fu.

- Senhorita, Kim! - Chang, a cumprimenta como sempre pelas manhãs, lhe estende o saco de pães e sorri abertamente - Aqui está, e bom dia!

- Bom dia, Chang. - deseja sem se quer dar um sorriso, se curva graciosamente e paga pelos pães - Até mais!

Volta a caminhar arrastando os pés vagarosamente, dessa vez com os braços ao lado do corpo, ao invés de estar nas costas. Seus olhos neutros passam por algumas pessoas, levanta um sombrancelha quando seu ombro é atingido por outro, um rapaz se curva várias vezes e junta as mãos pedindo desculpas, Kim acena voltando a caminhar, aquilo foi o máximo que pode expressar de "Está tudo bem", vira uma esquina da grande aldeia indo em direção a sua casa um pouco afastada, um barulho lhe chama a atenção e sem que se quer perceba, direciona seu olhar para perto de um beco, para lentamente, observando três rapazes lacaios ferir uma aparentemente, garota, após jogá-la no chão, suspira pronta para caminhar, isso sem sombra de dúvidas, não era problema seu, mas um pedido de ajuda lhe chama a atenção novamente, respirando fundo coloca os pães em cima de um tambor ao lado do beco e adentra calmamente.

- Parem...- pede baixo e calma, seis pares de olhos são direcionados a sua pessoa, logo um rosnado sai da boca de um - Ferir uma garota é errado. As mães de vocês não ensinaram isso?

- Cala a boca, otária! - o mais novo resmunga entre dentes em pose de defesa, Kim ainda serena, observa a garota cuspir um pouco de sangue no chão enquanto tem a mão sobre a barriga.

A Love In Martial Arts-ChaesooOnde histórias criam vida. Descubra agora