5 Risky

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POV Autora





— Vamos tomar sorvete? — Lalisa sugere segurando sua mochila, as outras duas afirmam caminhando — Como estão indo as aulas, Unnie?

— Muito bem. — sorri para Manoban. Caminham para a sorveteria e resmunga quando percebem que terão que subir uma escada no estabelecimento — Um elevador!?

— Sim, são cinco andares e iriam judiar ter que subir cinco lances de escadas. — Jennie explica entrando no elevador, as outras duas acompanham e se surpreendem ao ver Kim entrar ficando de costas para elas.

— Boa tarde, Mestra! — Chaeyoung se curva brevemente recebendo um aceno como cumprimento, logo o elevador se abre e um homem com kimono marrom adentra estalando os dedos das mãos.





Kim o observa minuciosamente notando seu corpo tenso e seu olhar de relance. Suspira estranhando e alerta a qualquer ato inapropriado do homem aparentemente mais velho que ela. Foram segundos para o braço do moreno ir de encontro ao seu pescoço, suas mãos impediram rapidamente iniciando uma briga dentro do elevador, a todo momento Kim protegia as meninas de serem atingidas, e sabia que aquela briga estava destinada a si própria. Kim espalma as mãos na parede empurrando as três para trás e aguentando um soco forte para protegê-las, volta a atingir o homem com golpes certos e cansada daquilo, desfere bons socos no peito o fazendo cair no chão mal conseguindo respirar.




— Quem o mandou!? — pergunta séria em posição de ataque enquanto o outro tenta se levantar, não tendo muito sucesso.

— Manda um abraço para o senhor e senhora Kim. No inferno... —murmura sorrindo divertido se levantando aos poucos com um canivete na mão.

— Manda para mim! — ao terminar de falar, acerta o pé na traquéia quebrando o pescoço na hora.




Park engole seco junto com as meninas. Calmamente Kim se ajeita e limpa o canto do lábio atingido, faz uma jogada de ombros para ajeitar seu kimono justo ao seu corpo, da forma que gosta. Encara as meninas séria e suspira olhando para o corpo imóvel.




— Viram algo? — pergunta plena as olhando, rapidamente negam e as portas do elevador se abrem — Foi o que eu pensei.



Kim pega o corpo carregando para fora e agradecendo aos céus por não ter ninguém ali, e em uma sala de limpeza aberta, joga o corpo e fecha rapidamente voltando para a caixa metálica, entra e aperta o último andar.



— Ainda querem tomar sorvete? — pergunta sem se virar, escuta as vozes em negação, sorri apertando para descer — Desculpe-me pela bagunça, não sou esse tipo de pessoa...

— Você...o matou? — Kim mais nova pergunta baixo, a morena na maior encenação, nega — Ai, graças a Deus!

— Ele somente está desmaiado? — Chaeyoung pergunta curiosa recebendo um aceno positivo — Menos mal.

— É...— murmura saindo do elevador assim que ele se abre, sai do prédio deixando o que iria fazer para lá.





Assim que chega em casa após minutos andando rápido, adentra indo para a sala de meditação, precisa se acalmar antes que seu sistema nervoso comece a ficar descontrolado, como sempre fica quando está em seu estopim. Acende os incensos e cruza as pernas em posição de meditação, junta os punhos fechados e os polegares acima, seus olhos se fecham brevemente e o ar profundo é solto de seus pulmões, com uma certa força e pesar. Seu Chi para fonte de energia, algo tão puro e espiritual, pureza em meio as suas ações e ideias se torna cômico de se falar, ou até mesmo praticar, sabe que quem colocou fim a vida, é um bastardo da tríade, lacaios procurando vingança. Se enfiou em uma grande enrascada ao ajudar a de cabelos claros, e por incrível que pareça, não se arrepende tanto, não ao ponte de lhe tirar do sério, ou recuar.





Depois de algumas horas meditando, escuta um bater no portão, coisa leve e tímida, Park. Se levanta procurando o relógio e vendo que é a hora do treino, na verdade era mais cedo, porém, depois do que aconteceu, dívida muito que a mais nova curiosa chegaria no horário correto. Abre o portão com calma e da espaço para que a garota entre, sem dizer uma palavra, a chama para ir ao pequeno templo de meditação.




— O que iremos fazer? — pergunta curiosa, Kim se senta como antes e indica seu lado, em uma distância favorável aos seus olhos — Meditar? Orar?

— Meditar. — responde curta e serena. Com uma careta fraca, Chaeyoung se senta corretamente e acompanha os movimentos da morena — Inspira e expira, repete novamente e profundamente.





Faz o que é pedido e vagarosamente fecha os olhos como Kim acaba de fazer, suspira baixo esperando calma e paciente. A mulher ao seu lado permanece em perfeito silêncio enquanto Park solta suspiros a cada dois segundos.




— E agora? — pergunta abrindo um olho e olhando de relance para Kim, essa que permanece em silêncio — Mestra?

— Silêncio. — pede baixo voltando a ficar quieta, a neozelandesa bufa voltando a mesma posição.

— Até quando iremos meditar? — pergunta depois de dez segundos, não recebendo nenhuma resposta, mais uma vez suspira alto — Vai demorar muito?

— Chega. — a coreana se levanta abandonando seu propósito enquanto ordena que Park a acompanhe — Quer fazer algo? Irá subir a árvore do quintal até não sentir suas pernas.

— O que? — pergunta incrédula chegando ao lado de fora avistando a enorme árvore, de uns 11 metros — Isso é alto demais.

— É do tamanho da sua língua que não fica quieta dentro da boca, talvez aprenda a ficar em silêncio. — zomba indicando a árvore — Comece.

— Grrr. — grunhe indo até a árvore, levanta as mangas da blusa de frio, suspira e abraça o tronco começando a tentar subir.




Uma tentativa falha, pois quando estava a oito palmos do chão, escorregou lentamente até cair de bunda. Não desistindo de seu propósito, voltou a tentar subir, Kim sentiu vontade de rir em deboche, mas se repreendeu ficando séria. A garota subia de várias formas e sempre caía, de uma forma vergonhosa. Voltou a tentar subir, mais certo dessa vez, Kim se levantou indo até perto da árvore quando viu uma perna vacilar enquanto Park ainda estava na metade da árvore, foi questões de segundos para o corpo ir de encontro a outro que a segurou com força, Chaeyoung se agarrou de forma assustada agradecendo a quem lhe protegeu de quebrar todos os ossos no chão.




— Acho que já não sente mais as pernas. — Kim a solta fazendo a garota cair praticamente de joelhos ao chão, se vira voltando a se sentar no seu acento — Vá para o mudjong assim que se recuperar.

A Love In Martial Arts-ChaesooOnde histórias criam vida. Descubra agora