A Love In Martial Arts-Chaesoo

21 Relapse

POV Autora

- O que está fazendo? - Jisoo para de comer e estremece levando o olhar discretamente ao seu pai - Está comendo ao invés de estar treinando?

- Eu pensei que- - mal termina de falar e seu prato voa de encontro a parede com um golpe - Me desculpe.

- Venha. - caminha em direção aos quartos, Kim obedece sentindo seu corpo suar de medo - Precisa aprender a lição.

- Não, pai... Por favor! - pede já se entregando ao choro ao ver as correntes penduradas, ainda cobertas de sangue pelo último castigo.

- Cala a boca e venha! - arrasta a morena até as correntes e a prende pelos braços - Quando vai parar de ser um inútil meu filho?

- Me perdoe. - pede mas sua blusa é rasgada ficando apenas de faixa nos seios e calça.

- Não quero ouvir você gritar! - avisa raivoso para em segundos começar a socar o corpo já cheio de marcas permanentes.

(...)

O mais velho abandona o quarto deixando Kim pendurada pelas correntes, seu corpo ensanguentado e sua boca escorrendo sangue até o chão denuncia o castigo impiedoso que recebera. A mais nova choraria, mas se fizesse isso seus machucados iam doer mais e mais, seu corpo treme não só de frio como também de dor, o que a faz compreender que a noite será regada de febre e dor, muita dor.
Horas se passaram e a madrugada se encontra cada vez mais difícil, o quarto é invadido pelo seu pai mais uma vez, carregando um balde aparentemente de água.

- Você está fedendo a sangue. - após isso joga água gelada no corpo debilitado, Kim se agita pela dor e quase grita mas consegue se segurar - Acorde e treine, depois coma!

Jisoo sobressalta na cama, seu corpo suado como nunca e o medo dominando seu corpo. De um jeito sigiloso a morena se levanta da cama, pegando sua coberta e a arrastando pelo chão para poder se deitar no canto do quarto abaixo da janela, como sempre fazia até Park fazer de tudo para sua rotina "estranha" acabar. Se encolhe e puxa a coberta, se cobrindo em meio a noite fria, o chão se tornando mais confortável que qualquer cama king.
Kim respira fundo algumas vezes, tentando a todo custo afastar os pensamentos ruins de sua cabeça, aonde o grito de seu pai se faz presente como um mantra. Não aguentando mais ficar ali, se levanta rapidamente saindo do quarto, não é o suficiente o chão frio.

Adentra o quarto tão temido por seu corpo, deixando a porta aberta mesmo e meio receosa, passando a mão pelas correntes penduradas no teto. Seu corpo ainda consegue sentir a dor, como se tivesse se tornado crônica.
Tira sua blusa ficando apenas de sutiã e calça, se prende com dificuldade nas correntes e fica pendurada ao soltar o peso do seu corpo suado. A calma invade sua mente e enfim consegue relaxar, encarando o chão e aos poucos consegue pegar no sono, como sempre fazia para não sentir mais dor, se auto apagava.

(...)

Chaeyoung resmunga baixinho por Jisoo não a atender enquanto chama diversas vezes, não gritando porque a mais velha não gosta disso. Bufando, adentra a casa e caminha para dentro tranquila, não a encontrando na cozinha e nem em seu quarto, ou estaria no banheiro, ou na sala de meditação. Franze o cenho ao sair do quarto de Jisoo e encontrar o quarto que sempre ficou trancado, dessa vez completamente aberto dando a visão de alguém estranhamente pendurado em correntes presas no teto.