4° Capítulo 🎅

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  Nathaniel Carter.

  - Não dormi em casa, vinte e um anos juntos e a primeira vez que isso acontece, claro que dormi em vários lugares mais foi a trabalho, nunca porque a fúria e a dúvida me consumiam.

  - Senti com todo fervor a falta da minha mulher, seu corpo, seu jeito, o cheiro e sua petulância sempre esteve impregnado em minha pele e toda vez que eu imagino que ela possa ter estado nos braços de outro... eu quero matar alguém. Argh! - Fui novamente um idiota de idolatrar o chão em que Aurora pisava, para quê? - Pela segunda vez fui traído, enganado, pisaram em minha dignidade e amor que tanto dediquei, agora serei um homem frio e distante, terei mulher em minha cama só para saciar meus desejos, não serei mais complacente com nenhuma mulher, essas só querem o dinheiro que possuo, cedo ou tarde elas mostram as garras... " Se mudamos é porque nos ensinam".

  - Saio dos meus pensamentos quando escuto um grito e olho vendo minha secretária entrar segurando umas pastas.

  - Senhor Nathaniel quase me mata de susto. - Diz colocando a mão no peito.

  - Resolvi vir mais cedo para terminar de organizar os papéis que me pediu, voc... desculpe o senhor dormiu aqui?

  - Não devo satisfação da minha vida a ninguém, penso e não respondo a audácia de sua pergunta. - Traga-me um café forte e sem açúcar e duas aspirinas, por favor.

  - Deixando as pastas na mesa ela responde. - Volto logo! - Diz Dakota e sai.

  Aurora.

  - Acordo sobressaltada, os pesadelos retornaram, sei que é porque minha vida está tribulada e não sei como resolver... - Sonhar com Felipe sempre me deixa agoniada e acordar e não ter os braços do meu marido para me proteger é uma droga, mais desde que nos casamos eu sempre passei panos quentes nas birras e ciúmes de Nate, só que dessa vez não vou dar trégua, não somos mais crianças para viver como cão e gato, e admito que eu o acostumei assim quando deixei minhas vontades de lado para fazer só o que ele queria, nunca me faltou nada, ele sempre foi atencioso, bom pai e marido, mais creio que Nate cansou de brincar de casinha... O correto seria conversarmos, diálogo sempre resolve muitas coisas.

  - Levanto indo para o banheiro fazer minha higiene, mais paro olhando-me no espelho e analiso as expressões da idade em meu rosto, mesmo usando tratamentos faciais que amenizem a idade chega para todos e hoje me sinto uma mulher de 42 anos no corpo de oitenta, a preocupação e as noites maus dormidas estão pesando em minha vida, amar dói às vezes, e não existe dinheiro que pague sua paz e isso eu não tenho há dias.
  - Exausta escovo meus dentes, deixando cair as lágrimas, lembrando os dias felizes que vivemos, o primeiro sorriso dos nossos filhos, a primeira queda, nossa segunda viagem de lua de mel, em que descobri estar grávida de Dante e tantas lembranças boas, por muitos anos eu tive um companheiro para todas as horas e me dói, é como uma espada atravessando-me saber que Nate me trai, não entendo porque chegamos a esse ponto, se não me ama mais deveria ter dito, iria doer mais teria deixado seu caminho livre, ninguém é obrigado a viver com quem não ama mais, nem pelos filhos, por ninguém, amor próprio vem em primeiro lugar.
  - Mais falar e pensar é fácil, agora agir é que está difícil, saio do box, abro a gaveta da pia e vejo vários remédios, coloco três de cada em minha mão se eu conseguir dormir por um tempo talvez possa suportar tanta angústia...

  - Aurora?! - Escuto Bárbara me chamar e rápido jogo os remédios na pia, abrindo a torneira e vou ao seu encontro.

  - O que está acontecendo Aurora? - E não me diga que não é nada, porque criei Nate e sei o quanto você anda dispersa e infeliz.

  - Corro me jogando nos braços de Bá, procurando apoio, el... el... engasgo, ele esta me traíndo, Nate não me ama mais, ele sequer me olha mais direito.

  - Claro que ele te ama e que história é essa que Nate te traí?

  - Saio do seu abraço e vou até o livro em que deixei o bilhete que esta desmoronando minha vida, entrego a ela e peço que leia, quando Bá passa os olhos pelo papel fica branca e pasma, seu semblante muda de descrente para um resquício de raiva.

  - Você terá que averiguar isso minha filha, eu não acredito só nesse papel, Nate sabe o que é sofrer por ser enganado, creio que não faria a mesma coisa que fizeram com ele, Nate pode ter vários defeitos, todos temos, mais ele é fiel aqueles que ama.

  - Também pensei nisso Bá, mais suas atitudes ultimamente mostra o contrário, essa noite ele nem voltou para casa, onde dormiu? - Em muitos anos de casados mesmo brigados nunca dormimos separados, só mesmo quando ele tinha que viajar á trabalho, e eis que agora sempre procura brigar, ontem exigiu que eu não fosse mais trabalhar, então saiu e não voltou até agora, o que devo pensar, me diz querida Bá?!

  - Há e hoje faz dezesseis dias que ele não me toca é agressivo e passa mais tempo na empresa do que aqui, como quer que eu reaja se cada dia ele me dá provas que isso possa ser verdade?

  - Ela fica calada, se aproxima e me abraça. -  Se isso for verdade te apoiarei em qualquer decisão, mais antes converse com Nate e mostre o que recebeu, tem muita gente ruim querendo destruir a felicidade dos outros só por pura inveja ou despeito mesmo.
  - Minha mãe sempre me disse que se você é feliz, e tem um ovo para comer todo dia, sempre haverá alguém que vai querer a sua felicidade. - Diz Bárbara.
  - Há subi para avisá-la que Nick chega hoje e vem jantar aqui.

  - Certo, já estava morrendo de saudades deles, fazem mais de três meses que não nos vemos pessoalmente. - Assim que Bá sai, sinto-me tonta e nauseada, deve ser o estresse de tudo isso, visto-me e decido ir saber por onde Nathaniel Carter anda e nada melhor por começar na empresa.

  - Desço, tomo um suco de laranja e nada mais entra. - Bá vou ajudá-la com o jantar, irei na Anjos de Resgates mais logo voltarei, beijo seu rosto e pego as chaves do carro, não tive coragem de dizê-la que vou atrás do meu marido fujão.

  Dakota.

  - Assim que saio da sala de Nathaniel, vejo Claúdia chegar e atender o telefone. - Bom dia, escuta me olha e colocando a mão no telefone me pergunta se nosso chefe está.

  - Confirmo com menear de cabeça e presto atenção em sua resposta. - Sim Sra. Aurora. - Saio em busca do café de Nathaniel, o que será que aconteceu? - Penso.

Boa Noite meus amores.

Mais um capítulo fresquinho, espero que gostem.

Beijos Estalados 💋💋💋💋
             SCRUZ 🎅

  

          

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