14. BIA

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Eiii todo mundo! Como vocês tão? Alienando direitinho com o BBB? Espero que estejam todos bem!

Nesse capitulo temos um pedacinho do Rodrigo e uma prova da Bia do passado, estou curiosa pra saber a opinião de vocês! ~medoh~

Boa leitura, Rapha <3



Morar sozinha tem seus pontos altos, mas também tem seus pontos baixos. Com toda certeza lavar banheiro é um dos pontos baixos, na verdade, o ponto mais baixo de se morar sozinha. Como eu nunca morei sozinha antes, sempre dava um jeitinho de fugir do banheiro. Minha mãe achava um absurdo meu ex-namorado lavar o banheiro, mas eu usava de todo o meu charme para não lavar a privada.

Como nenhum dos meus gatos, nem meu cachorro estavam com vontade de fazer essa árdua tarefa, eu acabei passando a manhã da minha quarta-feira com um típico look de faxina e esfregando os azulejos, puro glamour. Descontei todo ódio a mim mesma e a Lis nas paredes. Estava com raiva dela por ter me beijado, estragado nossa amizade e plantado a semente da dúvida dentro de mim. Além disso, estava com raiva de mim, por não ter tido a capacidade de juntar uma meia dúzia de palavras para responder as inúmeras mensagens dela ou por não saber o que estava acontecendo. Eu estava com raiva e ponto.

Antes mesmo que eu pudesse me desmontar no sofá depois da faxina, meu interfone tocou e Gus olhou para mim, como se estivesse julgando que eu iria receber visita com aquela aparência. Ter um gato julgador com sotaque francês não é fácil, acaba com a autoestima de qualquer um. Meu coração encheu de esperança pensando ser Lis, talvez se ela viesse me ver, eu resolveria meus problemas e poderia seguir com minha vida.

—Me deixa subir, Bia! Sou eu, o Rodrigo.

Se minha vida fosse um filme, esse seria o momento em que a cena congelaria, uma música de suspense iria tocar e o próximo episódio iria sair só na semana seguinte. 

Claro que não era Lis, na primeira palavra eu já reconheci a voz distorcida pelo interfone. Tinha ouvido aquela voz por seis anos quase todos os dias. Mesmo quando já morávamos juntos, todos os dias Rô me chamava no interfone pra dizer que me amava, mesmo tendo acabado de falar antes de sair de casa. Ele era assim, sempre dava um jeitinho de fazer eu me sentir amada.

—O que você tá fazendo em São Paulo? Quem te deu meu endereço? —perguntei. O comportamento dele era, no mínimo, suspeito.

—Me deixa subir, eu te conto tudo.

Foi ridículo, mas nos cinco minutos que levavam da portaria até meu apartamento, eu tentei parecer incrível para ele. Soltei o cabelo, ajeitei o look faxina pra que ficasse mais aceitável, ninguém precisa me ver usando um shorts rasgado na bunda e com a blusa presa como um biquíni, resolvi os dois problemas soltando a blusa. Além disso, joguei um perfume para tentar disfarçar o cheiro de desinfetante. Como eu disse, ridículo, patético e sem resultado nenhum, óbvio. 

Eu estava pronta pra atacar, xingar quem tinha passado meu endereço, falar que não tinha motivo pra ele estar ali e manda-lo embora sem nem mesmo deixa-lo entrar no apartamento. Meu cérebro me mandava ser forte, destemida e gostosa pra caralho. Não podia parecer por baixo, mesmo sendo eu a culpada pelo nosso término.

Mas assim que abri a porta todos os meus planos foram por agua abaixo, meu cérebro não conseguia vencer meu ex-namorado. Rodrigo estava do mesmo jeitinho que eu lembrava, como se nunca tivéssemos nos separado. O sorriso cativante, que enrugava os olhos castanhos mais lindos do mundo, o cabelo jogado pro lado, quase como um rockstar e um dos seus típicos moletons. O mesmo cheiro, a mesma voz e a mesma lembrança que eu tentava evitar. Nosso amor foi real, tinha tudo pra dar certo. 

Bia e Lis - A Descoberta De Um Amor [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora