Apaixonada pelo meu inimigo?

Capítulo 17

Amarah on:

Sabe quando bate aquele arrependimento? Então!

Eu amo filmes de terror! Mas tenho medo, não me julguem.

Estava eu lá bem plena (ou fingindo estar plena né) assistindo, quando de repente aquela mulher encapetada aparece na tela.

Eu levei um susto e gritei, o Thomas se assustou com meu grito e eu tenho certeza que a assombração do quarto dele também se assustou.

Enfim, o susto.

– Garota?! Faz mas isso não, quase eu infartei aqui. – Ele falou colocando a mão no coração.

– Foi mal, é que sabe... Eu amo filme de terror, mas tenho medo. – Falei enquanto brincava com meus dedos.

– Se você quiser eu troco o filme.

– Não precisa.

– Certeza? – Falou me olhando desconfiado.

– Sim!

Continuamos assistindo e comendo, o primeiro filme acabou, e ele colocou o segundo.

{...}

Os pais dele já tinham chegado, conversaram um pouco com a gente e depois saíram.

O filme estava naquela cena que a Freira aparece, e quando ela apareceu adivinha o que aconteceu? Acabou a luz.

Eu já ia levar um susto por causa da Freira, mas a Luz acabou no momento que meu susto começaria, e isso só aumentou a intensidade dele.

Gritei e dei um pulo.

– Misericórdia! Tinha hora melhor pra acabar a energia não? – Falei ainda me recuperando.

– Bem isso. –  Ele respondeu, e nisso eu percebi que na hora do susto, eu me agarrei nele, ou seja, eu tô quase encima do menino.

Cristo!

– Foi mal – Falei me afastando e voltando pro meu lugar.

– Será que acabou do bairro todo? – Ele falou levantando e foi olhar pela janela – Pelo visto sim.

Ouvimos um barulho no andar debaixo, como se fosse alguma coisa caindo e quebrando.

– Ah pronto, o demônio vai matar a gente, e eu nem tive a chance de ir pra faculdade – Falei enquanto tinha um mini ataque cardíaco por dentro.

– Eu vou lá ver – Ele falou indo em direção a porta.

– Meu filho, tu não aprendeu nada assistindo filme de terror não? – Perguntei entrando na frente dele com as mãos na cintura – Sempre que o personagem escuta um barulho e vai lá ver sozinho, a assombração mata ele.

– É sério que você acha que é uma assombração? – Ele perguntou me olhando.

– Do jeito que as coisas estão, eu não duvido mais de nada.

– Vamos lá comigo, simples.

– Ok – Concordei - Mas se alguma coisa nos matar, eu te dou uma surra lá no além.

– Beleza.

Fomos saindo do quarto, andando devagar por que estava escuro e não dava para enxergar nada, diferente do quarto dele que dava para enxergar por conta da luz da lua.

Quando a estávamos chegando na escada eu parei e disse:

– Garoto, me dá esse braço aqui!

Agarrei o braço dele, e nem precisava enxergar pra ter certeza que ele tava com uma cara confusa.

– É porque eu sou uma pessoa bem desastrada, e provavelmente eu ia cair dessa escada – Expliquei – E se eu cair, eu quero ter certeza que você vai ir junto.

– E por que eu teria que cair também? – Perguntou indignado.

– Oxi, eu não quero me quebrar sozinha.

– Folgada você né?

– Folgada nada, agora vamo logo!

Fomos descendo a escada devagar, e eu ainda agarrada no braço dele.

Quando entramos na cozinha...

- E