Capítulo 28: Ele está no olho do furacão e eu também

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Helloooo!! estamos na reta final da fic. Perdoem os erros tá? É que eu estava muito emocionada enquanto escrevia (*/ω\*)

Boa leitura!

5 anos atrás

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5 anos atrás.

O ambiente era silencioso.

Pela vegetação abundante era fácil dizer que se tratava de uma chácara. Embora fosse localizada em um lugar nada convencional, para Henji Scar, a pequena chácara que mais se parecia uma cabana deteriorada era o seu lugar favorito.

Ele corria para lá, sempre que estava diante de um impasse. E sua vida era cheia de impasses.

Isso explicava a estadia de Henji na chácara há quatro anos.

O corpo robusto descansava no fundo de uma rede, que balançava para lá e para cá no humilde alpendre feito com tijolos escuros. O vento fresco da primavera batia no seu rosto que já continha algumas marcas de expressões.

O cabelo que fora comprido durante toda a sua juventude, estava agora em um corte baixo e no estilo militar.

Henji mastigava um pedaço de capim- de- cheiro entre os lábios um pouco secos. Embora sua expressão apresentasse uma calma inegável... seu interior estava mais agitado que o oceano em uma noite de tempestade.

Em dois meses provavelmente sua vida encontraria um fim trágico — digno do canalha que ele escolheu ser. Não havia final feliz para ele e mesmo se existisse, ele mesmo renunciaria a ele

Henji sabia que precisava acertar as contas com a vida, ou melhor, o fim de sua vida seria o ponto de partida para que outras vidas fossem salvas futuramente. Pelo menos era assim que ele pensava que seria.

Um suspiro cansado escapou dos seus lábios, assim que o som de alguém se aproximando pôde ser detectado por sua audição afiada. Ele se levantou contra sua vontade e rapidamente colocou um sorriso no rosto bem desenhado para receber sua visita mais do que esperada.

A poucos metros de si, um homem que tinha a mesma idade que ele, caminhava calmamente em posse de um facão — provavelmente usado para abrir caminho em meio a vegetação densa daquela área.

— Um galpão abandonado seria menos trabalhoso, Henji. — O homem diz em tom zombeteiro. As roupas casuais que ele trajava o deixavam mais acessíveis, diferente dos ternos pretos que ele rotineiramente usava no departamento.

Henji o achava um homem exemplar. Um homem exemplar que um dia ele sonhou em ser e que ele também percebeu que nunca seria.

Henji cospe o capim-de -cheiro e abana as mãos para que o outro se aproxime.

Ele está mais magro e com olheiras profundas. Um brilho penoso passa rapidamente nos olhos do outro que o observa se afastar.

Mas não havia mais nada que pudesse ser feito para evitar o que aconteceria dois meses depois. O delegado Hall acompanha Henji até uma sala pequena que contém uma mesa redonda de madeira e quatro cadeiras.

Entre Algemas e Flores [ TAEKOOK] Concluída 🤍 :)Onde histórias criam vida. Descubra agora