Capítulo 23 • Flama verde que ardia

2.3K 221 409
                                    

Não se esqueçam de deixar um votinho!

Boa leitura a todos

     Me permiti chegar onde queria chegar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

     Me permiti chegar onde queria chegar. Fechei meus olhos quando senti a conexão, quando senti o toque em meus lábios e um par de mãos abraçarem minha cintura com força. Entrelacei meus dedos em sua nuca, sentindo seu cabelo comprido roçar contra minha pele.

     Para alguém com tão pouca paciência, Loki me beijava devagar, como se tivesse realmente aproveitando aquele momento, como se a qualquer momento ele fosse acordar e descobrir que não era real... Porque eu estava me sentindo assim, como se fosse despertar daquele sonho estranho a qualquer instante e me dar conta de que Loki ainda não voltara de sua viagem intergaláctica.

     Mas aquilo era real. Estava acontecendo.

     Ele estava de volta e estava ali, comigo.

     Existia uma coisa entre mim e Loki. Talvez sempre tenha existido, quem sabe? Fato é que o que existia entre nós era algo difícil de descrever, difícil de colocar em palavras. Era algo complexo, com muitas camadas, muitas nuances, muitos níveis.

     O que existia era algo abstrato, sem sentido, sem precisão, sem contorno. Era algo perverso, sórdido, malicioso, assim como também era fascinante, sensível e sentimental. Eram linhas sem começo, meio ou fim. Um emaranhado de traços grosseiros, uma obra inacabada, defeituosa, com muitas partes faltantes, mas que conversavam entre si.

     Eu e Loki navegávamos em uma planície irregular. Íamos do éden às trevas em um estalar de dedos. Era cansativo, mas divertido também. Ele sabia me esgotar, mas eu também não ficava pra trás e conseguia deixa-lo à beira de um colapso nervoso. Era engraçado e intimidador.

     Eu não me preocupava em passar dos limites com Loki em alguns momentos porque eu sabia que ele jamais passaria dos limites dele comigo. É, para alguém tão impaciente, Loki realmente se controlava para não estourar suas granadas em cima de mim... Bom, pelo menos não sempre.

     Dançávamos em ritmo diferente, mas de uma forma estranhamente harmoniosa. Deixávamos a dança nos guiar em muitos sentidos. E ela nos guiou para um sentimento em específico naquele instante: desejo. Um desejo ardente, uma faísca só esperando para ser provocada...

     E, quando menos esperávamos, a faísca que existia entrou em combustão e consumiu nossos corpos com a rapidez da velocidade da luz. Estávamos queimando, flamejando, ardendo.

     Uma flama verde que ardia intensamente sob nossos corpos.

     Rompemos nossa conexão e trocamos olhares agitados enquanto nossas respirações se entrecortavam no pouco de espaço que existia entre nossos rostos.

FLAMA VERDE QUE ARDE | LokiOnde histórias criam vida. Descubra agora