Capítulo 2 • Reino Dourado

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     Eu estava de joelhos no chão

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     Eu estava de joelhos no chão. Uma luz intensa havia praticamente me cegado. Mesmo que eu abrisse e fechasse os olhos, minha visão permanecia turva, como quando a pressão cai. A sensação era horrível e extremamente apavorante. Para piorar, estava enjoada, sentindo que a qualquer momento eu iria vomitar.

     Aquilo – que eu não sabia o que era até o momento – havia me deixado atordoada e completamente perdida. Minha cabeça estava girando e meu estômago querendo eliminar toda a comida que eu havia ingerido ao longo do dia. Apoiei uma mão no chão, ficando de quatro e a outra levei para barriga, tendo certeza absoluta que iria vomitar. Jurei que iria, mas nada saiu. E de bônus, eu estava encharcada e morrendo de frio.

     O que aconteceu?

     A minha visão estava se normalizando e eu conseguia enxergar o chão e, bem dificilmente, meu reflexo nele.

     Meu reflexo?

     —Que porra de piso... é esse? — sussurrei e finalmente ergui a cabeça.

     Ergui a cabeça e lá estava ele. Pisquei algumas vezes e reconheci, o homem que vi no meu breve estado de inércia naquela manhã. O homem de dourado empunhando a espada. Sem dúvidas, a visão mais bizarra que já tive em toda minha vida... E ele estava bem na minha frente, exatamente como sonhei?.

     Heimdall, foi por esse nome que o chamei. Mas o que diabos é Heimdall?

     Não me era um nome estranho, mas nada vinha à minha mente.

     —O que... — gaguejei me levantando.

     Era um lugar absolutamente estranho e com um piso incrível, a propósito. Eu estava do lado de fora de casa, a chuva estava caindo e, de repente, eu estava naquele lugar, eu me lembrava do processo, só não entendia o que havia acontecido. O espaço era uma espécie de cúpula dourada com as paredes esculpidas em desenhos circulares e também dourados. O homem vestia dourado, empunhava uma espada dourada...

     —Não pode ser...

     O reino dourado em meio as estrelas?

     —Bem vinda à...

     —Asgard — sussurrei incrédula.

     Minha boca se abriu em completo choque. Eu estava paralisada, petrificada. Positivamente surpresa, mas com dificuldade para acreditar. Meus joelhos trepidavam e ameaçavam minha estabilidade, meu coração estava tão disparado que eu quase podia ouvi-lo, parecia que ia saltar para fora do meu peito. Eu até estava me esquecendo de como se respirava e puxei o ar com violência, sentindo meu cérebro recebendo oxigênio novamente.

     Dei meia volta, tremendo como uma vara de bambu, tentando capitar cada detalhe daquele espaço, com certeza apenas um pedacinho de Asgard.

     Mas como? Como aquilo tinha acontecido? Porque?

FLAMA VERDE QUE ARDE | LokiOnde histórias criam vida. Descubra agora