Capítulo 22 • Desequilibrado emocionado

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     Passei pouco tempo navegando pelo cosmos, mas não como se eu estivesse com pressa, apenas fui objetivo na viagem

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     Passei pouco tempo navegando pelo cosmos, mas não como se eu estivesse com pressa, apenas fui objetivo na viagem.

     Minha primeira parada foi ir de encontro com o dono da voz grotesca, já que ele seria meu guia até a fonte da minha ajuda. Nos encontramos numa lua inóspita e, no geral, nossa conversa foi rápida, no entanto, havia durado dois dias midgardianos, já que naquela galáxia o tempo se passava incrivelmente devagar.

     Após a conversa, uma nave veio nos buscar e dali seguimos até o planeta onde finalmente iria me encontrar com a minha ajuda. Eu tinha noção de que estava entrando em um território perigoso e que estava, basicamente, prestes a fazer negócios com o demônio, mas meu nome não era Deus da Trapaça à toa e claro que nem mesmo o mais cabuloso dos seres galácticos seria capaz de me deixar minimamente intimidado.

     Ele era medonho, usava trajes exagerados demais, era alto demais, corpulento demais e tinha uma cor de pele asquerosa que se assemelhava a uma beringela ou a uma uva podre, com o queixo deformado e a cabeça careca que mais parecia o próprio vegetal da qual tinha a cor. No início, forçou uma aproximação ao confirmar que ficou sabendo do meu fracasso em Asgard – com exatamente estas palavras – e deduziu que eu estaria precisando de uma ajudinha. Muito ousado, tentando me conquistar pela minha "vulnerabilidade", um cara de pau e, convenhamos, um fofoqueiro. Porém, ele não estava totalmente errado, eu realmente havia ido ao seu encontro em busca de um auxílio que pudesse me deixar protegido o suficiente de Odin e todas as pragas que ele deveria ter jogado em mim.

     Não foi tão difícil assim fazer um acordo com o titã esquisito. Ele queria uma coisa da qual eu não fazia a menor ideia de onde estava até ele me dizer. E, assim, graças a sua boca grande, eu comecei a pensar em uma brilhante ideia, quase me desligando de seu monólogo sobre o que ele pretendia fazer quando conseguisse a tal coisa.

     Depois do seu extenso falatório – quase tão irritante quanto os de Violet –, ele me trouxe o Cetro, afirmando que me ajudaria na missão para encontrar a coisa. Sim, ele me entregou o Cetro de bandeja, sem pestanejar. Mas, eu teria que devolve-lo ao final da missão. O Cetro era literalmente um presente emprestado.

     Deixei que ele depositasse toda a sua confiança em mim, me curvei como um servo, como seu empregado. Foi humilhante, mas eu iria trai-lo, então deixei ele imaginar que éramos grandes aliados e que eu estava a seu serviço quando ele precisasse. Pobre coitado, com certeza ele pouco sabia sobre minha verdadeira reputação.

     Demorou menos do que eu esperava para concluirmos e acabei soando mais entusiasmado do que de costume quando fechamos nosso acordo. Confesso que me impressionou o fato dele não ter desconfiado de mim em nenhum momento. Um verdadeiro tolo, com muitas ambições e um incrivelmente poderoso exército sob seu comando. Todo aquele poderio e grandiosidade com certeza era sua forma de compensar outras coisas.

FLAMA VERDE QUE ARDE | LokiOnde histórias criam vida. Descubra agora