- Jungkook... - posso ouvir Jimin perder a fala ao ver a grande parede se abrir, revelando uma passagem secreta.
Seu interior não era simples, haviam grandes colunas onde caiam aguas por elas, e entre as mesmas, havia um corredor. Seria lindo, se eu não soubesse que por trás teria algo assustador.
Posso sentir um arrepio percorrer pela minha espinha, eu estava paralisado. Tinha medo do que poderia encontrar ali, tinha medo se eu conseguiria sair dali, sinto minhas pernas fraquejar enquanto eu observo a imensidão do lugar a minha frente.
Sinto um calor em minha mão, uma pele macia tocava nela. Olho para a mesma e vejo que Jimin havia entrelaçado seus dedos nos meus. Em seu rosto havia uma expressão tranquila e um sorriso simples. Como Jimin podia parecer tão calmo e positivo nesse momento? Sentir seu suporte me faz criar coragem outra vez. Sorrio de volta e aperto sutilmente sua mão, e seguida seguimos caminho por dentro daquele corredor.
Logo na entrada, eu me livro do manto que ainda estava vestindo, eu sabia que não precisaria mais dele.
O lugar era bem estreito e escuro, em momentos distintos, eu sentia Jimin tropeçar por falta de iluminação, o mesmo acontecia comigo. Segui em direção ao final, onde pude notar uma luz roxa que ligava a um cômodo.
- Jimin, sinto que é aqui... - digo enquanto tento alcançar seu braço. Mas ao invés de tocá-lo, minha mão paira no ar.
Me viro para trás esperando vê-lo, mas eu não o encontro, eu estava sozinho. Meu coração acelera ao pensar o que poderia ter acontecido com ele. Desesperadamente, começo a gritar seu nome por todo corredor enquanto retrocedo de volta ao inicio.
É quando eu encontro uma porta entre aberta, emitindo luz entre seu vão. Cuidadosamente eu a empurro, com medo do que poderia encontrar.
A porta de madeira abre por completo, revelando um pequeno cômodo azul com algumas paredes rabiscadas. Era incrivelmente parecido com o lugar onde encontrei Jimin. Meus olhos percorrem por todo o lugar, em busca de encontrá-lo, é quando eu o encontro de frente a um espelho, olhando fixamente seu reflexo.
- Jimin! - exclamo enquanto agarro seu braço. - Ainda bem que está aqui, pensei que tivessem te achado e... - percebo que Jimin não demonstrava nenhuma reação, apenas continuava intacto, como se estivesse hipnotizado.
Caminho então até parar em sua frente, onde percebo seu olhar perdido e uma única lagrima escorre pelo seu rosto. Tento balançá-lo para acordá-lo daquele transe, grito seu nome, porém sem resposta. Ele então direciona seu olhar para mim, e assustado ele recua com suas mãos em sua cabeça.
- Não, de novo não, eu prometo ser bom. - logo depois ele cai de joelhos e chora ainda mais.
- Jimin, sou eu, não vou te machucar. - digo me aproximando e tentando tocá-lo. Ele então dá um tapa em minha mão, em seguida se encolhe em um dos cantos da parede.
É então que percebo que eu já havia visto aquela cena, era exatamente igual quando eu o encontrei no carrossel. O mesmo olhar de medo, os braços abraçando suas pernas, seu corpo balançando para frente e para trás como tentativa de se acalmar. Olho ao redor, procurando o que poderia ter deixado daquela maneira. Era obvio, talvez tenha sido a grande semelhança do lugar com onde ele ficava antes, suas memorias devem estar vindo átona cada vez que ele olha esse lugar.
Me aproximo de Jimin, que permanecia no canto da parede, com seu rosto apoiado no joelho e seus braços envolvendo suas pernas.
- Jimin, eu não vou te machucar, eu prometi te tirar daqui, lembra? - estendo minha mão em sua direção.
Ele levanta sua cabeça lentamente, deixando notório seu rosto cheio de lagrimas. Por um tempo ele encara minha mão, soltando um sorriso de canto. Ele então estende sua mão e a entrelaça a minha, levantando logo em seguida.
- Jungkook? - ele pergunta agora de pé, porém cambaleando. - Minhas memórias então confusas, eu... parece que estou preso em algum lugar. - ele leva sua mão a sua cabeça.
- Não se esforce muito, suas memórias podem estar voltando, fique aqui até eu voltar. - digo me virando para saída, mas ele agarra meu braço.
- Não, eu vou com você. - abro a boca para contestar, mas ele nega com a cabeça antes que eu pudesse dizer qualquer palavra.
Apenas concordo com sua decisão, pego em sua mão e o guio para fora. De volta ao corredor, mas dessa vez segurando firmemente a mão de Jimin. Seguimos onde havia a luz roxa sendo emitida. Eu tinha um pouco de medo do que poderíamos encontrar, principalmente com a forma que Jimin estava, mas sabia que precisava seguir em frente.
A luz roxa levava a outra especie de corredor, onde as paredes eram feitas com tijolos pequenos e havia dois caminhos a seguir.
Ao seu lado direito, ele seguia por um longo caminho escuro, dando continuidade ao corredor, e ao lado esquerdo, havia uma porta. Ela era enferrujada, com algumas correntes arrebentadas ao seu redor e havia alguns desenhos nela.
No momento que eu a vejo, sinto um arrepio por todo meu corpo, era emitido uma sensação ruim dali, a mesma sensação esquisita que eu senti antes de encontrar Jimin pela primeira vez. Posso sentir o mesmo apertar minha mão com mais força, o que me faz olhar para trás rapidamente para checar se estava tudo bem. Sigo em direção da porta e me aproximo cuidadosamente, até alcançar a maçaneta. Aperto a mesma com certa força e a viro.
Era escuro demais para poder identificar o que havia lá dentro, as com um pouco de luz que vinha do corredor atrás, eu podia enxergar dificilmente alguns objetos espalhados pelo chão. Havia pacotes de balas e guloseimas espalhados por ele. Quando começo a entrar no lugar, Jimin solta minha mão, e fica parado na frente da porta, paralisado. Estendo a mão para ele vir comigo, mas ele nega com a cabeça.
Me viro de volta ao lugar, forçando mais ainda meus olhos para tentar enxergar melhor as coisas que haviam ali. Parecia ter brinquedos de criança quebrados espalhados por todo o chão.
É então que perto de uma caixa, eu escuto um som, me aproximo um pouco mais e consigo identificar que era um choro baixinho. Procuro ao redor da caixa e não encontro ninguém, olho em direção a porta para ver se era Jimin, mas ele continuava da mesma forma que estava. Resolvo então abrir a caixa, para ver se era ali.
Havia alguns brinquedos e cima dela e bastante poeira também. Começo a tirar tudo, tossindo por conta da poeira que saia dali. Então, cuidadosamente, eu abro a caixa.
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Spring Day • jjk + pjm
Fiksi Penggemar"Às vezes é difícil ver a verdade simples que está na sua frente. Você diz a si mesmo repetidamente que está fazendo a coisa certa. Mas e se a coisa certa for seguir aquele sentimento que você tem em seu intestino, Mesmo que isso signifique perder a...