Heejin

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Tema do RPG: Seres Sobrenaturais

Personagens principais: Heejin

Anos que foi escrito: 2017/2018

A criança chorava sozinha, solitária sem seus pais, seu pesaroso choro ecoava pelo grande local, seus pais em outro cômodo. Ao escutar o choro de seu filho, o jovem casal levanta do sofá onde estavam deitados e correm para o quarto da criança, parando apenas para abrir a porta.

-O que foi, James? O que aconteceu meu querido?

A mãe pergunta sem esperar por uma resposta, se inclina sobre o berço e pega o pequeno menino em seus braços, o embalando mas não conseguindo acalma-lo, seu pai passa então a olhar todos os detalhes do quarto do menino, seus tons azulados, seu tema de animais, seu berço branco em um dos cantos, uma cadeira de amamentar no outro, passa seus olhos novamente e enfim acha, o brinquedo favorito de seu filho, um ursinho de pelúcia de tamanho pequeno e forma de leão, o pegou do chão torcendo para ser o suficiente.

-James. Olha o que o papai encontrou. ... -ele fala em um tom infantil, se mantendo ao lado da mulher, em uma área onde a criança podia enxergá lo. -É.... o.... - ele o fala com um grande espaçamento entre as palavras para aumentar a curiosidade. -O Senhor Leão! -fala essa última rapidamente, colocando a pelúcia a frente da criança, mexendo os pulsos levemente e fazendo o ursinho mexer.

Para a surpresa de ambos, isso fez com que a criança parasse de chorar imediatamente, soltando uma pequena e pura risada que ecoou pelo ambiente até que encontrou a flor que estava na janela aberta, uma pétala vermelha da rosa se desprendeu e passou então a ser carregada pelo vento sem um rumo aparente.

A pétala foi levada por quilômetros e mais quilômetros até enfim chegar em seu destino, uma vila próxima ao mar, mas essa não era igual as outras, seus habitantes voavam e andavam por todo seu local com rapidez e habilidade, dando a sensação de ser um local agitado, mas seus moradores não eram humanos, suas longas asas, tamanhos diminutos e suas risadas finas, estridentes e amigáveis.

Quando a pétala apareceu no local, todos pararam de fazer o que estavam fazendo, observando atentos o intruso.

A pétala vou lentamente guiado para o chão, pairando levemente até que por fim, o tocasse. Assim que a folha modificada tocou no solo terroso do local, emanou uma forte luz branca cegante, para logo formar um pequeno bebê.

O silêncio reinou no local, quando as fadas mais velhas entenderam o que aconteceu, o choro do bebê a frente de todos é escutado, suas pequenas asas se abriram e ela abriu os olhos escuros, passando a olhar ao redor, uma fada corre até ela e a pega em seus colo, a acalmando.

[16 anos depois]

Heejin andava pela floresta, seu longo vestido de tons róseos pálidos tocando a barra no solo sujo do local, o fazendo adquirir um tom marrom, sujo e desprovido de beleza, suas asas finas e belas, fechadas em suas costas, seu rosto angelical olhando todos os detalhes da bela floresta, procurando o único ser que não gosta para que possa fugir.

Ela cresceu sozinha, assim que foi pega pela fada, foi posta em um orfanato e por ter nascido do modo que nasceu, ninguém a quis adotar, ela não os culpa, sua presença, a primeira fada a nascer da risada de uma criança há 500 anos, é vista como premonição, como algo ruim, por isso que ela também não se adotaria.

Mesmo entendendo a razão, ela fica um pouco chateada, sempre quis ser amada mas nunca o foi.

Agora com 16 anos, ela já abandonou o orfanato, vivendo em outro local, onde foi designada, com um homem chamado Richard, em realidade nunca falou com ele, então não sabe como ele é.

Ela estava assim, devaneando quando o viu, era pequeno mais mortal, suas penas em geral eram escuras, mas as de sua barriga eram ligeiramente mais claras, suas asas, longas, seu bico, afiado, uma ave estava no meio do caminho entre Heejin e sua casa e ela tem medo de tals animais.

Ela ficou sem reação, parou no local que estava, apreensiva com o que o animal ia fazer.

O seu medo é meio irracional, nunca lhe aconteceu nada que a fez adquirir esse trauma e medo, tanto que não se lembra quando começou a o ter, ela acredita que é assim desde pequena, mas nunca teve família para dizer se foi realmente assim.

Ela ainda observava o animal quando este levantou as asas para levantar vôo, ela não pensou duas vezes, com medo que ele a atacasse, ela começou a correr e só foi parar quando já estava aonde vive.

Ela sabe que tem asas e que podia ter ido para casa assim, mas todas as vezes que o fez levava bronca por o fazer por "uma criatura tão odiosa, não pode estranhar o céu com sua presença", sempre a falavam isso quando a viam voando.

Ela chega em sua moradia em pouco tempo, deixando a ave a muito tempo para trás, mas não para de correr até chegar em seu quarto.

Sabe que é extremamente grosseiro não ter cumprimentado seu colega de quarto, mas ela sempre sai logo após o sol nasce, para caminhar ou ir estudar ou ler e sempre volta quando o outro já saiu, passando o dia trancada no quarto, é sempre a primeira a dormir, mas ela não liga para isso, para falar a verdade, não tem o menor interesse de conhecê - lo, ela supôs que ele é igual a todas as outras fadas e ela não precisou dos outros, por que iria precisar dele?

Ela chega no quarto de ambos e como previsto, ele já havia saído, a deixando com um quarto vazio e bagunçado a sua frente.

Mesmo sendo uma fada, organização não é seu forte, na verdade, ela tem sua própria forma de organização, pode parecer bagunçado mas ela sabe onde tudo está, apesar disso, sua cama desorganizada e suas roupas jogadas pelo chão estão a tirando do sério.

O quarto parecia ser habitado por trolls tamanha sua desorganização, Heejin sabia que muito provavelmente havia influenciado o outro a bagunçar assim, ela se sentia culpada, por isso decidiu o fazer uma boa ação.

Ela, com o passo acelerado, se aproximou a cama mais próxima, a dela, arrumou suas cobertas de um tom claro de lilás sobre sua cama de madeira e logo correu para a cama do outro para fazer o mesmo.

Após terminar de arrumar as camas, recolheu as roupas do rapaz que se encontravam espalhadas por todo seu lado, as dobrando e deixando por cima da cama para que o outro ajeitar se, repetiu a mesma ação em seu lado do quarto, mas separou suas roupas limpas das sujas, guardando as limpas em seu guarda-roupas de um mogno escuro e deixou as sujas em seu cesto que estava no canto do quarto.

Recolheu por fim tudo que não pertencia a um quarto, copos, pratos e lixos, pegou tudo tentando equilibrar sem deixar nada cair, para então sair do cômodo, indo até a cozinha, onde coloca a louça e joga os lixos fora.

Antes de voltar para o quarto, pega a vassoura e a pá, quando chega lá, varre todo o lugar bem atentamente para deixar tudo brilhando.

Quando termina isso, faz a última coisa que faltava, arruma as mesas de ambos e os últimos detalhes que faltavam.

Terminando de arrumar o quarto, exausta se joga por cima de sua cama, tomando cuidado para deixar a barra de seu vestido para fora de sua cama.

Assim, de bruços, fechou seus olhos e adormeceu, cansada do dia que teve. Ela dormiu pacificamente sem ideia do que a aguardava no dia seguinte.

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