Heejin 3

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Tema do RPG: Seres Sobrenaturais

Personagens principais: Heejin

Anos que foi escrito: 2017/2018

TRIGGER WARNING: SEQUESTRO

Sentindo-se nua e vulnerável diante do outro, ela pede seu sobretudo, sabe que foi extremamente indelicada e imprudente ao pedir tal fato, mas tomando conta o fato de não ter nenhum machucado evidente, além de seus pulsos e tornozelos, acreditou que ele não iria reclamar, porque, além do mais, foi ele a causa de seu vestido destruído.

Ao escutar seu pedido, o rapaz a respondeu franzindo seu belo cenho, ganhando um aspecto confusamente adorável, ato que a sequestrada acreditou ser extremamente fofo, ficou até mesmo com vontade de apertar suas bochechas, ela estranhou se sentir desse modo, mas assumiu ser devido ao pouco tempo que decorreu desde ter sido liberada de sua prisão e ele é o primeiro contato que teve desde que deixou sua torre.

Um pequeno sorriso de apreciação se formou em seus finos lábios, quando o homem se agacha para pegar a vestimenta a qual ela pediu, sua inocência evitou que percebesse o brilho de malícia presente em seus olhos escuros e o meio sorriso em seus lábios, que se olhasse bem, conseguiria notar sua maldade e irritação, mas ela não notou nada disso, estava muito contente para se quer passar em sua mente que ele não queria a dar. "Você quer isso? " ela concorda com a cabeça, empolgada por ter sua peça de roupa de volta.

-Sim, oppa, Heejin quer isso. - Ela fala fofa, inflando suas bochechas com ar, fazendo aegyo inconscientemente.

Pode parecer superficial seu carinho pelas suas roupas, mas a garota não é tão simples assim, se fosse alguma outra garota e qualquer outra história de vida, tal ato poderia ser visto como superficialidade e como algo mesquinho e de alguma patricinha, mas isso não se aplica à Heejin, ela esteve presa em uma torre desde os seus cinco anos, com suas asas acorrentadas para que não fugisse.

Enquanto esteve presa, a fada teve que aprender tudo sozinha, desde cozinhar, a arrumar a sua casa e até mesmo costurar suas roupas. As que estava usando quando foi pega pelo loiro, foram costuradas por si quando tinha apenas seis anos e apesar dos pequenos erros presentes no sobretudo, essas vestimentas sempre haviam sido suas favoritas, por essa razão, ela esperou humildemente por anos para que seus tecidos macios enfim abraçassem o pequeno corpo dela, mas no primeiro dia que as usou, recebeu uma martelada em sua cabeça e foi drogada para que dormisse, para então, quando acordasse, fosse recebida com seu vestido destruído, o que a gerou uma dor extrema.

Para a surpresa da pequena, ele nega com a cabeça, pegando com as duas mão o tecido, que ela passou dias trabalhando, com um sorriso malicioso, começa a separar suas mãos, inicialmente as mechas negras do tecido se rompem lentamente, uma a uma lentamente, mas rápido o suficiente para seu coração se apertar, o tecido sendo rasgado emite um som alto, e para ela ensurdecedor, que ecoa no quarto silencioso, seu rosto perde a iluminação e contentamento que antes estava presente, seus olhos, agora cheios de lagrimas, incapazes de fitar o ato que ele faz, não entendendo porque ele tanto se alegra em fazê-la sofrer.

Ela volta seu rosto para suas mãos, que agora tremem, tentando a todo custo afastar o som que tanto a afeta, fecha seus olhos cheios de água, liberando os cristais líquidos em seu belo e esguio rosto, escutou, por fim, o barulho de tecido rasgando se finalizar e sendo substituído pela voz grossa e forte do seu sequestrador, a cada frase falada, ela percebe cada vez mais que ele a vê como seu pertence e ela talvez nunca mais veja o mundo como alguém livre.

A dor das correntes contra sua pele, que a foi esquecida devido a excitação de ter seu sobretudo, agora volta com uma dor excruciante, enquanto que ela segura sua respiração e fecha suas mãos em punho tentando controlar a dor que sente.

Turnos, Fichas e IdeiasOnde histórias criam vida. Descubra agora