Tema do RPG: Harry Potter
Personagens principais: Benedikt
Anos que foi escrito: 2019
Quando enfim param de comer, pega sua varinha de seu bolso, se concentrando e acenando com o pedaço de madeira, fazendo com que tudo se desfaça e volte para a cozinha. Benedikt fica em pé, indo até a mesa onde as duas garotas aula passada ficaram.
_-Vamos começar a aula então?_ -Ele se senta no balcão e novamente usa sua varinha para que suas coisas de poções se aproximem. _-Vou iniciar as contando uma história._ -Um sorriso, de quem sabe de tudo, se forma nos belos lábios do garoto. _-Peço que deixem suas opiniões e comentários para o final. Então aqui vamos nós:__"Era uma vez, há muito tempo, um rei e uma rainha jovens, poderosos e ricos, mas pouco felizes, porque não tinham concretizado maior sonho deles: terem filhos._
_— Se pudéssemos ter um filho! — suspirava o rei._
_— E se Deus quisesse, que nascesse uma menina! —animava-se a rainha._
_— E por que não gêmeos? — acrescentava o rei._
_Mas os filhos não chegavam, e o casal real ficava cada vez mais triste. Não se alegravam nem com os bailes da corte, nem com as caçadas, nem com os gracejos dos bufões, e em todo o castelo reinava uma grande melancolia._
_Mas, numa tarde de verão, a rainha foi banhar-se no riacho que passava no fundo do parque real. E, de repente, pulou para fora da água uma rãzinha._
_— Majestade, não fique triste, o seu desejo se realizará logo: Antes que passe um ano a senhora dará à luz uma menina._
_E a profecia da rã se concretizou, e meses depois a rainha deu a luz a uma linda menina._
_O rei, que estava tão feliz, deu uma grande festa de batizado para a pequena princesa que se chamava Aurora._
_Convidou uma multidão de súditos: parentes, amigos, nobres do reino e, como convidadas de honra, as treze fadas que viviam nos confins do reino. Mas, quando os mensageiros iam saindo com os convites, o camareiro-mor correu até o rei, preocupadíssimo._
_— Majestade, as fadas são treze, e nós só temos doze pratos de ouro. O que faremos? A fada que tiver de comer no prato de prata, como os outros convidados, poderá se ofender. E uma fada ofendida..._
_O rei refletiu longamente e decidiu:_
_— Não convidaremos a décima terceira fada — disse, resoluto. — Talvez nem saiba que nasceu a nossa filha e que daremos uma festa. Assim, não teremos complicações._
_Partiram somente doze mensageiros, com convites para doze fadas, conforme o rei resolvera.
No dia da festa, cada uma das fadas chegou perto do berço em que dormia a princesa Aurora e ofereceu à recém-nascida um presente maravilhoso._
_— Será a mais bela moça do reino — disse a primeira fada, debruçando-se sobre o berço._
_— E a de caráter mais justo — acrescentou a segunda._
_— Terá riquezas a perder de vista — proclamou a terceira._
_— Ninguém terá o coração mais caridoso que o seu — afirmou a quarta.
_— A sua inteligência brilhará como um sol — comentou a quinta._
_Onze fadas já tinham passado em frente ao berço e dado a pequena princesa um dom; faltava somente uma (entretida em tirar uma mancha do vestido, no qual um garçom desajeitado tinha virado uma taça de sorvete) quando chegou a décima terceira, aquela que não tinha sido convidada por falta de pratos de ouro._
_Estava com a expressão muito sombria e ameaçadora, terrivelmente ofendida por ter sido excluída. Lançou um olhar maldoso para a princesa Aurora, que dormia tranqüila, e disse: — Aos quinze anos a princesa vai se ferir com o fuso de uma roca e morrerá._
_E foi embora, deixando um silêncio desanimador e os pais desesperados._
_Então aproximou-se a décima segunda fada, que devia ainda oferecer seu presente._
_— Não posso cancelar a maldição que agora atingiu a princesa. Tenho poderes só para modificá-la um pouco. Por isso, Aurora não morrerá; dormirá por cem anos, até a chegada de um príncipe que a acordará com um beijo._
_Passados os primeiros momentos de espanto e temor, o rei, decidiu tomar providências, mandou queimar todas as rocas do reino. E, daquele dia em diante, ninguém mais fiava, nem linho, nem algodão, nem lã. Ninguém além da torre do castelo._
_Aurora crescia, e os presentes das fadas, apesar da maldição, estavam dando resultados. Era bonita, boa, gentil e caridosa, os súditos a adoravam._
_No dia em que completou quinze anos, o rei e a rainha estavam ausentes, ocupados numa partida de caça. Talvez, quem sabe, em todo esse tempo tivessem até esquecido a profecia da fada malvada._
_A princesa Aurora, porém, estava se aborrecendo por estar sozinha e começou a andar pelas salas do castelo. Chegando perto de um portãozinho de ferro que dava acesso à parte de cima de uma velha torre, abriu-o, subiu a longa escada e chegou, enfim, ao quartinho._
_Ao lado da janela estava uma velhinha de cabelos brancos, fiando com o fuso uma meada de linho. A garota olhou, maravilhada. Nunca tinha visto um fuso._
_— Bom dia, vovozinha._
_— Bom dia a você, linda garota._
_— O que está fazendo? Que instrumento é esse?_
_Sem levantar os olhos do seu trabalho, a velhinha respondeu com ar bonachão:_
_— Não está vendo? Estou fiando!_
_A princesa, fascinada, olhava o fuso que girava rapidamente entre os dedos da velhinha._
_— Parece mesmo divertido esse estranho pedaço de madeira que gira assim rápido. Posso experimentá-lo também?_
_Sem esperar resposta, pegou o fuso. E, naquele instante, cumpriu-se o feitiço. Aurora furou o dedo e sentiu um grande sono. Deu tempo apenas para deitar-se na cama que havia no aposento, e seus olhos se fecharam. Na mesma hora, aquele sono estranho se difundiu por todo o palácio._
_Adormeceram no trono o rei e a rainha, recém-chegados da partida de caça. Adormeceram os cavalos na estrebaria, as galinhas no galinheiro, os cães no pátio e os pássaros no telhado. Adormeceu o cozinheiro que assava a carne e o servente que lavava as louças; adormeceram os cavaleiros com as espadas na mão e as damas que enrolavam seus cabelos. Também o fogo que ardia nos braseiros e nas lareiras parou de queimar, parou também o vento que assobiava na floresta. Nada e ninguém se mexia no palácio, mergulhado em profundo silêncio._
_Em volta do castelo surgiu rapidamente uma extensa mata. Tão extensa que, após alguns anos, o castelo ficou oculto. Nem os muros apareciam, nem a ponte levadiça, nem as torres, nem a bandeira hasteada que pendia na torre mais alta._
_Nas aldeias vizinhas, passava de pai para filho a história da princesa Aurora, a bela adormecida que descansava, protegida pelo bosque cerrado. A princesa Aurora, a mais bela, a mais doce das princesas, injustamente castigada por um destino cruel._
_Alguns cavalheiros, mais audaciosos, tentaram sem êxito chegar ao castelo. A grande barreira de mato e espinheiros, cerrada e impenetrável, parecia animada por vontade própria: os galhos avançavam para cima dos coitados que tentavam passar: seguravam-nos, arranhavam-nos até fazê-los sangrar, e fechavam as mínimas frestas._
_Aqueles que tinham sorte conseguiam escapar, voltando em condições lastimáveis, machucados e sangrando. Outros, mais teimosos, sacrificavam a própria vida._
_Um dia, chegou nas redondezas um jovem príncipe, bonito e corajoso. Soube pelo bisavô a história da bela adormecida que, desde muitos anos, tantos jovens a procuravam em vão alcançar._
_— Quero tentar também — disse o príncipe aos habitantes de uma aldeia pouco distante do castelo._
_Aconselharam-no a não ir. — Ninguém nunca conseguiu! Outros jovens, fortes e corajosos como você, falharam... Alguns morreram entre os espinheiros... Desista!_
_Muitos foram, os que tentarem desanimá-lo._
_No dia em que o príncipe decidiu satisfazer a sua vontade se completavam justamente os cem anos da festa do batizado e das predições das fadas. Chegara, finalmente, o dia em que a bela adormecida poderia despertar._
_Quando o príncipe se encaminhou para o castelo viu que, no lugar das árvores e galhos cheios de espinhos, se estendiam aos milhares, bem espessas, enormes carreiras de flores perfumadas. E mais, aquela mata de flores cheirosas se abriu diante dele, como para encorajá-lo a prosseguir; e voltou a se fechar logo, após sua passagem._
_O príncipe chegou em frente ao castelo. A ponte elevadiça estava abaixada e dois guardas dormiam ao lado do portão, apoiados nas armas. No pátio havia um grande número de cães, alguns deitados no chão, outros encostados nos cantos; os cavalos que ocupavam as estrebarias dormiam em pé._
_Nas grandes salas do castelo reinava um silêncio tão profundo que o príncipe ouvia sua própria respiração, um pouco ofegante, ressoando naquela quietude. A cada passo do príncipe se levantavam nuvens de poeira. Salões, escadarias, corredores, cozinha... Por toda parte, o mesmo espetáculo: gente que dormia nas mais estranhas posições._
_O príncipe perambulou por longo tempo no castelo. Enfim, achou o portãozinho de ferro que levava à torre, subiu a escada e chegou ao quartinho em que dormia A princesa Aurora._
_A princesa estava tão bela, com os cabelos soltos, espalhados nos travesseiros, o rosto rosado e risonho. O príncipe ficou deslumbrado. Logo que se recobrou se inclinou e deu-lhe um beijo._
_Imediatamente, Aurora despertou, olhou par ao príncipe e sorriu._
_Todo o reino também despertara naquele instante. Acordou também o cozinheiro que assava a carne; o servente, bocejando, continuou lavando as louças, enquanto as damas da corte voltavam a enrolar seus cabelos.O fogo das lareiras e dos braseiros subiu alto pelas chaminés, e o vento fazia murmurar as folhas das árvores. A vida voltara ao normal. Logo, o rei e a rainha correram à procura da filha e, ao encontrá-la, chorando, agradeceram ao príncipe por tê-la despertado do longo sono de cem anos._
_O príncipe, então, pediu a mão da linda princesa em casamento que, por sua vez, já estava apaixonada pelo seu valente salvador. Eles, então, se casaram e viveram felizes para sempre!"_Ao terminar de falar, respira fundo e toma um gole do copo de água ao seu lado, umidecendo sua garganta seca.
_-Alguma de vocês pode me dizer a razão de eu ter contato esse conto? O que ela tem haver com nossa aula?_
Inconscientemente, o garoto passa sua mão por seu cabelo, o bagunçando, enquanto fala e fita as duas em seus olhos, de forma carinhosa, esperando sua resposta.
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Turnos, Fichas e Ideias
General FictionConjunto de turnos escritos por mim no decorrer de meus anos jogando rpg . Os turnos podem ou não pertencer ao mesmo rpg, dessa forma, o assunto e tema de cada um pode se alterar. De inicio pensei em ser apenas turnos (não só os meus) de um rpg espe...