Turnos, Fichas e Ideias

Siyeon 1

Tema do RPG: Não sei explicar

Personagens principais: Siyeon

Anos que foi escrito: 2017

Siyeon foi tirada de sua casa quando era bem nova, ela não lembrava de seus pais, nem mesmo de seu planeta e muito menos de sua idade e até mesmo de que país era originalizada, a única coisa que recorda é que sua relação com sua família não era uma das melhores, pois era sempre deixada de lado, sozinha, em casa, mas o que uma criança de 7 anos entende sobre isso?

Um dia a morena acordou em um quarto completamente diferente ao que foi dormir, suas paredes lilás claras, foram transformadas em um tom branco acinzentado, as suas estantes, que antes estavam repletas de livros e bonecas empilhadas, demonstrando a falta de seus pais e suas tentativas de a recompensa-la com objetos materiais, desapareceram, deixando suas paredes com um vazio que a entristecia, aquelas estantes eram sua vida, por fim, sua cama, que antes era grande e confortável, que lembrava uma cama de princesa, fora transformada em uma cama branca e igualmente confortável, mas não era a dela, nada era dela, imediatamente ela se sentiu vazia, a vida não é regida por objetos materiais, mas a dela era, mesmo não sendo consumista, seus objetos completavam a sua carência de pais e significavam o afeto que eles sentiam por ela, ao perder tudo isso foi como se tivesse tirado a sua vida, uma coisa forte para uma pequena criança pensar. Não sabia aonde estava e queria voltar para onde suas coisas estavam. Após um tempo neste local ela descobriu a razão por qual se encontravam lá e não se importou mais, e assim se deu os próximos anos de dua vida, treinava, fazia algumas atividades como lazer e então ia para os braços quentes de Morfeu, apenas isso, todos os dias, as vezes elq sentia falta de sua família, sua casa, seus benefícios, mas era só piscar os olhos ou abanar a cabeça que esta saudade se esvaia e se escondia atrás de seus olhos e ela parava de ligar. Ela não mais ligava.

Assim, os anos seguiram até que se mudassem novamente, mas dessa vez ela não era mais uma pequena criança, já havia crescido, já era matura e seu corpo já havia se transformado. Sua idade? Ela também não sabe e tão pouco se importa, há muito tempo que não o comemorava, quando ainda estava com seus pais, seu aniversário era seu dia favorito no ano inteiro, mas não por uma razão superficial como ganhar presentes, mas sim por ser o único dia em que ela via seus pais e estes prestavam atenção a ela completamente, uma das coisas ruins de ser de uma família rica, quando ela se "perdeu" deles, comemorar seu aniversário se tornou algo inútil e sem propósito e logo parou de faze-lo, mas ela não se importava, aniversário são inúteis, por que alguém em sã consciência iria querer contar quantos anos está vivo sabendo que sua mera, frívola e imprestável vida pode acabar a qualquer instante?

O único momento em que esteve meramente contente e a fez se sentir satisfeita consigo mesma e um pouco completa novamente foi durante a cerimônia. Siyeon sabia, sabia que não era tão bela como as outras e não era tão forte como as outras, ela sabia que não era a melhor guerreira e muito menos a melhor princesa, ela cresceu sozinha, sendo guiada pelos seus desejos infantis e por criados que a obrigavam a fazer coisas, por isso ela não agia como uma princesa devia agir e apesar de todos os anos de treinamento que teve, e de todas as lutas que aprendeu e armas que sabe apunhalar, ela nunca é páreo para as outras, sempre foi a mais fraca entre todas, no início não se importava com isso, mas conforme cresceu e se adaptou a tudo aquilo, percebeu que era inútil e que não era tão boa quanto as outras, a partir daí ela treinou mais, se esforçou mais, perdeu inúmeras horas de sono que jamais recuperará, mas ela não se importou contanto que melhorasse e assim o fez, se tornou aceitável em diversas armas mas nunca foi especialmente boa com nenhuma delas, a única coisa que ela é mais que as outras é ágil, mas o que isso altera em uma luta? Não ajuda nada ser rápida mas não saber empunhar uma arma corretamente como se fosse parte de si.