Adelaide 16 (1 em outro RPG)

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Tema do RPG: Harry Potter

Personagens principais: Adelaide

Anos que foi escrito: 2020

Adelaide ainda sente as amarras em seu braços e pernas, cada vez mais doloridos e apertados conforme seu corpo descontrolado tenta se matar. Ela odeia seu próprio aniversário. E aquele havia sido o primeiro que teve que superar sem a presença de sua família ou professores competentes para a ajudar, prender em algum lugar e a proteger de si mesma.

      De fato, a maldição pelo qual sofre é perfeita, não pode ser detectada ou curada, atinge só as garotas Hess e pune toda a família por um ato feito por um antepassado. A alemã não entende como alguém pode ser vingativo o bastante para punir até descendentes por um fato tão minúsculo que já foi esquecido. Ela só entende que seu corpo tem uma incrível facilidade para falecer e uma vez, durante seu aniversário, é como se uma presença a possuísse com o único propósito de a fazer se suicidar. É horrível.
      Em um aniversário comum, seus irmãos, pais e até professores (os de Durmstrang), a guiam durante a noite, minutos de seu aniversário, até um cômodo que havia sido ajeitado para ela. Sem nada que ela possa usar para se machucar, tudo está vazio a não ser uma cadeira presa no chão em que vai ser amarrada. A partir daí, ela passa as 24h seguintes sendo vigiada em rondas, para que alguém sempre esteja com ela mas para que todos possam descansar.
      Em Hogwarts, não tinha seus irmãos, nem professores aptos para tal e muito menos amigos que a possam ajudar. O que deixou com apenas uma alternativa. Preparar uma sala, deixando apenas uma cadeira lá e usar um feitiço para a prender no chão. Quando preparada, ela sentou no lugar, usando outro feitiço para a prender e largou sua varinha, para que não a alcance e não a use. Pelo resto de seu tempo consciente, torceu para que conseguisse se soltar depois. O pavor de estar sozinha e a horas de morrer a afetou profundamente, passou a olhar ao redor ansiosa, se mover sem parar e morder os próprio lábios. Quando enfim a escuridão veio, foi quase como uma benção, a evitando de pensar sobre uma possibilidade muito concreta.
      Quando finalmente voltou para si, estava mais amarrada que antes, seus músculos gritavam de dor e sua garganta ardia como se houvesse passado todo o tempo aos berros. Inebriada pela exaustão, a escuridão volta a cobrir e ela desmaia.
      Quando acorda pela segunda vez, o sol já estava surgindo mo horizonte. Os raios solares entrando gradual e teimosamente na sala a permitiram analisar o que aconteceu. Está cheia de hematomas, seus braços e pernas em um color roxo de uma forma extraordinária, de uma cor que nunca ficaram nos anterioes, a assuntou. No entanto, o que mais gerou pavor em seu coração foi sua perna direita estirada, quebrada e perto de sua varinha. Quase havia alcançado. Um calafrio sobe por suas entranhas e costas. A possibilidade de o que ela poderia ter feito com a varinha em suas mãos, a aterrorizam até hoje, poucos meses depois.
      Se Adelaide analisar seus pulsos, ainda é capaz de distinguir um tom arroxeado, um dos muitos lugares que ainda não se curaram totalmente desde sua quase morte.
       Para esconder tudo aquilo, ela volta a empurra a manga longa de sua camisa do uniforme, cobrindo qualquer marca roxa em qualquer lugar de seu corpo. Sem pestanejar, muda a página do livro em sua mesa, voltando a o ler e copiar tudo de importante para um de seus pergaminhos.
       A biblioteca a acalma profundamente, o silêncio e pouco número de pessoas a permite fechar seus olhos e se imaginar em outros lugares, em sua casa, em uma loja qualquer e até Durmstrang sendo alguns desses lugares.

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