Maeve Walsh tinha a vida dos sonhos em Nashville. Era popular, capitã das líderes de torcida, namorava o cara mais gato do colégio e ainda era a filha perfeita. Mas então, no dia do baile de formatura, tudo que Maeve sonhara para seu futuro em Nashv...
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Ela me deixou.
Ela me deu as costas e me deixou.
Ainda estou parado na frente da igreja desde que ela se foi, sem vontade ou coragem para me mover.
Vejo Lucian passar por mim e seguir na direção em que Maeve passou há alguns minutos.
As palavras de Maeve martelavam em minha cabeça, eu sei que minhas atitudes não foram bem vistas por ninguém, mas eu nunca quis magoar ninguém.
— Ethan – ouço meu nome ser chamado, ao me virar, vejo Sarah em seu vestido de noiva parada na porta da igreja – Os convidados estão esperando, você e a Maeve conversaram, agora volta para o nosso casamento.
Eu a olho, surpreso.
Ela não entendeu.
— Não, Sarah, não vai ter mais casamento – falo de forma calma e obvia – Você não entende? – eu a olho – Eu amo a Maeve e eu peço desculpas por ter te dado alguma esperança de que isso... – enfatizo ao apontar para nós – ia dar certo. Nós não fazemos bem um ao outro, eu não se sinto feliz com você e isso não é culpa sua – esclareço – É minha, eu achei que deveria ficar com você porque você me ajudou quando tudo aconteceu, eu achei que iria te fazer bem, que era o que você queria. E até era, mas eu duvido que tenha sido nas circunstâncias que foram. – pontuo – Eu não fiquei com você porque eu quis, fiz porque achei que era o certo e agora, neste exato momento, eu vejo a que ponto eu cheguei.
— A que ponto você chegou? – cruzou os braços frente ao peito
— Levar alguém que eu não amo para o altar – vejo o olhar de Sarah vacilar por um momento
— Então é isso? – ela me encara – Você não me ama?
Respiro fundo antes de responde-la porque eu não queria chegar ao ponto que cheguei, nem mesmo magoa-la. Mas sou idiota o bastante para magoar não só a mim e a Sarah, mas a Maeve e todos ao meu redor.
— Não, e eu sinto muito por isso, mas não sinto por estar terminando com você agora. – ela me encara, confusa – Você foi sórdida e cruel comigo durante esses meses, me manipulava e eu, para não te decepcionar, aceitava. – exponho – Eu não vou viver assim, eu não posso levar uma vida em função de agradar alguém que não seja eu. Sinto muito por te magoar, só que agora, vendo a mulher que eu amo me dar as costas e jogar na minha cara o quão ruim é o que eu estou fazendo com você, eu concluo que não posso mais fazer isso. Eu não tinha nem que ter começado.
Sarah mantem seus olhos em mim, mas não me responde.
— Eu sinto muito – digo e então é a minha vez de dar as costas a ela e seguir em direção ao meu carro.
Guio pelas ruas até o bar, não queria ir para casa porque sei que em poucos momentos Sarah vai até lá tirar suas coisas de lá.
