Maeve Walsh tinha a vida dos sonhos em Nashville. Era popular, capitã das líderes de torcida, namorava o cara mais gato do colégio e ainda era a filha perfeita. Mas então, no dia do baile de formatura, tudo que Maeve sonhara para seu futuro em Nashv...
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Eu tive medo.
Medo dela me ignorar, medo dela me chutar, medo dela me afastar.
Medo dela não querer me ver mais.
Eu passei o último mês tomando coragem para finalmente procura-la. Eu errei, magoei ela e eu sabia que isso ia acontecer, ela me pediu um tempo e eu a dei, e usei esse tempo pra mim também, pra entender o meu erro, me perdoar por ter magoado ela e me colocar como prioridade na minha vida, queria estar seguro para falar com ela porque sei que vai doer.
Assim que a vejo, meu coração para de bater por um momento e volta a bombear freneticamente, não a vejo há tanto tempo que meu peito chega a doer. Procuro seus olhos de longe, mas ela não me olha nos olhos, Maeve está parada no mesmo lugar há alguns minutos e eu a vejo respirar fundo.
Sei como ela se sente porque me sinto igual.
Minha respiração se torna ofegante e entrecortada quando Maeve dá um passo em minha direção, meu coração bate forte em meu peito. Quando a morena para na minha frente e finalmente olha em meus olhos, analiso seu rosto, mas não consigo descobrir o que sua feição quer me dizer, por isso eu me pronuncio:
— Acho que precisamos conversar
Maeve abre a boca levemente e eu a vejo engolir em seco, ela leva um tempo para me responder.
— Eu preciso trabalhar – argumenta – E você também
— Dia de conselho de classe, trabalhei até o meio dia só e eu liguei para Joel... – declaro e ela semicerra os olhos
— Você ligou para o meu chefe?
— Foi por um motivo importante – explico, a garota desvia seus olhos dos meus por um instante, toco seu cotovelo em um sinal de que ela me deixe falar, sinto a pele dela se arrepiar com meu toque e Maeve olha para minha mão em seu braço e então me olha
— Como chegou aqui? – ela pergunta em uma tentativa falha de não tocar no assunto
— Uber – digo antes de voltar ao assunto que me trouxe até aqui – Precisamos conversar, mas não aqui – aviso
Estendo minha mão em direção a garota e espero que ela me entregue as chaves do carro e ela o faz, mas afasta sua mão rapidamente da minha caminhando até a porta do passageiro, dou a volta no carro e me sento no banco do motorista, espero que Maeve se acomode ao meu lado para então sair do estacionamento do campus e dirigir até um lugar que queria ter a levado enquanto estávamos juntos.
Levo cerca de quarenta minutos até o Lake Iowa Park, passei muitos dos meus finais de tarde indo até a frente do lago para pensar em tudo que aconteceu nesses nove meses e eu queria leva-la até lá para que, talvez, ela sinta o que eu senti enquanto estive lá.
