chapter thirty six

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     É tão estranho estar no Iowa e não ir direto ao lugar em que eu morei por meses antes do acidente

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     É tão estranho estar no Iowa e não ir direto ao lugar em que eu morei por meses antes do acidente.

     Mais estranho ainda é saber que estou aqui e não vou ver aquele com quem eu passei dias incríveis e quem eu ainda amo.

     Não, eu não vou ver aquele cara.

— Você tem certeza disso? – minha amiga pergunta pela terceira vez

— Sim, eu tenho certeza

— Mas, Mae... – eu a interrompo

— Tá tudo bem, Char, eu prometo, vai dar certo – minha amiga suspira

— Eu vou estar do seu lado – avisa

— Eu sei disso, você sempre esteve – sorrio e seguro sua mão

—Já que você está certa disso, podemos ir

     Estamos eu e minha família hospedados em um hotel na cidade, mamãe disse que queria que eu ficasse por perto, já que eu não volto mais para Nashville.

     Sigo minha amiga até o lado de fora do prédio, onde ela me espera com aquilo que eu mais senti saudade nesses meses.

— Meu Camaro – grito ao ver meu carro linfo e reluzente bem na minha frente – Caralho – passo a ponta dos dedos na lataria e sorrio

— Achei que iria gostar de ter seu carro e dirigir até lá – minha amiga sorri, me apresso em abraçá-la e dar a volta no carro, me acomodando no banco do motorista.

     Quase me esqueço de para onde vou quando dirijo meu carro maravilhoso, ouvir o ronco do motor, sentir o vendo nos meus cabelos...

     Ah, que saudade.

     Paro em uma das vagas próximas ao meu lugar de destino e caminho, a passos lentos, até a entrada.

     Estou quase andando cem por cento, mais um mês e eu estou andando como antes. Na metade do segundo mês eu consegui caminhar sem o apoio das barras e hoje eu caminho, devagar, mas sozinha.

     Paro em frente à entrada e é ali que eu sinto a realidade me corroer.

     Eu morri por quase cinco meses.

     Eu não deveria estar aqui.

     Encaro as portas fechadas e expiro, é o que eu quero e preciso fazer.

— Você tem certeza? – Charlise me olha – Ainda é muito recente, você não precisa fazer isso agora – aconselha

— Preciso sim – assinto e então puxo a porta que dá entrada ao campus da faculdade

     Caminho junto de Charlise até a sala da reitoria aviso a secretária que tinha marcado hora com o Reitor da faculdade. Alguns minutos depois, o coordenador nos chama:

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