chapter forty six

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     Hoje eu e Maeve estaríamos fazendo um ano juntos

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     Hoje eu e Maeve estaríamos fazendo um ano juntos.

     É estranho pensar em como as coisas mudam completamente em menos de um ano e é pior pensar que toda essa mudança é minha culpa, contudo, beijar Maeve à meia noite foi insano, eu sei, mas ao mesmo tempo foi a melhor coisa que poderia acontecer.

     Ela se entregou a mim e eu senti em seus lábios que ela ainda me ama.

     Era inegável.

     E mesmo que ela diga que nosso amor já foi vivido por completo, é mentira e eu provei isso a ela com aquele beijo, ainda causo o mesmo efeito de antes em seu corpo, se não mais.

     De qualquer forma, isso não pareceu mudar nada. Maeve não me respondeu, não me procurou e eu realmente não sei o que pensar.

     Volto a realidade quando o lápis que estava em minha mão cai, estou revisando uma adaptação de Romeu e Julieta para meus alunos atuarem na peça da escola, eles estão animados e eu também, pulo toda e qualquer cena de beijo para apenas um abraço para simbolizar o amor entre as personagens.

     Estou no bar porque precisava esperar chegar alguns pedidos de bebidas e acabei ficando por aqui para analisar a peça. Ouço a porta dos fundos bater e isso chama minha atenção, Peter e Robert estão trabalhando e não sei de ninguém que viria até aqui com o Bar fechado, saio do escritório pronto para expulsar seja quer for, mas, ao chegar no andar de baixo, eu paro, pisco algumas vezes para ter certeza que não estava alucinando.

— A gente pode conversar? – ela diz ao me olhar

     Levo algum tempo para enfim assentir e apontar para um dos bancos próximos as mesas de sinucas. Maeve se senta e antes que eu o faça, pergunto:

— Quer beber alguma coisa? – ofereço a fim de quebrar o clima estranho que paira sobre nós

— Nada de álcool – ela diz com um meio sorriso, vou até uma das geladeiras e pego duas latas de coca e volto a me sentar ao seu lado — Então... — digo após alguns segundos

— Eu não sei se o que eu vou dizer vai fazer sentido, mas eu preciso ser sincera – ela me olha e morde o canto do lábio, concordo com a cabeça e ela expira antes de voltar a falar – Não sei como isso aconteceu e eu realmente não queria que fosse tão fácil e me surpreendi na mesma intensidade em que me odiei por isso – admite e isso me deixa apreensivo porque ela parece estar falando sobre nosso relacionamento como um erro – Quando o convite do seu casamento chegou na casa dos meus pais, eu fui a primeira pessoa a ver e não soube como reagir, era um misto de tudo, eu estava triste, brava, frustrada e culpada. – ela me olha – Eu me senti culpada por isso, por tudo – assume, tenho vontade de abraça-la e dizer que nada era culpa dela, mas não faço – Eu estava certa que não queria ver você se casar, e eu definitivamente não ia ao casamento, mesmo depois de ter ganhado aquele vestido lindo da Amanda, eu não queria ver que tinha te perdido – ela pausa –, mas eu precisava. – afirma – E foi por isso que eu apareci naquela igreja – esclarece ao me olhar – Eu fui até lá só pra ter certeza que tinha acabado, eu estava chateada e me sentindo traída – sinto meu peito se torcer por pensar no que eu causei a ela – E, pra minha surpresa, ao invés de ter vontade de socar sua cara ao te ver, eu quis correr até você e te abraçar, eu quis dizer que não importava o que tinha acontecido quando eu não estive mas sim o que a gente faria junto quando eu voltei e isso me assustou – confessa e eu a olho um tanto confuso – Eu sou rancorosa, Ethan, não perdoo fácil e posso levar anos para perdoar, como foi com Lucian. Eu não sou assim, eu não tinha que te perdoar na hora em que te vi – me encara – Mas eu perdoei – ela desvia seus olhos para o chão e os mantem lá

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