Almost Love - Volume 1 | ✓

Capítulo Trinta

Odeio as sextas-feiras na casa da Chloe. Porque uma boa foda com Blake é seguida de um fim de semana longo de muita masturbação, e uma semana extensa em que não vou ver Blake. E como eu vou aguentar ficar duas semanas sem ver ele, já que Chloe quer dormir na minha casa na próxima semana?

Isso não está funcionando. Não posso me encontrar com ele só na sexta-feira de madrugada, na cozinha da casa dele - que também é a casa da minha melhor amiga. Sei que vou ao encontro dele, mesmo sabendo que não deveria, mas não deixo de pensar no risco que corremos. E se um dia a mãe dele nos pegar? Ou Chloe?

Precisamos de um lugar melhor para os nossos encontros. Mas onde?

Estou pensando tudo isso na manhã seguinte, quando estou indo embora do apartamento da Chloe, esperando o elevador chegar ao andar dela. Assim que soa o apito avisando que ele chegou e a porta pesada se abre, eu entro no elevador vazio e aperto o botão do térreo. Antes que as portas se fechem, outra pessoa também entra. Ninguém menos que o garoto que está nos meus pensamentos.

Blake.

Um sorrisinho involuntário surge no meu rosto, fazendo minhas bochechas arderem. Ele sorri de lado, daquela forma sexy que faz minha calcinha ficar molhada e aperta o botão para fechar as portas - sem nem olhar para o painel - de frente para mim.

O que ele está fazendo aqui? É a primeira coisa que vem a minha cabeça. Sempre saio cedo da casa da Chloe, depois de tomar o café. E tanto ele, quanto a sua mãe, estão apagados em seus quartos. Chloe diz que nenhum dos dois acorda antes do meio dia. Então, o que Blake está fazendo, pegando o elevador às 11h da manhã?

Nenhum de nós fala nada no primeiro momento. O que é estranho, se levarmos em consideração que estávamos transando em cima da mesa há apenas umas horas atrás.
Blake se encosta na parede de metal ao meu lado, e posso sentir seu olhar sobre mim, me deixando mais quente.

- Está indo pra casa? - ele é o primeiro a falar, com uma voz tão macia, que me deixa arrepiada de tesão.

Assinto, timidamente.

- Sim - falo, quando me sinto muito idiota por estar sendo tão tímida - estou indo pra casa.

Voltamos a ficar em silêncio. Olho os números do painel mudando devagar, diminuindo em direção ao térreo.

- Quer uma carona? - a voz dele vem junto com sua mão na minha bunda. Por baixo da minha saia.

Acho que gozei só dele me tocar.

Sei que Blake tem um carro, porque Chloe já me falou isso uma vez, até me mostrou ele estacionado na garagem do prédio, dizendo que achava aquela "lata velha" um lixo, e odiava como o irmão nunca queria dar carona pra ela naquela coisa, que ele amava mais do que a si mesmo.
Palavras dela, não minhas.

Olho para Blake, vendo um sorrisinho malicioso em seus lábios. Sua mão ainda está na minha bunda, e eu sei exatamente o que essa "carona" significa.

- Claro - aceito, porque é o que eu quero também.

Ele alarga mais o sorriso de lado, ficando muito mais sexy.

Quando o elevador para no térreo, nós dois saímos. Blake pega a minha mão, e eu literalmente penso que vou morrer de felicidade. Ele me leva em direção a garagem à céu aberto, passando pelos carros estacionados dos outros moradores, até chegar ao seu. É um carro antigo, mas não concordo com a Chloe em chamá-lo de lata-velha. Ele até que está bem conservado, e suponho que Blake deve mantê-lo sempre em bom estado, se o ama tanto quanto a irmã afirma que sim.

Ele abre a porta do carona para mim e depois dá a volta no carro pra se sentar no lado do motorista. Coloco minha mochila nos meus pés, pensando se deveria estar usando algo mais sexy. Como sempre vimos da escola direto para a casa da Chloe quando vou dormir lá, sempre estou com o uniforme, e nunca me preocupo em levar roupa, já que ela me empresta para dormir. Por isso, no dia seguinte, acabo voltando pra casa de uniforme também.