Dou meia-volta e estou pronta para marchar em direção a minha amiga piranha e soltar toda minha raiva em cima dela, quando dou de cara com alguém com quem não falava há um bom tempo.
- Perrie! - ele fala meu nome como se fosse uma coisa doce e sorri para mim.
- Duncan - meu coração derrete um pouquinho em ver ele, e nem sei direito como explicar isso.
Depois daquela breve conversa que tivemos na escola, nunca mais nos falamos. Então Chloe veio com aquele papo de não repetirmos os pratos e Blake entrou na minha vida, e assim nossos caminhos ficaram mais distantes.
Pelo menos, até agora.
Duncan continua tão bonito quanto nos dias em que a gente se pegava no banheiro da escola e parece que foi há muito tempo. Seu cabelo longo parece ter crescido uns centímetros, e chega a quase bater nos ombros, o que só o deixa mais lindo. Sem falar no rostinho fofo que me faz querer sorrir toda vez que o vejo.
- Nossa, que legal te encontrar aqui - ele diz, com as mãos nos bolsos da frente do jeans, sem parar de sorrir.
Tão lindo.
- Eu digo o mesmo - falo, o que é a verdade.
Nós ficamos nos olhando como dois bobos por mais um tempo, até ele falar de novo.
- Quer beber alguma coisa? Podemos ir para um lugar mais reservado e... conversar - ele sugere. Sei que ele disse isso só para ser gentil. Que na verdade, ele está pensando a mesma coisa que eu. Para nos pegarmos.
- Claro - eu aceito o seu convite, com um olhar malicioso que diz claramente que eu quero mais do que conversar.
Passamos pela cozinha abarrotada de gente dançando, se embebedando e transado. Duncan, muito gentil, serve minha bebida. Algo forte, mas nem um pouco azedo como a cerveja. Juntos, nos esprememos pelos corpos suados e bêbados que parecem ter aumentando mais da hora que cheguei para cá. Duncan pega na minha mão, para não me perder na multidão - o que eu acho fofo - e me leva por um corredor onde ficam os quartos. Há tanta gente se agarrando pelos cantos da casa, que acho difícil encontrarmos algum quarto vazio. No entanto, Duncan tira uma chave do bolso e abre a última porta do corredor.
- Clay não queria que ninguém fizesse bagunça no quarto dos pais dele, então ele trancou e me deixou encarregado da chave - ele me conta, fechando a porta e acendendo a luz do quarto depois de entrarmos - ele não disse que eu não poderia usar - ele ri e tranca a porta, deixando a chave na fechadura.
Dou uma rápida olhada no quarto que é bem espaçoso e bem arrumado. Há uma foto de um casal em cima da cômoda, que eu suponho que sejam os pais do Clay. Entendo totalmente sua precaução. Se a festa fosse na minha casa, eu faria a mesma coisa.
Bebo um pouquinho do meu copo, gostando da escolha que Duncan fez para mim. Giro nos calcanhares e paro de frente para a cama grande de casal, onde Duncan está sentado na beirada. Ele toma um gole grande da bebida e a deixa em cima do criado mudo.
- Quer sentar? - ele pergunta, tentando não parecer ter segundas intenções.
Tentativa fracassada.
Tanto eu quanto ele, estamos esperando por um momento como esse há muito tempo. E não precisamos falar em voz alta para saber que ele quer tanto quanto eu.
Bebo metade do meu copo e o deixo junto com o dele, sentindo uma vertigem gostosinha. Sento na cama, na frente dele, meio caindo e rio. Então deixo de lado toda a pompa e vou direto para o colo dele, me sentando com uma perna de cada lado. Ele envolve minha cintura com as duas mãos e nós nos beijamos.
Como é bom beijar o Duncan. Sua boca é muito gostosa de beijar e ele tem gosto de álcool. Um gosto bom de álcool. Tinha me esquecido de como eu gostava de beijá-lo. Passo os dois braços em volta do seu pescoço, enfiando a língua na sua boca, e não demora muito para nós dois estarmos nos beijando com bastante fome.
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Almost Love - Volume 1 | ✓
Ficção Adolescente#PRIMEIRO VOLUME DA SÉRIE || Indicação +18 - Cenas de Sexo Explícito || Perrie nunca foi uma garota que chamasse a atenção. Sempre vivendo nas sombras dos outros, ela vê sua vida mudar quando começa uma amizade com a garota nova, que mal chegou na...